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10 Novelas que a Globo quer esquecer que fez

As novelas sempre serão a paixão dos brasileiros. Suas histórias envolventes, muitas vezes nos fazem torcer, e até chorar. A Rede Globo é responsável pelas produções que fizeram sucesso no Brasil e também internacionalmente. No entanto, a emissora carioca já fez telenovelas que gostaria de esquecer que algum dia elas foram ao ar.

No texto a seguir, selecionamos 10 novelas que a Globo praticamente se arrepende de ter produzido. Foram grandes decepções, tanto no enredo quanto na audiência.

Supermanoela (1974)

Supermanoela / Imagem de Divulgação

“Supermanoela”  trouxe a atriz Marília Pêra como protagonista, interpretando Manoela. No entanto, Marília ficou tão estressada com o trabalho que só voltou às novelas treze anos depois. Ela chegou a declarar: “Depois de estar fazendo a quarta novela (seguida), eu estava cansada. Avisei ao Boni e ao Daniel (Filho) que eu estava estressada. Chegou um momento. Além disso, os atores Carlos Alberto Riccelli e Carmem Monegal (casados na época) pediram rescisão de contrato por discordarem do texto.

No Rio de Janeiro, depois de um longo período sob cuidados médicos, sendo submetido a caros tratamentos, Donato Mendes, funcionário de uma fábrica de cosméticos, morre de uma doença rara. Sua família – formada pela viúva Carolina, pelo pai Nicolau e pelas filhas Regina e Sílvia – passa a enfrentar sérias dificuldades financeiras se vendo obrigada a demitir a doce e dedicada empregada Manoela e o pai dela, o jardineiro Seu Julião (Urbano Lóes).

Manoela, no entanto, não aceita a demissão e se oferece para trabalhar de graça, tornando-se uma mistura de anjo da guarda, conselheira e administradora da casa.

Cuca Legal / Imagem de Divulgação

Cuca Legal, novela de Marcos Rey, estrelada por Francisco Cuoco, não caiu nas graças do público. Os telespectadores torceram o nariz e a trama foi encurtada. O diretor Oswaldo Loureiro afirmou que a novela acabou se perdendo, prejudicando sua consistência. Uma ideia que tinha potencial, mas que não foi bem executada.

Ambientada no Rio de Janeiro, a trama gira em torno de Mário Barroso (Francisco Cuoco), um piloto de aviação solteirão que mantém relacionamento amoroso com três mulheres de diferentes classes sociais: Fátima (Yoná Magalhães), Irene (Suely Franco) e Virgínia (Françoise Forton). Embora acredite amar as três com a mesma intensidade, Mário não consegue decidir qual mulher seria capaz de dar-lhe um filho com a cuca legal. 

De Quina Pra Lua (1985-1986)

De Quina Pra Lua / Imagem de Divulgação

De Quina Pra Lua marcava a estreia de Alcides Nogueira como autor titular, a partir de uma sinopse de Benedito Ruy Barbosa. Porém, a novela foi um fiasco. Uma história inconsistente e mal conduzida pelo autor, que pecava também pelo elenco mal escalado e irregular. 

José João Batista (Milton Moraes), mais conhecido como Zezão, morreu de mal súbito na casa de Mariazinha (Elizabeth Savalla), após quase atropelá-la quando dirigia de volta para casa. Ele tinha em seu bolso um cartão premiado. Ele acaba sendo enterrado com ele, para desespero da família, que não encontra o bendito papel que poderá enriquecê-los. 

Angelina (Eva Wilma), mulher de Zezão, e os quatro filhos, Pedro (Buza Ferraz), Jesus (Taumaturgo Ferreira), André (Mateus Carrieri) e Maria de Fátima (Isabela Garcia), procuram em todos os lugares possíveis, até que Angelina tem uma visão do falecido marido, e ele lhe diz ter sido enterrado com o cartão, que está no bolso de seu paletó.

De Corpo e Alma (1992-1993)

De Corpo e Alma / Imagem de Divulgação

De Corpo e Alma ficou marcada por um acontecimento nos bastidores que chocou todo o elenco da trama. A morte da jovem atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez, assassinada pelo seu colega de elenco Guilherme de Pádua e pela mulher dele, Paula Thomaz, na noite do dia 28 de dezembro de 1992.

Na trama, Pádua vivia o personagem Bira, com quem Yasmin (Daniella Perez) tinha um triângulo amoroso juntamente com Caio, personagem de Fábio Assunção. Durante o período em que o crime estava sendo elucidado, os autores Gilberto Braga e Leonor Bassères assumiram a responsabilidade de escrever os capítulos e apresentar uma alternativa para o desaparecimento dos dois personagens. 

