Para muitas pessoas, os games foram realmente revolucionários nos anos 80. Época em que grandes consoles foram lançados, a exemplo da Nintendo que lançou o Game Boy e a Sega, que era uma potência na indústria de consoles que havia lançada o Sega Genesis.
Nos anos 80 foram apresentados alguns dos melhores e mais icônicos jogos no estilo Arcade de todos os tempos, muitos dos quais, continuam sendo lançados até os dias de hoje, mostrando o quanto a década de 80 foi importante para a indústria dos games.
A seguir, nós vamos conhecer os 10 jogos que estão na lista dos mais importantes games já lançados na história, jogos que impactaram e foram responsáveis por moldar não apenas a década de 80, mas na criação e construção de uma grande indústria de videogames.
À medida que a década de 80 avançava, uma verdadeira revolução nos processadores gráficos transformou os jogos de luta competitivos em um dos grandes fenômenos dos fliperamas. Apesar de vários jogos do gênero terem aparecido ao longo dos anos, foi “Street Fighter” da Capcom, lançado em 1987, que realmente moldou o futuro dos jogos de luta.
Sob a direção de Takashi Nishiyama, que já havia trabalhado em “Kung-Fu Master”, “Street Fighter” trouxe uma nova perspectiva ao focar em duelos diretos contra chefes, deixando de lado a tradicional jornada através de ondas de inimigos menores. Este jogo não só capturou a imaginação dos jogadores como também lançou as bases para os elementos que se tornariam padrões no gênero, destacando-se o inovador controle de seis botões.
Embora “Street Fighter” tenha sido um marco, é impossível falar de seu legado sem mencionar “Street Fighter II”, lançado em 1991. Este sucessor não apenas superou o original em todos os aspectos mas também se estabeleceu como um ícone cultural por direito próprio.
“Street Fighter II” elevou a fórmula ao próximo nível, oferecendo uma experiência de jogo sem precedentes que ainda hoje ressoa em inúmeros títulos do gênero. Apesar de “Street Fighter” original não ser tão reverenciado quanto sua sequência, sua contribuição fundamental para o desenvolvimento dos jogos de luta é indiscutível.
Antes de “Final Fantasy” chegar às mãos dos jogadores, já existiam diversas opções de jogos de RPG disponíveis. Embora “Final Fantasy” tenha entrado no cenário um pouco mais tarde em comparação a outros títulos, sua importância para o gênero é inquestionável. Muitos fãs consideram esse jogo não apenas como o RPG mais significativo do console NES, mas também como um dos jogos mais influentes da década de 1980.
No universo de “Final Fantasy”, acompanhamos a jornada de quatro jovens Guerreiros da Luz. Cada guerreiro representa um dos elementos fundamentais do mundo, simbolizados por cristais elementares. A missão deles é restaurar a luz desses cristais, que foram corrompidos pelas forças obscuras dos quatro Fiends Elementais. Essa aventura épica leva os jogadores a explorar diversos cantos do mundo em uma busca heroica.
Embora “Final Fantasy” tenha introduzido inovações ao gênero dos RPGs, seu valor histórico vai além de suas mecânicas de jogo. Um ano antes de seu lançamento no NES, “Dragon Quest” já havia conquistado um sucesso estrondoso no Japão, vendendo mais de dois milhões de cópias. Quando chegou à América do Norte, renomeado como “Dragon Warrior”, não conseguiu capturar a mesma atenção.
Em contrapartida, “Final Fantasy” foi um sucesso absoluto na América do Norte, conseguindo cativar o público americano de uma maneira que seus predecessores não conseguiram. O jogo não apenas popularizou os RPGs fora do Japão, mas também deixou uma marca indelével no gênero, influenciando praticamente todos os RPGs lançados nos últimos 30 anos.
No final dos anos 80, Will Wright estava ocupado mergulhando em livros de economia, arquitetura e urbanismo para criar algo inédito no mundo dos videogames. Naquela época, os jogos de simulação ainda eram novidade, e a maioria dos jogadores estava focada nos jogos de luta e RPGs que dominavam o mercado. Apesar disso, o “SimCity” de Wright acabou cativando milhões de pessoas que, a princípio, talvez não se vissem interessadas em um jogo que simulava a construção e a gestão de cidades.
Apesar de “SimCity” ser exatamente isso, uma simulação de construção urbana, não foi fácil trazê-lo ao público. Devido à sua proposta única, Wright enfrentou o desafio de encontrar uma editora por quase quatro anos. Quando a Brøderbund finalmente se dispôs a distribuir o jogo, as vendas iniciais não foram animadoras. No entanto, com o passar do tempo, o jogo ganhou popularidade, especialmente através de resenhas e do boca a boca. Sua portabilidade para o Super NES em 1991 marcou o início de sua explosão em popularidade, resultando em quase dois milhões de cópias vendidas. Mas isso foi só o começo.
