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8 doenças perigosas que mais afetam os filhotes de cachorro

Os primeiros estágios de vida dos filhotes de cães representam um período de extrema sensibilidade, onde seus sistemas imunológicos estão em desenvolvimento e seus corpos ainda não possuem as defesas plenamente preparadas para enfrentar doenças.

Nesse contexto, é natural que os tutores se sintam preocupados com as possíveis afecções que podem afetar seus amiguinhos peludos nessa fase. Dentro desse cenário, é importante conhecer quais são as doenças mais comuns que acometem os filhotes de quatro patas, como elas se manifestam e se existe a possibilidade de tratamento e recuperação.

Pensando nisso, hoje nós decidimos trazer aqui as 10 doenças que mais afetam os filhotes, e que algumas delas são super perigosas, sendo preciso extremo cuidado e atenção, além de manter o caderno de vacinação rigorosamente em dia!

1. Diarreia do desmame

A diarreia que ocorre durante o período de desmame dos filhotes de cães é uma condição complexa com diversas origens, podendo impactar significativamente a saúde e o desenvolvimento dos pequenos animais. As raízes desse problema podem ser variadas, envolvendo fatores infecciosos e não infecciosos, que por vezes atuam em conjunto, comprometendo a saúde do sistema gastrointestinal dos filhotes caninos.

Dentre os principais agentes associados à diarreia do desmame, o parvovírus canino tipo-2 assume um papel de destaque, podendo levar a filhotes afetados a apresentarem sintomas sistêmicos graves ou não.

A diarreia, além de causar desconforto, pode resultar em desidratação severa nos animais. Nos filhotes, esse quadro pode se agravar mais rapidamente devido ao metabolismo acelerado e à imunidade ainda em desenvolvimento, que pode ser influenciada pela idade, histórico de vacinação e outros fatores individuais. Por esse motivo, é crucial tratar a diarreia de maneira adequada, considerando as necessidades únicas de cada caso.

Para evitar esse problema, é possível implementar medidas de prevenção por meio da adoção de protocolos profiláticos e práticas de manejo que visem a manutenção da saúde dos filhotes durante o delicado período de desmame.

2. Giardíase

A giardíase, uma enfermidade com elevado potencial zoonótico, destaca-se como uma das principais parasitoses que afetam o sistema gastrointestinal dos filhotes de cães. Esta doença também se caracteriza por sua alta taxa de contágio, sendo a transmissão decorrente da via oral-fecal, quando cistos do protozoário unicelular e flagelado Giardia spp., pertencente à família Hexamitidae, são ingeridos por meio de água e alimentos contaminados. Atualmente, estima-se que o gênero Giardia englobe cerca de nove espécies, as quais parasitam não somente cães, mas também outros mamíferos, aves, répteis e diversos outros organismos (MORAES et al, 2019).

A incidência da doença é mais prevalente em filhotes, animais jovens, indivíduos imunossuprimidos e em ambientes caracterizados por superpopulação de animais e deficiências na higiene. Esses animais podem exibir sintomas clínicos em formas agudas ou crônicas, ou então permanecer assintomáticos, variando a intensidade dos sinais apresentados.

Mesmo após o diagnóstico e tratamento adequados, os cistos podem persistir e reinfectar o animal, devido à sua notável resistência ambiental. Assim, é de suma importância implementar práticas preventivas por meio de manejos adequados, a fim de controlar a disseminação da doença.

3. Parvovirose

A parvovirose canina é uma enfermidade séria provocada por vírus pertencentes à família Parvoviridae, que afeta o sistema gastrointestinal dos filhotes. Essa doença é notória por sua alta capacidade de contágio, sendo disseminada tanto por meio da via oronasal como por fezes contaminadas e objetos infectados no ambiente.

Após o período de desmame, na fase neonatal, os cãezinhos ficam particularmente vulneráveis à infecção pelo CPV-2, requerendo um manejo nutricional adequado para suprir as suas necessidades energéticas e nutricionais, possibilitando o desenvolvimento de uma imunidade eficaz.

