Os exames de sangue são muito importantes para monitorar como estamos por dentro, tendo ainda uma ampla gama de utilizações, além de serem um dos tipos de exames médicos mais pedidos e realizados não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Com relação ao câncer, o seu médico pode solicitar diversos exames diferentes; contudo, o exame de sangue é um deles. Embora somente por ele não seja possível confirmar a doença, ele pode dar indícios que são avaliados e devem ser analisados pelos médicos.
Em outras palavras, o exame de sangue para a detecção de câncer costuma ser parte do processo de identificação da doença. É interessante notar que existem muitos exames de sangue diferentes que podem revelar que algo não está certo e indicar uma possibilidade de câncer.
A seguir, vamos falar um pouco mais sobre a função dos exames de sangue durante o diagnóstico do câncer e quais são os exames de sangue que podem ajudar a detectar a presença da doença no nosso organismo.
No diagnóstico de câncer, as amostras de sangue coletadas são analisadas em laboratório à procura de indicadores da doença.
Mediante análise microscópica, essas amostras podem revelar a presença de células cancerígenas. Além disso, certos exames detectam proteínas ou outras substâncias específicas produzidas pelo câncer. Eles também servem para verificar o bom funcionamento dos órgãos.
Embora os exames de sangue por si só não sejam suficientes para um diagnóstico definitivo de câncer, eles oferecem informações valiosas que podem orientar a equipe médica. Geralmente, para confirmar a presença de câncer, é necessário realizar biópsias ou outros procedimentos para obter e examinar amostras de tecido.
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Vamos conhecer alguns dos principais exames de sangue, utilizados com frequência para ajudar na detecção do câncer:
Associado a vários tipos de câncer, mas particularmente útil no monitoramento de câncer colorretal. Valores significativamente elevados podem indicar malignidade, mas o teste é mais utilizado para monitorar a resposta ao tratamento do que para diagnóstico inicial.
Especificamente solicitado na suspeita de câncer de mama, este marcador pode indicar a presença da doença quando seus valores excedem 11 U/ml. No entanto, o MCA também pode estar elevado em condições benignas, como tumores benignos do ovário, útero ou próstata. Além disso, a dosagem de marcadores como CA 27.29 ou CA 15.3 é comum para monitorar o tratamento e avaliar riscos de recidiva do câncer de mama.
Este marcador é importante no diagnóstico e monitoramento do câncer de mama, avaliando o estágio da doença e a eficácia do tratamento. Resultados acima de 30 U/mL podem indicar câncer, mas este marcador também pode ser encontrado em elevações em casos de câncer de pulmão, ovário e colorretal. Portanto, o CA 15.3 é mais útil para o acompanhamento da doença do que para um diagnóstico definitivo.
Este exame mede os níveis de AFP no sangue, uma proteína geralmente associada ao desenvolvimento fetal. Em adultos, níveis elevados podem ser um indicador de tumores hepáticos, de ovário, estômago ou intestino. Embora valores acima de 1000 ng/ml possam sugerir malignidade, aumentos moderados (próximos a 500 ng/ml) são observados em doenças como cirrose hepática e hepatite crônica, exigindo análise cuidadosa para distinguir entre condições benignas e malignas.
Utilizado no diagnóstico de câncer de bexiga, o BTA é muitas vezes dosado juntamente com outros marcadores como NMP22 e CEA. Um valor superior a 1 pode indicar câncer, mas também pode aumentar em condições inflamatórias dos rins ou da uretra, especialmente em pacientes com sondas vesicais.
Frequentemente associado ao câncer de pâncreas, esse marcador também pode ser útil no diagnóstico de câncer colorretal, biliar ou hepático. Valores acima de 37 U/mL requerem investigação adicional, pois, embora sugiram malignidade, a confirmação diagnóstica depende da correlação com outros testes e marcadores.
Esse marcador é crucial na detecção do câncer de próstata. Níveis acima de 4,0 ng/ml podem indicar câncer, e valores extremamente elevados (acima de 50 ng/ml) geralmente apontam para a presença de metástases. Contudo, o PSA também pode aumentar em condições benignas da próstata, necessitando de confirmação diagnóstica através de exames adicionais como o toque retal e ultrassonografia prostática.
Este marcador é amplamente utilizado para monitorar o câncer de ovário, com valores acima de 65 U/ml sugerindo a doença. No entanto, o CA 125 também pode elevar-se em condições benignas, como cistos ovarianos, endometriose, e inflamações hepáticas, requerendo uma interpretação cuidadosa dos resultados.
Um marcador útil no diagnóstico do câncer de tireoide. Valores elevados podem indicar a doença, mas é importante avaliar outros marcadores como a calcitonina e o TSH para um diagnóstico preciso. A presença de tireoglobulina elevada em alguém sem tireoide (após tireoidectomia, por exemplo) pode indicar recidiva do câncer.
Fundamental na investigação do mieloma múltiplo, esse exame avalia a presença e quantidade de várias classes de imunoglobulinas no sangue. Valores anormais, especialmente de gama-globulinas, podem indicar mieloma, mas diagnósticos confirmatórios dependem de exames adicionais como a detecção de proteína M na urina e alterações típicas no sangue.
Um hemograma de rotina é um exame de sangue que avalia principalmente os componentes celulares do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Embora um hemograma possa indicar a presença de anormalidades que sugerem a existência de um processo patológico, como uma contagem elevada ou baixa de certos tipos de células, ele não é específico o suficiente para diagnosticar câncer por si só.
No entanto, alterações detectadas em um hemograma podem levar a investigações adicionais. Por exemplo, uma contagem elevada de leucócitos (glóbulos brancos) pode indicar uma resposta inflamatória ou infecciosa, mas também pode ser um sinal de certos tipos de câncer, como leucemias e linfomas, especialmente se outras características anormais das células sanguíneas forem observadas.
Em outras palavras, o hemograma pode ser um passo inicial na detecção de problemas que necessitam de investigação mais aprofundada, mas por si só não pode diagnosticar o câncer.
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