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4 idades em que costumamos passar por crises existenciais

Em alguns momentos de nossa vida, começamos a nos confrontar sobre o que fizemos o que estamos fazendo e para onde vamos

Existem algumas idades em que as pessoas costumam enfrentar crises existenciais. Essas crises são uma realidade para muitas pessoas e podem trazer uma série de problemas para a vida de alguém, afetando significativamente sua saúde mental.

Ninguém está imune aos efeitos do tempo, e em certas idades nos deparamos com situações que nos levam a questionar o que fizemos ou deixamos de fazer para chegar onde estamos, ou ainda, para onde estamos indo e se de fato estamos indo para algum lugar.

As crises de idade são momentos de intensa reflexão, questionamentos e, muitas vezes, de mudanças significativas na vida das pessoas. Elas podem ser desencadeadas por marcos específicos, provocando reflexões sobre a vida pessoal, carreira, realizações e o tempo que resta.

A seguir, vamos apresentar algumas idades em que as pessoas tendem a sofrer mais com crises, explicar por que elas acontecem e oferecer uma compreensão melhor sobre esses momentos.

1. Crise dos 30 anos

Por volta dos 30 anos, muitas pessoas começam a avaliar seriamente onde estão em suas vidas em relação a onde pensavam que estariam. Pode haver uma sensação de urgência para alcançar metas pessoais e profissionais antes de chegar aos “verdadeiros” anos da meia-idade. Questões como casamento, maternidade/paternidade e a pressão para estabelecer uma carreira sólida são frequentes.

Esta crise pode ser exacerbada pela “síndrome do impostor” e pela comparação social, especialmente nas redes sociais, onde a vida das pessoas pode parecer perfeitamente bem-sucedida. No entanto, este também pode ser um momento de grande crescimento pessoal, onde as pessoas reavaliam o que é verdadeiramente importante para eles e fazem ajustes significativos para alinhar suas vidas com esses valores.

Causas psicológicas:

  • Avaliação das conquistas de vida até o momento e comparação com as metas estabelecidas durante a juventude.
  • Consciência da passagem do tempo e da pressão para “estabelecer-se” em termos de carreira, relacionamentos e família.

Impactos emocionais:

  • Sensação de urgência ou que o tempo está se esgotando para alcançar certas metas.
  • Sentimentos de estagnação ou fracasso se as expectativas não forem atendidas.

2. Crise dos 40 anos (Meia-Idade)

A crise da meia-idade, tradicionalmente vista por volta dos 40 anos, é talvez a mais estereotipada das crises de idade. Ela é frequentemente retratada como um período de questionamento profundo sobre o significado da vida, realizações pessoais e o inevitável avanço da idade.

Muitas pessoas podem experimentar arrependimentos sobre o caminho não tomado e podem sentir a necessidade de fazer mudanças significativas em suas vidas, carreiras ou relacionamentos. No entanto, essa crise também pode ser uma oportunidade para revisar as prioridades, cultivar novas paixões e buscar realizações que trazem satisfação pessoal, não apenas sucesso externo.

Causas psicológicas:

  • Reflexão sobre a própria mortalidade e o desejo de fazer a vida valer a pena.
  • Reavaliação de prioridades, sonhos não realizados e o desejo de mudança.

Impactos emocionais:

  • Pode levar a sentimentos de arrependimento, tristeza ou crise existencial.
  • Desejo de mudanças drásticas na vida pessoal ou profissional para corrigir insatisfações percebidas.

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3. Crise dos 50 anos

À medida que as pessoas entram em seus 50 anos, elas podem começar a enfrentar questões relacionadas ao envelhecimento, como a saúde diminuindo e a proximidade da aposentadoria. Este pode ser um momento de reflexão sobre o que ainda querem alcançar e como querem ser lembradas.

A “síndrome do ninho vazio”, com os filhos crescendo e deixando o lar, pode também provocar uma reavaliação do papel dos indivíduos como pais e de seus relacionamentos. A crise dos 50 anos oferece a chance de focar em hobbies, paixões e contribuições comunitárias, redefinindo o que significa ter uma vida plena e rica.

Causas psicológicas:

  • Confronto com o envelhecimento, saúde que vai enfraquessendo e mudanças na aparência física.
  • Reflexão sobre a proximidade da aposentadoria e o valor do trabalho realizado.

Impactos emocionais:

  • Ansiedade sobre o futuro, particularmente em relação à saúde e à segurança financeira.
  • Nostalgia e luto pelo passado, especialmente quando filhos saem de casa ou quando se enfrenta a perda de entes queridos.

4. Crise dos 60 anos e aposentadoria

A transição para a aposentadoria marca um período significativo de ajuste. Muitos se preocupam com a perda de identidade profissional, finanças e como ocuparão seu tempo. Questões sobre a morte e legado se tornam mais presentes, levando a reflexões sobre a vida passada e o desejo de aproveitar ao máximo os anos restantes.

Este período também pode ser visto como uma oportunidade para se reconectar com paixões antigas, viajar, dedicar tempo à família e amigos, e engajar-se em atividades significativas que não eram possíveis durante os anos de trabalho.

Causas psicológicas:

  • Transição para a aposentadoria e ajuste a uma nova rotina e identidade fora do trabalho.
  • Reflexões sobre legado, realização de vida e mortalidade.

Impactos emocionais:

  • Desafio em encontrar um novo propósito e sentido na vida após a aposentadoria.
  • Sentimentos de perda, tanto da identidade profissional quanto de amigos ou familiares.

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