Cada vez mais as mudanças climáticas estão causando novas crises humanitárias, muitas delas acabam se agravando devido a conflitos internos, problemas econômicos, pobreza, desigualdade social entre outras questões que deixam muitos países mais vulneráveis.
No total, existem 10 países, que são considerados os mais ameaçados por possíveis desastres humanos. O grande dilema aqui, é que todos os países em questão, também sofrem com crises humanitárias que podem fazer com que essas nações percam absolutamente tudo.
Para descobrir quais são os países que estão mais vulneráveis e com maior risco de novos desastres climáticos o International Rescue Committee (IRC), juntamente com o World Resources Institute (WRI), decidiram analisar as regiões que são mais prováveis de acontecer crises climáticas e, consequentemente quais países podem ser mais afetados.
Com base nos estudos do IRC e WRI, em suma, os países que estão mais despreparados para enfrentar mudanças climáticas, são os que possuem o maior risco de sofrerem com desastres climáticos, justamente por suas fragilidades quanto ao tema.
Vale destacar que, quando falamos de fragilidade que um país encontra para lidar com desastres climáticos, está diretamente ligada a probabilidade de uma nação inteira colapsar, devido à falta de capacidade de um país de proteger seus serviços e principalmente seus cidadãos.
A seguir, vamos conhecer quais são os 10 países que são listados como aqueles que estão mais vulneráveis e que correm o maior risco de ter que lidar com um desastre climático:
Na Somália, as mudanças climáticas têm agravado os problemas que já são extremamente graves enfrentados pelo país, como secas e falta de comida. Em março de 2023, chuvas intensas e inesperadas afetaram 460 mil pessoas, forçando a maioria delas a deixarem suas casas. Além disso, a instabilidade política do país é um fator que paralelamente dificulta a luta contra essas crises climáticas e a proteção das pessoas mais vulneráveis.
A Síria tem sofrido com mais de uma década de guerra, o que consequentemente acaba enfraquecendo sua capacidade de lidar com crises. A guerra, juntamente com uma profunda crise econômica, faz com que 90% dos sírios vivam na pobreza. A situação piorou com uma seca extrema e um terremoto que aconteceu no ano passado, perto da fronteira com a Turquia, afetando centenas de milhares de pessoas.
A República Democrática do Congo enfrenta conflitos a muitos anos, problemas econômicos e surtos de doenças. Mais de 100 grupos armados no leste do país frequentemente atacam os civis. Doenças como sarampo, malária e ebola ameaçam constantemente a população, já que o sistema de saúde do país é frágil. Esses problemas acabam dificultando muito a preparação do país para lidar com desastres climáticos e consequentemente acabam afetando a ajuda humanitária.
Além disso, nos últimos dez anos, as chuvas fortes têm se tornado mais frequentes no país. Em maio de 2023, essas chuvas causaram grandes inundações e deslizamentos de terra no Sul do Kivu, destruindo aldeias inteiras, afetando mais de 15 mil pessoas e resultando na morte de mais de 500 pessoas.
Desde que os talibãs assumiram o controle do país em 2021, o Afeganistão se tornou um país ainda mais fragilizado. A redução da ajuda externa e o colapso econômico consequentemente acabam agravando a pobreza no país. Recentemente, o Afeganistão sofreu com a pior seca dos últimos 27 anos, ao mesmo tempo em que pragas de gafanhoto, inundações intensas em certas áreas reduziram a produção de alimentos e desalojaram muitas pessoas de suas casas.
Após mais de três décadas de conflito, a combinação de crise econômica e mudanças climáticas resultou em uma crise sem precedentes, deixando 29,2 milhões de afegãos necessitando de assistência humanitária.
O Iémen enfrenta a quase 9 anos uma grande guerra interna que consequentemente provocara uma profunda crise econômica e aumentaram a vulnerabilidade do país. No final de 2022, 17 milhões de pessoas no Iémen precisavam de ajuda alimentar. Além disso, 1,3 milhão de mulheres grávidas ou lactantes e 2,2 milhões de crianças precisavam de tratamento para desnutrição. As mudanças climáticas têm piorado a desertificação e a seca, complicando ainda mais a situação difícil do país.
O Chade é disparado um dos países mais vulneráveis a impactos climáticos do mundo, de acordo com o Notre Dame-Global Adaptation Initiative Index, que avalia a exposição, sensibilidade e capacidade de adaptação dos países às mudanças climáticas. Além disso, para pior a situação do país, no final de 2022, inundações afetaram mais de 1 milhão de pessoas no Chade, enquanto uma crise econômica agravou a insegurança alimentar de sua população.
O Sudão do Sul, é um país de grande fragilidade e sem qualquer preparo para mudanças climáticas, o que o deixa extremamente vulnerável a novos desastres climáticos. Mesmo que a guerra civil que abalou o país tenha terminado em 2018, o Sudão do Sul ainda enfrenta inúmeros conflitos locais generalizados. O país também foi vítima de inundações que afetaram mais de 900 mil pessoas no final de 2022. Levando a 75% de toda população do país a precisa de ajuda para se alimentar.
A República Centro-Africana, um país com pouco mais de 5 milhões de pessoas, enfrenta uma profunda guerra civil interna que dura mais de 10 anos, pelo controle do poder, políticos e de seus recursos naturais. Além disso, o país enfrenta inundações que ameaçam a segurança e a saúde de sua população, contribuindo para a propagação de doenças transmitidas pela água, como a cólera. Outro fator preocupante é que a malária, meningite e varíola dos macacos, também sobrecarregam o frágil sistema de saúde da República Centro-Africana.
No final de 2022, inundações afetaram 2,5 milhões de pessoas na Nigéria, causando extensos danos às terras férteis para o plantio. Em 2023 a Nigéria decretou estado de emergência pela falta de comida, levando 25 milhões de nigerianos a estarem em alto risco de insegurança alimentar, ou seja, sem serem capazes de comprar alimentos para suas famílias. Como se não bastasse, tensões políticas e conflitos frequentes agravam a fragilidade do país, dificultando a capacidade de resposta a desastres climáticos.
A Etiópia enfrentou recentemente uma seca afetou mais de 24 milhões de pessoas sendo a mais severa dos últimos 40 anos. A instabilidade política e os conflitos na região têm dificultado a entrega de ajuda humanitária e complicado os esforços das autoridades para lidar com os impactos das mudanças climáticas no país.
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