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4 novas soluções para doenças sem cura hoje

As doenças raras, caracterizadas por serem crônicas e degenerativas, muitas vezes são graves e incapacitantes. De acordo com a Orphanet, existem atualmente cerca de sete mil patologias raras no mundo, afetando aproximadamente 300 milhões de pessoas.

Isso representa entre 3,5% e 5,9% da população global. Muitos pacientes relatam insatisfação com os cuidados recebidos, além de enfrentarem elevados custos econômicos e discriminação devido à sua condição.

Diante desse cenário, a tecnologia tem se mostrado uma aliada essencial no enfrentamento dos desafios impostos pelas doenças raras, oferecendo novas ferramentas para melhorar o diagnóstico e tratamento dessas condições. Entre as inovações mais notáveis estão as plataformas genéticas de alto rendimento, que permitem a descoberta de novos genes e mutações, além de diferentes fenótipos.

O diagnóstico precoce, possibilitado por essas tecnologias, é crucial para retardar o aparecimento dos sintomas e tratar a doença desde o início, reduzindo a morbidade associada.

Doenças sem cura / Imagem Freepik

Tecnologias de Ponta para tratar doenças raras

Agora chegou a hora de descobrir as soluções modernas que podem encontrar cura para as doenças raras e que, em muitos casos, não possuem cura hoje:

  • Escaneamentos 3D para diagnóstico

Pesquisadores das universidades do Colorado, Calgary e Califórnia desenvolveram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens faciais tridimensionais para acelerar o diagnóstico de doenças raras. A biblioteca criada possui 3.327 participantes de diversas etnias e idades, abrangendo 396 síndromes genéticas.

As imagens são inseridas em um banco de dados, onde um algoritmo de aprendizado automatizado identifica indivíduos com doenças raras com precisão impressionante.

  • Tecnologia de mRNA

Utilizada nas vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e Moderna, a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) tem mostrado potencial em várias outras aplicações médicas. O mRNA instrui as células a produzir proteínas específicas para combater infecções.

Pesquisas indicam que essa tecnologia pode ser adaptada para tratar diversas doenças, como a doença de Lyme, uma infecção transmitida por carrapatos.

E tem ainda mais…

  • Tecnologia CRISPR

A ferramenta de edição genética CRISPR tem revolucionado o tratamento de doenças genéticas. Um exemplo notável é o tratamento para o angioedema hereditário, uma doença genética grave.

Através da tecnologia CRISPR, foi desenvolvido o tratamento NTLA-2002, que bloqueia a ação do gene responsável pela doença no fígado. Esse avanço oferece esperança de cura para pacientes que antes não tinham opções eficazes.

  • Plataformas de reconhecimento de sintomas

Plataformas digitais que listam sintomas específicos ajudam no reconhecimento e diagnóstico precoce de doenças raras. Um exemplo é o site SMA Early Signs, desenvolvido pela Novartis Gene Therapies. Esta plataforma apoia indivíduos que provavelmente têm Atrofia Muscular Espinhal (SMA), uma doença genética causada pela ausência ou mutação do gene SMN1.

O diagnóstico precoce facilita a indicação de tratamentos que podem salvar vidas e até interromper o progresso da doença em crianças.

Você precisa saber disso agora:

Impacto e perspectivas futuras para o tratamento das doenças

Essas tecnologias já estão transformando a vida de milhares de pacientes e profissionais de saúde, oferecendo cuidados que antes eram inimagináveis. No entanto, ainda há muito a ser feito para ampliar o acesso a esses avanços e garantir que mais pacientes possam se beneficiar deles.

O impacto dessas inovações é profundo, não apenas no diagnóstico e tratamento, mas também na qualidade de vida dos pacientes. A possibilidade de identificar doenças raras de forma rápida e precisa permite intervenções mais eficazes e personalizadas, aumentando as chances de sucesso dos tratamentos.

Os avanços tecnológicos no diagnóstico e tratamento de doenças raras representam um marco significativo na medicina moderna. As plataformas genéticas de alto rendimento, os escaneamentos 3D, a tecnologia de mRNA, a ferramenta CRISPR e as plataformas de reconhecimento de sintomas estão revolucionando a maneira como essas doenças são abordadas.

Embora ainda haja desafios a serem superados, essas tecnologias oferecem um vislumbre de um futuro onde o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz de doenças raras sejam a norma, não a exceção.

Com o contínuo desenvolvimento e implementação dessas inovações, espera-se que a qualidade de vida dos pacientes com doenças raras melhore significativamente, trazendo esperança e novas possibilidades para milhões de pessoas ao redor do mundo.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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