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10 profissões em alta para brasileiros nos Estados Unidos

O sonho de muitos brasileiros é morar nos Estados Unidos, conhecido como a Terra da prosperidade e das oportunidades. Apesar do país americano ser conhecido por sua rigidez com relação à imigrantes, é um dos países que mais contratam trabalhadores brasileiros no mundo.

O motivo para isso é que o mercado de trabalho dos Estados Unidos é devidamente carente de mão de obra em várias áreas específicas, o que acaba gerando diversas oportunidades de trabalho para nós brasileiros na terra do Tio San.

Se o seu sonho é conquistar uma vaga de emprego nos Estado Unidos, nós vamos te contar um pouco mais sobre como conseguir uma ocupação no país e quais são as profissões que estão em alta para brasileiros por lá.

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Profissões em alta para brasileiros nos EUA

1. Médicos

Recentemente, a Associação Médica Americana (AMA) divulgou um comunicado alarmante em outubro, estimando que aproximadamente 83 milhões de pessoas vivem em regiões onde a presença de médicos é insuficiente para atender às necessidades da população. A escassez de profissionais médicos abrange desde clínicos gerais até diversas especialidades médicas, conforme apontado pela associação.

O comunicado também revela que, devido à carência de profissionais, muitos médicos ativos no país são forçados a estender seus turnos, resultando em exaustão e pedidos de demissão. Adicionalmente, a faixa etária predominante entre os médicos em atividade situa-se entre 50 e 55 anos, refletindo a falta de interesse ou capacidade financeira das gerações mais jovens para arcar com os elevados custos da formação médica.

Estados como Flórida, Califórnia, Novo México, North Dakota e Arkansas são os mais afetados pela escassez de médicos, conforme indicado pelo Zippia, um site especializado em mercado de trabalho nos EUA.

2. Enfermeiros

O déficit de enfermeiros nos Estados Unidos atinge atualmente cerca de 1,1 milhão de profissionais, segundo informações recentes. Esse cenário tornou-se ainda mais evidente durante os anos de 2020 e 2021, em decorrência da pandemia, levando o governo americano a flexibilizar algumas regras para a migração de enfermeiros estrangeiros para suprir a demanda.

Mesmo com essas medidas, a necessidade por profissionais de enfermagem continua crescendo, principalmente devido ao envelhecimento da população. Estados como Califórnia, Texas, Nova York, Flórida e Pensilvânia são os mais necessitados de enfermeiros, sendo que a Califórnia oferece os salários mais atrativos, ultrapassando a marca dos 100 mil dólares anuais.

3. Fisioterapeutas

Assim como em diversas áreas da saúde, a fisioterapia enfrenta a falta de interesse dos mais jovens em ingressar na profissão. O envelhecimento da população americana destaca ainda mais a importância desse campo, levando clínicas e hospitais a contratar imigrantes qualificados com as licenças necessárias para exercer suas funções nos EUA.

A American Physical Therapy Association (APTA) relatou que, até o final de 2022, a média de fisioterapeutas empregados nas grandes regiões metropolitanas é de 57 profissionais para cada 100 mil habitantes.

Fisioterapeutas qualificados têm a oportunidade de receber remunerações anuais superiores a 100 mil dólares, especialmente em estados como Califórnia, Nevada, Nova Jersey, Alasca e Connecticut, conforme aponta o U.S. News & World Report’s Best Jobs of 2023.

4. Dentistas

Nos Estados Unidos, há apenas 60 dentistas para cada 100 mil habitantes, conforme dados da Health Resources and Services Administration (HRSA). A carência de dentistas, já persistente, intensificou-se nos últimos 10 anos devido à aposentadoria de muitos profissionais e à escassez de novos dentistas no mercado de trabalho.

O salário anual médio de um dentista varia de 158 a 208 mil dólares, tornando a odontologia uma das profissões mais bem remuneradas do país. No entanto, dentistas formados no exterior devem estar cientes das exigências, incluindo a obtenção de diploma de um programa de educação odontológica credenciado pela American Dental Association Commission on Dental Accreditation (CODA), conforme destaca o advogado.

5. Engenheiros

Os Estados Unidos enfrentam a projeção de um déficit de seis milhões de engenheiros até 2026, de acordo com o Departamento Americano de Estatísticas de Trabalho (BLS). Diversos fatores contribuem para a escassez de engenheiros no país, incluindo os altos custos associados à formação profissional. Uma faculdade de engenharia pode custar de 30 a 80 mil dólares por ano, dependendo do estado.

Essa carência abrange todas as subdivisões da engenharia, como Civil, Automotiva, Elétrica, Eletrônica, Telecomunicações, Engenharia de Produção e, especialmente, Engenharia de Óleo e Gás. Em regiões como o Texas, que concentram grandes empresas e indústrias petroquímicas, os rendimentos médios para engenheiros dessa área chegam a 90 a 190 mil dólares anuais, dependendo da especialidade e cargo, destaca o advogado.