Vira-lata (1996)

Vira-lata / Imagem de Divulgação

Vira-Lata foi a pior novela de Carlos Lombardi. O próprio autor reconhece que errou na construção da trama. Mas também fez questão de dizer que: “Errei coisas no texto, na escalação e o Jorginho (Fernando, o diretor) errou na mão, apesar de eu admirá-lo muito. Foi uma comunicação ruim“.

Stella (Glória Menezes), Helena (Andréa Beltrão) e Lênin (Humberto Martins) compõem os três eixos principais da novela, que fala de mães que abandonam os filhos e de filhos que abandonam os pais. Em estilo de melodrama e ritmo de comédia, mostra pessoas solitárias que tentam recomeçar suas vidas. 

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As Filhas da Mãe (2001-2002)

As Filhas da Mãe / Imagem de Divulgação

Silvio de Abreu, autor da novela “As Filhas da Mãe”, chegou a revelar que o fracasso da trama estava ligada ao fato do público não entender que a história era uma comédia.

A novela conta a história de Lucinda Maria Barbosa (Fernanda Torres). Na década de 1960, ela é chantageada pelo marido, Fausto Cavalcante (Cláudio Lins), e é obrigada a deixar o Brasil e os filhos. Anos depois, em 2001, após o desaparecimento misterioso de Fausto (Francisco Cuoco), Lucinda volta a seu país com o objetivo de reconstruir a vida em família e desvendar o sumiço do empresário. 

Bang Bang (2005-2006)

Bang Bang / Imagem de Divulgação

Bang Bang, novela de Mário Prata, oferecia uma proposta diferente. Porém, o públicou não comprou a ideia e a trama teve uma das piores audiências na história da Globo.

 A novela é um faroeste que satiriza o Brasil e tem como fio condutor o desejo de vingança e justiça do herói no ano de 1881, na fictícia cidade de Albuquerque. Ben Silver (Bruno Garcia) tem um passado triste: aos 8 anos, viu sua família e outros colonos serem dizimados por pistoleiros mascarados durante uma festa. Ele escapou da tragédia e ouviu um colono moribundo sussurrar o nome que jamais sairia de sua memória: “Bullock”. Essa é a razão para que, 20 anos depois, Ben retorne à cidade para se vingar do mandante da chacina. 

Tempos Modernos (2010)

Tempos Modernos / Imagem de Divulgação

Tempos Modernos de Bosco Brasil, também não agradou a audiência. A novela terminou com um dos menores índices de audiência para o padrão Globo.

Tempos Modernos é uma comédia dramática contemporânea, ambientada no centro de São Paulo, que traz como principal personagem o empresário Leal Cordeiro (Antonio Fagundes), idealizador de um edifício inteligente – onde se passa grande parte da novela.

Além de explorar a interação do homem com a máquina e abordar a perda da liberdade em decorrência da preocupação excessiva com a segurança privada, a história foca nas relações afetivas entre pais e filhos, irmãos, casais e amigos.

Além do Horizonte (2013-2014)

Além do Horizonte / Imagem de Divulgação

Além do Horizonte gira em torno da história de três jovens – Lili (Juliana Paiva), Rafa (Vinícius Tardio) e William (Thiago Rodrigues) – em busca de  familiares desaparecidos. Lili pretende encontrar o pai, Luiz Carlos Barcelos (Antonio Calloni), Rafa vai atrás da namorada, Paulinha (Christiana Ubach), e William não se conforma com o sumiço do irmão mais novo, o biólogo Marlon (Rodrigo Simas). Uma entidade secreta, o Grupo, está por trás dos desaparecimentos. A organização, comandada pelo líder Jorge (Cássio Gabus Mendes), reúne pessoas que buscam a felicidade. 

A novela de Carlos Gregório e Marcos Bernstein não conseguiu conquistar o público e a Globo viu o Ibope despencar.

Babilônia (2015)

Babilônia / Imagem TV Globo

Beatriz (Gloria Pires), Inês (Adriana Esteves) e Regina (Camila Pitanga) têm personalidades distintas, mas o mesmo ímpeto de conseguir o que querem.  Dividida em duas fases, 2005 e 2015, a trama mostra a ascensão de Beatriz, a frustração de Inês e a integridade de Regina.

A novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga tinha um roteiro inconsistente, sem apelo. Logo, boa parte do público desistiu de assistir a trama.

Jorge Roberto Wright

Jorge Roberto W. Cunha, jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos e digitais. Especializado em notícias de variedades, TV, entretenimento, economia e política.

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