Ainda que todos os cães estejam suscetíveis à doença, certas raças podem apresentar predisposição genética mais acentuada, como o Pastor Alemão e o Labrador Retriever, entre outras. Portanto, seguir de forma rigorosa o protocolo de vacinação é a maneira mais eficiente de prevenir a parvovirose canina. As vacinas V8 e V10 são recomendadas para a imunização de filhotes contra essa enfermidade, além de outras.

Ajustar adequadamente o manejo nutricional de acordo com cada estágio de vida do animal é fundamental para atender às suas demandas energéticas e nutricionais.

Em casos em que o tratamento não é realizado apropriadamente, a doença pode evoluir para quadros mais graves, acarretando em complicações severas, como desequilíbrios hidroeletrolíticos, desidratação grave, desnutrição, infecções secundárias, sepse e, em último caso, o óbito do paciente.

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4. Cinomose

A cinomose, uma ameaça significativa para os cãezinhos filhotes, torna-se ainda mais perigosa após o desmame, quando ocorre a diminuição dos anticorpos maternos adquiridos. Apesar disso, é importante ressaltar que a doença pode afetar cães de todas as idades.

De alta contagiabilidade, essa patologia é instigada por um vírus pertencente à família Paramyxovirus. A infecção ocorre por meio do contato com um cão contaminado ou pela exposição a fezes, urina e outras secreções.

Inicialmente, o vírus ataca as células de defesa e, posteriormente, se dissemina para os órgãos do animal. Os sistemas digestório, motor, respiratório e urogenital são os mais afetados, induzindo febre, apatia e redução do apetite. O sistema nervoso também pode ser impactado, e os sintomas clínicos costumam se manifestar após 21 dias da variação sistêmica.

Além disso, a doença se manifesta por meio de outros indícios, como problemas oculares, distúrbios gastrointestinais – resultando em diarreia e vômitos –, pneumonia, lesões cutâneas, entre outros.

A vacinação contra a cinomose reduz substancialmente o risco de infecção, e medidas preventivas incluem higienização do ambiente com desinfetantes ou alvejantes, bem como a separação de cães contaminados. De evolução rápida e complexa, a cinomose não possui cura.

Quando os sintomas neurológicos atingem certo nível de lesão, não há retrocesso possível. Logo, independentemente do tratamento adotado ou da capacidade do corpo do animal em conter a propagação do vírus, as lesões resultantes são irreversíveis.

Além disso, mesmo que o tratamento seja eficaz, cães que tiveram cinomose podem apresentar novos sintomas anos após o episódio. Isso depende da linhagem do vírus, da idade do cão e de sua resposta imunológica. Portanto, o acompanhamento veterinário contínuo é essencial.

5. Erliquiose

Conhecida como a “doença do carrapato”, essa enfermidade frequente em cães filhotes é ocasionada por uma bactéria chamada Ehrlichia e é transmitida pelo carrapato marrom, além de poder ser transmitida por meio de transfusão de sangue de um cão infectado para outro saudável.

Os sintomas principais da doença abarcam apatia, perda de apetite, febre, vômitos, diarreia, sangramento pelo nariz, respiração acelerada, palidez nas mucosas (sinal de anemia) e diversas outras complicações graves que, se não tratadas adequadamente, podem resultar em óbito.

Felizmente, existe tratamento e ele se baseia na administração oral de medicamentos por, no mínimo, 28 dias. Comprimidos, pipetas e coleiras são ferramentas que auxiliam no controle da doença nos animais, enquanto remédios específicos aplicados regularmente podem prevenir a infecção.

Em seus estágios iniciais ou na fase subclínica, sintomas inespecíficos podem surgir – daí a importância de acompanhamento regular e realização de exames, a fim de protegê-los das sérias consequências dessa enfermidade.