O estrondoso sucesso de “SimCity” não apenas deu origem a uma franquia de renome, mas também levou ao desenvolvimento de “The Sims”, outra série de jogos extremamente popular. Mais do que isso, “SimCity” é frequentemente citado como uma inspiração para aqueles interessados em carreiras relacionadas ao urbanismo, política, gestão de transportes, entre outras áreas.
Em 1989, a indústria dos videogames atingiu um marco importante na evolução dos gráficos, chegando mais perto de representar formas complexas como o corpo humano com maior realismo. Foi nesse contexto que “Prince of Persia”, criado por Jordan Mechner para o Apple II, entrou em cena, marcando o início de uma nova era para os jogos com sua aparência mais realista. Este jogo não só inaugurou o gênero de plataformas cinematográficas, mas também introduziu técnicas inovadoras no desenvolvimento de jogos.
Mechner utilizou a rotoscopia, uma técnica que envolve capturar movimentos reais através de filmagens para depois convertê-los em animações digitais, criando personagens que se moviam com uma fluidez nunca antes vista. Essa abordagem pioneira pavimentou o caminho para futuras inovações, como as vistas em “Mortal Kombat” (1992), e preparou o terreno para a tecnologia moderna de captura de movimento.
As contribuições de “Prince of Persia” para a animação em videogames foram revolucionárias, estabelecendo novos padrões para a representação de movimentos realistas. Apesar de ter sido lançado na reta final da popularidade do Apple II, o que inicialmente limitou seu sucesso, o jogo eventualmente encontrou seu caminho em outras plataformas e conquistou uma legião de fãs, dando origem a uma franquia bem-sucedida.
“Prince of Persia” é frequentemente citado como um dos videogames mais influentes de todos os tempos, graças aos seus gráficos pioneiros, jogabilidade cativante, mecânicas inovadoras de plataforma e uma narrativa envolvente que imergia os jogadores em sua aventura. As gerações futuras de jogos de plataforma cinematográfica devem muito às inovações introduzidas por Mechner em “Prince of Persia”.
À primeira vista, “Duck Hunt” pode não parecer um jogo cheio de detalhes ou complexidades. É, sem dúvida, divertido, principalmente quando leva o jogador ao limite da paciência toda vez que o cachorro surge para caçoar de uma mira falha. Mas, o que exatamente “Duck Hunt” representou para a indústria dos videogames? A verdade é que o impacto de “Duck Hunt” foi significativo, não por ser o pioneiro dos jogos de tiro, porque não foi, mas sim pelo que simbolizou para os jogos caseiros.
“Duck Hunt” demonstrou que era possível ter jogos de tiro em casa, uma ideia que parecia distante antes da Nintendo introduzir o NES Zapper. Antes desse jogo, a interação nos jogos domésticos se limitava basicamente ao uso de joysticks ou teclados. Porém, em 1984, tudo mudou. O Zapper trouxe uma nova forma de imersão, permitindo aos jogadores uma experiência mais envolvente ao “entrar” nos jogos que estavam jogando. Embora tenham existido outros jogos para o NES que utilizaram o Zapper, como “Hogan’s Alley” e “Wild Gunman”, nenhum deixou um legado ou teve um impacto tão duradouro quanto “Duck Hunt”.
Além disso, “Duck Hunt” introduziu um modo de dois jogadores bastante inovador para a época, em que um jogador controlava o voo dos patos usando o controle, adicionando uma camada extra de interatividade e diversão ao jogo.
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Em 1980, a Namco lançou “Pac-Man”, que rapidamente se tornou a sensação do momento, deixando outros desenvolvedores na corrida para criar algo tão impactante. Nesse período, a Nintendo estava de olho no promissor mercado norte-americano, e o sucesso estrondoso de “Pac-Man” só fez aumentar seu interesse em marcar presença por lá. A empresa japonesa inicialmente planejava lançar um jogo baseado no Popeye, mas enfrentou problemas para adquirir os direitos autorais necessários.
Sem desanimar, a Nintendo decidiu então apostar em personagens originais. Foi assim que Shigeru Miyamoto, um recém-chegado na indústria de jogos, recebeu a tarefa de criar algo novo. Inspirando-se em histórias conhecidas como Popeye, King Kong e A Bela e a Fera, Miyamoto deu vida a personagens e uma trama que viriam a definir “Donkey Kong”. Mesmo no início de sua carreira, Miyamoto já demonstrava uma capacidade inovadora que viria a influenciar profundamente o mundo dos videogames.
“Donkey Kong” se destacou não apenas pelo gameplay, mas pela maneira como introduziu a narrativa no jogo. Antes mesmo de começar a jogar, uma breve cena cinemática contava a história de um gorila gigante que sequestrava a namorada do protagonista, lançando o desafio ao jogador de resgatá-la. Esta foi a primeira vez que um jogo de videogame incorporou uma cena para desenvolver sua história, colocando a narrativa em um papel de destaque desde o início.