Os requisitos para validação de diploma variam conforme o estado, mas, em geral, é necessário comprovar conhecimento e capacidade para a função, podendo incluir exames adicionais.

6. Pilotos

Nos últimos anos, mais de 130 mil voos foram cancelados nos Estados Unidos, desde 2020, devido à falta de pilotos. Apesar de o país ter o maior mercado de aviação do mundo, com 735 mil pilotos ativos, a carência de profissionais atingiu níveis críticos, exigindo a incorporação de pelo menos 150 mil novos profissionais nos próximos cinco anos para evitar colapsos, conforme destaca o advogado.

Pilotos de linhas comerciais podem receber remunerações anuais entre 99 mil e 200 mil dólares, segundo a ATP Flight School. Estados como Nevada, Flórida, Alasca, Montana, Virgínia e Texas enfrentam a maior necessidade de profissionais de aviação, destacando-se a importância de atender requisitos específicos para estrangeiros interessados em trabalhar nos EUA.

7. Educadores

A escassez de professores e educadores torna-se cada vez mais evidente nos Estados Unidos, com fatores como baixos salários, desafios de adaptação à tecnologia, comportamento dos estudantes e politização nas escolas contribuindo para o déficit. Estados como Washington, Arizona, Indiana, Califórnia e Nevada enfrentam as maiores carências de educadores, segundo o advogado.

Para educadores estrangeiros, as oportunidades destacam-se nas áreas de educação para crianças especiais e cursos de idiomas, com rendimentos anuais variando de 60 a 90 mil dólares, dependendo do estado e especialização do profissional.

8. Tecnologia da Informação (TI)

A Califórnia, Texas e Nova York concentram as maiores oportunidades para profissionais de TI nos Estados Unidos. Mesmo assim, as grandes empresas de tecnologia não conseguem encontrar profissionais em quantidade e capacidade suficiente para atender à demanda do mercado de desenvolvimento de novas tecnologias, conforme aponta o advogado.

O Departamento de Trabalho estima que existam 1,5 milhão de vagas de emprego para profissionais de TI até o final deste ano. Dentre as áreas profissionais com escassez, a TI é a que mais preocupa o governo americano, oferecendo oportunidades significativas para imigrantes qualificados, com rendimentos anuais que podem variar de 200 a 300 mil dólares, dependendo da especialização.

9. Logística

O impacto da pandemia evidenciou a importância dos profissionais da área logística (portuária, aeroviária, rodoviária, etc.), que trabalharam incansavelmente para manter o fluxo de bens e serviços essenciais. Com o crescimento dos serviços de entrega e aplicativos de transporte, a logística enfrenta uma carência de profissionais, especialmente motoristas de caminhões e engenheiros de logística, cujos rendimentos anuais podem ultrapassar 100 mil dólares.

10. Empresários

O aquecimento da economia americana tem atraído empresários estrangeiros, e a cada ano mais empreendedores levam seus negócios para os Estados Unidos. Há ainda espaço e incentivo para a chegada de novos empreendedores, com agências não governamentais e associações de comércio oferecendo apoio, como empréstimos e incentivos financeiros, conforme destaca o advogado.

Brasileiros, em particular, estão entre os que mais empreendem nos EUA, com mais de 1.400 empresas e startups fundadas ou adquiridas por brasileiros desde 2016, segundo dados da USAID. A Flórida, com uma das maiores comunidades de imigrantes brasileiros, registra a criação de novas patentes para mais de 800 produtos e empresas brasileiras desde 2020.

Como funcionam os contratos de trabalho nos EUA?

Nos Estados Unidos, a dinâmica contratual nas empresas acontece em dois formatos diferentes, sendo eles: o Contractor e o Full Time. Vamos entender as características de cada um deles:

Contractor

Para aqueles que estão iniciando sua jornada profissional nos Estados Unidos, é comum deparar-se com a oportunidade de contrato tipo Contractor. Nesse modelo, o profissional é remunerado por hora de trabalho e tem a flexibilidade de criar sua própria agenda, decidindo inclusive os períodos de descanso.

Entretanto, é importante destacar que o modelo Contractor não proporciona benefícios assegurados pela empresa, assemelhando-se, de certa forma, a um trabalho informal no Brasil. A grande vantagem reside na possibilidade de construir uma rede de contatos sólida nos Estados Unidos, facilitando a conquista de oportunidades de trabalho mais qualificadas no futuro.

Full Time

No caso do contrato Full Time, o profissional tem seu pagamento anualmente definido, o que permite um melhor planejamento financeiro ao longo do ano. As empresas, geralmente, oferecem benefícios como plano de saúde e aposentadoria, tornando essa opção mais atrativa para quem busca estabilidade e segurança.

O período de férias, por sua vez, é negociado entre o empregado e o empregador, adicionando uma camada de flexibilidade. Esse tipo de contrato é direcionado a profissionais qualificados e busca proporcionar uma jornada de trabalho mais estável e estruturada.

Ricardo

Administrador, analista SEO e chefe de redação, atuando frente aos conteúdos mais acessados do país.

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