6. Dermatite

A dermatite é uma inflamação na pele que se manifesta por meio de sintomas como coceira intensa, lambedura excessiva, vermelhidão cutânea, descamação, presença de feridas com ou sem pus e até mesmo falhas no pelo, podendo também emitir um odor desagradável.

As causas desse desconforto podem ser variadas, sendo as dermatites ectoparasitárias, provenientes de infestações por pulgas e carrapatos, e as dermatites atópicas as mais comuns nos consultórios veterinários. Além disso, existem as dermatites causadas por fatores hormonais e alérgicos, como a síndrome de Cushing e as alergias alimentares.

O tratamento adotado depende do tipo de dermatite identificado e pode envolver ajustes na alimentação, eliminação de substâncias alergênicas, atenção à hidratação do animal e aprimoramento da higiene do ambiente em que vive.

7. Otite

A otite é uma condição que afeta as orelhas, tanto a parte externa quanto interna, podendo envolver inflamação e infecção das estruturas auriculares. Em geral, cães e gatos são mais propensos a desenvolver a otite externa, que pode ser desencadeada por fungos, bactérias, alergias e até mesmo pela presença de corpos estranhos.

Alguns indícios que sinalizam a presença da otite incluem o comportamento incomum de balançar a cabeça, a tendência de coçar repetidamente as orelhas e a relutância em permitir que o tutor toque a região próxima à cabeça ou às orelhas. Além disso, é possível observar sinais de dor, vermelhidão e, frequentemente, secreção ou acúmulo excessivo de cera. Não é incomum também detectar mau odor e lesões, resultantes da tentativa do animal de aliviar o desconforto através do ato de coçar.

Animais com orelhas grandes, pendulares e revestidas de pelos podem apresentar maior suscetibilidade a essa condição, sendo que a prevenção pode ser realizada por meio da higienização adequada da área. Para o tratamento, são administradas medicações tópicas, aplicadas diretamente no ouvido do animal.

8. Infecção bacteriana

Devido à constante exposição a diversos micro-organismos, os animais estão suscetíveis a uma ampla gama de infecções bacterianas. Caso essas infecções não sejam adequadamente diagnosticadas e tratadas, a principal complicação é a disseminação das bactérias pelo corpo, resultando em septicemia, um estado de infecção generalizada que pode levar os órgãos à falência e, consequentemente, resultar na morte do animal.

Os sintomas clínicos de uma infecção sistêmica tendem a ser abrangentes e inespecíficos, como apatia, perda de apetite, desinteresse por atividades que antes eram agradáveis e sonolência.

O tratamento de uma infecção bacteriana varia de acordo com sua causa e gravidade, além dos sintomas apresentados. Em geral, envolve a administração de antibióticos e, em alguns casos, pode requerer transfusão de sangue, hospitalização e procedimentos cirúrgicos.

Alguns casos podem ser prevenidos através de práticas alimentares adequadas, castração ou uso de produtos recomendados pelo veterinário. Em todos os casos, é essencial manter um acompanhamento periódico com profissionais especializados.

Cuide da saúde do seu filhote

Seguir rigorosamente o protocolo de vacinação é uma das estratégias mais eficazes para prevenir uma variedade de doenças infecciosas, incluindo importantes zoonoses. Além de oferecer proteção, a vacinação adequada contribui para uma vida longa, saúde e qualidade de vida do animal.

Além da imunização, existem outros aspectos fundamentais que desempenham um papel crucial na prevenção de doenças em filhotes. Entre eles, destacam-se: o manejo nutricional apropriado; a organização do ambiente para evitar superpopulação de animais e contato com indivíduos não vacinados; a implementação do protocolo de vermifugação conforme orientação do Médico-Veterinário; o controle do acesso do animal à rua; entre outras medidas.

Ricardo

Administrador, analista SEO e chefe de redação, atuando frente aos conteúdos mais acessados do país.

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