Entrar na faculdade não é uma tarefa fácil, já que, em geral, existem apenas três caminhos: ingressar em uma faculdade pública, onde não se paga mensalidade, mas a concorrência é extremamente alta; optar por universidades privadas, cujas mensalidades podem ser elevadas; ou conseguir uma bolsa por meio de programas governamentais, como o Prouni.
Além desses desafios iniciais, os alunos enfrentam outras dificuldades, como o estresse com aulas, provas, trabalhos, a possível insatisfação com o curso escolhido e, muitas vezes, a necessidade de conciliar os estudos com uma rotina de trabalho.
Diante desses e de outros fatores, a taxa de desistência entre os estudantes tem crescido. Segundo dados do Ministério da Educação, obtidos através do Censo da Educação Superior, a taxa de desistência em cursos de graduação atinge 58% do total de alunos.
Explorando um pouco mais sobre as desistências, você já se perguntou quais cursos registram o maior número de desistências? Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) identificou os cursos com as maiores e menores taxas de desistência na instituição. Apesar de os dados serem específicos da USP, eles refletem a realidade de muitas outras universidades brasileiras.
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Desistir de um curso superior é uma realidade para muitos estudantes, influenciada por uma variedade de fatores, que vão além da simples falta de identificação com o curso. Em instituições públicas renomadas como a Universidade de São Paulo (USP), as razões podem incluir desde dificuldades financeiras até a incompatibilidade entre o horário das aulas e o trabalho.
Um estudo de 2018, o primeiro ano em que a USP implementou o sistema de cotas, conduzido pelo pesquisador Luís Pedro Polesi e baseado em dados da Pró-reitoria de Graduação, analisou o fenômeno de desistência entre 11 mil estudantes daquele período.
A universidade registrou uma taxa geral de abandono de 17,41%, apesar do estudo já estar um pouco datado, profissionais da área afirmam que os números são consolidados com a realidade atual. A pesquisa identificou os cursos com as maiores taxas de desistência, revelando os seguintes resultados:
Esses dados revelam um desafio significativo tanto para os estudantes quanto para as instituições de ensino superior em entender e abordar as causas subjacentes ao abandono dos cursos, buscando maneiras de melhorar a retenção dos alunos.
Decidir desistir da faculdade é uma decisão muito profunda e que merece uma reflexão profunda. Antes de tomar qualquer decisão, é super importante analisar os motivos que estão levando a essa consideração.
Seja por dificuldades financeiras, falta de interesse no curso, problemas pessoais ou não ver mais sentido na escolha feita, é importante avaliar se essas razões são temporárias ou fundamentais para o seu bem-estar e futuro. Procure conversar com familiares, amigos e, principalmente, com profissionais da área educacional ou da saúde mental, como psicólogos, que podem oferecer uma perspectiva externa e aconselhamento adequado.
Buscar por alternativas é um próximo passo que você deve considerar. Às vezes, uma mudança de curso, instituição ou até a transição para uma modalidade de ensino à distância pode reacender o interesse e a motivação. Pesquisar sobre carreiras e campos de atuação que despertem seu interesse pode revelar caminhos e oportunidades que antes não eram considerados.
Participar de eventos, workshops, ou até mesmo de cursos livres e online, pode proporcionar novas visões e ampliar seu entendimento sobre as possibilidades que se alinham mais com suas paixões e habilidades.
Por fim, é super importante reconhecer que cada pessoa possuí uma jornada diferente e desistir de um curso não significa fracasso, mas sim uma reavaliação de caminho que pode levar a descobertas e realizações mais alinhadas com seus valores e objetivos de vida.
Se a decisão final for pela desistência, planeje os próximos passos com cuidado, considerando as implicações financeiras, profissionais e pessoais. Lembre-se de que a educação é algo contínuo e que existem muitas formas de aprender e crescer fora do ambiente acadêmico tradicional.
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