Diferente do que muita gente pensa, ao longo da nossa história, o Brasil já se envolveu em diversas guerras e conflitos diferentes. No início do período de colonização, houve disputas entre indígenas e invasores, assim como disputas por territórios com outros países que fazem fronteira com o Brasil.
Apesar de raramente ter se envolvido em guerras de grande escala quando comparados a outros países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, algumas guerras e conflitos armados com outros países foi algo que aconteceu mais vezes do que se imagina.
Para recuperar um pouco mais da história do nosso país, hoje decidimos fazer um conteúdo diferente, mas muito interessante, que é falar sobre às vezes em que o Brasil se envolveu em guerras e conflitos com outros países, claro que, em menor escala, mas foram acontecimentos que marcaram a história do Brasil.
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A guerra da Cisplatina se tratou de um conflito bélico entre o Brasil e a Argentina. O objetivo desse conflito era simples, de dominar a Província da Cisplatina, que atualmente corresponde ao atual Uruguai. Isso porque, após a independência de Portugal, o Brasil acabou herdando a província da Cisplatina.
Contudo, os habitantes da região da Cisplatina, buscavam ter sua autonomia e independência, o que fez com que em 1825, um grupo de revolucionários apoiados pelas Províncias Unidas do Rio da Prata, proclamassem a independência da Cisplatina, desencadeando o conflito.
O Brasil lutou durante três anos para manter o controle da província da Cisplatina, contudo, após esse período que estava sendo bem custoso e que parecia não ter uma solução militar, foi então assinado o Tratado de Montevidéu, garantindo assim que o Uruguai se tornasse independente.
A guerra do Prata, também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, foi um marcante episódio de uma longa disputa entre Brasil, Argentina e Uruguai pela influência do Paraguai e hegemonia da região do Rio da Prata.
O Brasil, preocupado com o autoritarismo e políticas expansionistas de Juan Manuel de Rosas, um ditador da Confederação Argentina, aliou-se com o Uruguai e dissidentes argentinas para que fosse possível derrubá-lo.
Dessa forma, o conflito acabou saindo como o planejado e em 1852 houve a queda de Juan Manuel de Rosas, assim como um aumento muito importante da influência brasileira na região, reforçando a estabilidade e o equilíbrio de poder local.
A guerra do Paraguai foi o maior conflito militar da história da América do Sul, isso em termos de número de soldados mobilizados e vítimas. O conflito foi iniciado por ambições territoriais e influência regional.
O início da guerra começou quando o Paraguai decidiu atacar o Brasil, após o mesmo ter intervindo em um conflito interno do Uruguai. O conflito foi precipitado pela invasão do Mato Grosso pelo Paraguai, seguido de invasões no território argentino e uruguaio.
Solano Lópes, o ditador que comandava o Paraguai naquele período, tinha aspirações territoriais que ameaçavam a estabilidade da região. A guerra se arrastou por um período de seis anos, onde o Brasil, Argentina e Uruguai perderam cerca de 120 mil soldados.
Para se ter dimensão dos impactos desse conflito, o Paraguai sofreu perdas desproporcionais, com estimativas de que até 70% de toda a população masculina foi morta, assim como grandes extensões do seu território economicamente valioso foram perdidas.
A região do Acre até 1902 era controlada pela Bolívia, mas habitada principalmente por seringueiros brasileiros. Contudo, muitas tensões acabaram surgindo quando a Bolívia tentou exercer um maior controle do Acre, impondo taxas sobre a extração de látex.
Essa movimentação da Bolívia acabou gerando diversos confrontos armados entre seringueiros e as forças bolivianas, até que o governo brasileiro teve que intervir. O conflito acabou culminando no Tratado de Petrópolis, pelo qual o Brasil adquiriu o território do Acre por dois milhões de liberas esterlinas. Além disso, o Brasil se comprometeu a construir a ferrovia Madeira-Mamoré para facilitar o transporte na região.
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