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50 pleonasmos que as pessoas falam diariamente sem perceber

O pleonasmo é mais comum do que se imagina, se quando falamos de pleonasmo você lembra de "subir pra cima" saiba que você fala muitos outros

Se tem uma coisa que pega muita gente desprevenida é o pleonasmo. Quem nunca disse, mesmo sem querer, “entra pra dentro” em algum momento da vida, que atire a primeira pedra. O pleonasmo é um recurso linguístico que utiliza a repetição de um termo ou ideia com o objetivo de trazer maior clareza ou ênfase.

Dependendo do contexto ou da intenção de quem fala, o pleonasmo pode ser uma figura de linguagem ou até mesmo um desvio da norma padrão. Mas, em geral, ele é usado com a intenção de enfatizar a mensagem que alguém quer transmitir ao outro.

Um fato interessante sobre o pleonasmo é que muitos poetas e escritores escrevem seus textos enfatizando conceitos ou termos para chamar a atenção do leitor. Portanto, como o uso do pleonasmo na linguagem literária, tem o objetivo de gerar mais expressividade, o mesmo não é considerado um erro gramatical, mas sim uma licença poética.

Contudo, na comunicação cotidiana, qualquer repetição desnecessária de palavras é conhecida como pleonasmo vicioso, ou seja, um vício de linguagem que, em alguns casos, é considerado inaceitável. Pensando em melhorar sua comunicação, a seguir, vamos apresentar 50 dos pleonasmos mais comuns falados, para que você possa se policiar quando estiver conversando.

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Pleonasmos mais falados

A seguir, vamos apresentar alguns dos pleonasmos mais falados, levando em consideração a frequência em que cada um costuma ser usado ou é reconhecido quando vamos nos comunicar:

  1. Abusar demais;
  2. Acabamento final;
  3. Adiar para depois;
  4. Amanhecer o dia;
  5. Antecipar para antes;
  6. Arder em chamas;
  7. Baseado em fatos reais;
  8. Cego dos olhos;
  9. Certeza absoluta;
  10. Comparecer pessoalmente;
  11. Conclusão final;
  12. Consenso geral;
  13. Continuar ainda;
  14. Conviver junto;
  15. Dar de graça;
  16. Decapitar a cabeça;
  17. Descer para baixo;
  18. Duas metades iguais;
  19. Dupla de dois;
  20. Empréstimo temporário;
  21. Encarar de frente;
  22. Entrar para dentro;
  23. Estrelas do céu;
  24. Fato verídico;
  25. Gritar alto;
  26. Há muitos anos atrás;
  27. Hemorragia de sangue;
  28. Infarto do coração;
  29. Introduzir para dentro;
  30. Labaredas de fogo;
  31. Limite extremo;
  32. Maluco da cabeça;
  33. Manter o mesmo;
  34. Monopólio exclusivo;
  35. Multidão de pessoas;
  36. Ouvir com os ouvidos
  37. Panorama geral;
  38. Pisar com os pés;
  39. Planejar antecipadamente;
  40. Planos para o futuro;
  41. Preparar de antemão;
  42. Prevenir antes;
  43. Protagonista principal;
  44. Repetir de novo;
  45. Retornar de novo;
  46. Sair para fora;
  47. Seguir em frente;
  48. Subir para cima;
  49. Surdo do ouvido;
  50. Todos foram unânimes;
  51. Voltar atrás.

Compreendendo o pleonasmo

O pleonasmo é uma técnica de linguagem onde se repete uma ideia, de forma a construir ou enfatizar um ponto. Essa repetição pode surgir de diversas maneiras na estrutura de uma frase, classificando-se em três categorias principais: vicioso, literário e musical.

O pleonasmo vicioso é basicamente quando repetimos algo sem necessidade, criando redundâncias que, na fala do dia a dia, podem até passar desapercebidas, mas são vistas como deslizes na norma culta da língua.

Por outro lado, o pleonasmo literário é intencional e serve como uma ferramenta estilística. Escritores o utilizam para dar mais força a uma ideia ou descrição, como no caso de dizer “silêncio quieto” para enfatizar a profundidade do silêncio. Aqui, a repetição não é um erro, mas uma escolha deliberada para enriquecer o texto.

Na música, o pleonasmo também encontra seu lugar, especialmente em letras de canções onde a ênfase ou a rima precisam de um reforço. No entanto, essa liberdade criativa às vezes pode ser confundida com o pleonasmo vicioso, especialmente se a repetição não contribuir significativamente para o conteúdo ou forma da obra.

Em resumo, enquanto o pleonasmo pode ser visto como um deslize linguístico no cotidiano, na arte e na literatura, ele se transforma em uma ferramenta expressiva poderosa. Os criadores, nesse contexto, desfrutam de uma “licença poética” para brincar com a linguagem de maneiras que, embora possam ser tecnicamente incorretas, são artisticamente válidas e apreciadas.

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