Antes de “Donkey Kong”, a trama de um jogo costumava ser um pensamento secundário, algo acrescentado mais como um complemento do que como parte integral da experiência. Miyamoto quebrou esse padrão com “Donkey Kong”, estabelecendo um precedente para a importância da história nos videogames. O legado desse jogo é evidente na profundidade narrativa e na complexidade dos personagens que caracterizam tantos jogos modernos.
Durante os anos 70, os videogames eram majoritariamente focados em jogos de tiro, onde os jogadores comandavam uma nave espacial e destruíam inimigos. Essa temática tendia a atrair mais o público masculino. Observando essa tendência, Toru Iwatani teve a ideia de criar algo que se destacasse por ser diferente. Ele imaginou um jogo que apostasse em personagens simpáticos e com uma estética que lembrasse desenhos animados.
Foi com essa visão que “Pac-Man” nasceu e rapidamente se tornou um sucesso retumbante. Com seu personagem principal amarelo e circular, que mais parecia uma torta com uma fatia faltando, e seus perseguidores fantasmas coloridos e carismáticos, “Pac-Man” conquistou um público diversificado, transformando-se em um verdadeiro ícone cultural.
O fascínio por “Pac-Man” vai além de sua popularidade e do impacto cultural profundo que causou, destacando-se como o jogo de arcade mais lucrativo de todos os tempos, mesmo após mais de quatro décadas de seu lançamento. Foram vendidos mais de 400.000 arcades de “Pac-Man” pelo mundo, gerando uma receita de US$ 2,5 bilhões até o ano de 1990. Isso representa cerca de 10 bilhões de moedas de 25 centavos.
Ajustando esses números pela inflação, “Pac-Man” acumulou a impressionante marca de US$ 5,1 bilhões em 2021, consolidando seu legado não apenas como um marco nos videogames, mas também como um fenômeno sem precedentes na indústria do entretenimento.
Quando os jogadores pegaram pela primeira vez o cartucho dourado de “The Legend of Zelda”, mal podiam imaginar a revolução que estava por vir. Naquela época, a ideia de um mundo aberto nos videogames era praticamente inexistente. “Zelda” veio para mudar tudo isso, definindo um padrão que seria seguido por todos os jogos de RPG de ação e aventura a partir de então.
É verdade que “Zelda” não foi o pioneiro absoluto do conceito de mundo aberto – esse título pode ser atribuído a “Jet Rocket”, lançado na década de 1970. No entanto, “Zelda” se inspirou em jogos como “Jet Rocket”, “Courageous Perseus” e “Hydlide” para aprimorar e transformar a experiência de mundo aberto em algo muito mais cativante e divertido. Mas a inovação não parou por aí.
O que realmente fez “The Legend of Zelda” se destacar foi a inclusão de uma bateria interna no cartucho, que permitia aos jogadores salvar seu progresso. Antes de “Zelda”, os jogos no NES dependiam de senhas longas e complicadas para que os jogadores pudessem continuar de onde pararam – um sistema bem menos prático do que simplesmente salvar o jogo.
Essas inovações não só consolidaram “The Legend of Zelda” como um dos melhores jogos do NES, mas também deram origem a uma das maiores franquias da história dos videogames. Além disso, seu impacto no desenvolvimento de RPGs de ação e aventura de mundo aberto é imenso, influenciando incontáveis jogos nas décadas seguintes.
Com mais de 700 títulos lançados para o NES, nenhum se destaca tanto quanto “Super Mario Bros.”, a obra-prima de Shigeru Miyamoto. Este jogo não só acompanhou o lançamento do Family Computer no Japão e do NES no resto do mundo, mas também redefiniu o que esperávamos dos videogames.
“Super Mario Bros.” veio com tudo: uma trilha sonora cativante, gráficos pixelados vibrantes e uma jogabilidade que é pura diversão. Além de desafiar o jogador a melhorar sua pontuação, introduziu um modo competitivo para dois jogadores, toneladas de itens e áreas secretas para descobrir, além de zonas de dobra que desafiavam a percepção do próprio jogo.
Mas a contribuição de “Super Mario Bros.” vai muito além de ser um marco nos jogos de plataforma lateral. Sua verdadeira façanha foi revitalizar uma indústria de videogames que, em 1983, enfrentava uma crise profunda, ao ponto de muitos questionarem a viabilidade de longo prazo dos videogames como forma de entretenimento.
A chegada de “Super Mario Bros.” e do NES ao mercado provou que ainda havia um apetite enorme por consoles e jogos bem desenvolvidos. Esse jogo não apenas salvou a indústria de um colapso iminente, mas também pavimentou o caminho para que os videogames se tornassem a potência cultural e econômica que são hoje. Por essas razões, “Super Mario Bros.” é frequentemente celebrado como um dos jogos mais cruciais dos anos 80 e de toda a história dos videogames.
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