Quando pensamos em dependência química, na maioria das vezes pensamos no álcool, cigarro e principalmente nas drogas ilícitas, certo? Pois é, mas e se te contarmos que existe um número cada vez maior de pessoas que desenvolvem o vício em medicamentos.
Mesmo que seja um assunto que nem sempre chame muito a atenção das pessoas, é preciso ficar muito atento, isso porque, medicamentos simples, que são utilizados normalmente pelas pessoas, também podem trazer a dependência química.
Na verdade, existe um grande dilema com relação ao silêncio que é feito com relação ao abuso de medicamentos. O grande problema é que, a falta de conscientização e abordagens sobre o tema, faz com que cada vez mais pessoas se viciem nestes medicamentos e o pior, as pessoas nem percebam esse vício.
Há diversas categorias de medicamentos que podem levar à dependência química. Entre eles, destacam-se os benzodiazepínicos e barbitúricos, comumente conhecidos como calmantes, amplamente utilizados no tratamento de transtornos mentais como ansiedade, insônia e irritabilidade.
Outra categoria de medicamentos que apresenta alto potencial de causar dependência é a dos analgésicos. Infelizmente, diversas celebridades trágicas perderam suas vidas devido ao consumo excessivo dessas substâncias, a exemplo de Michael Jackson, Prince e Marilyn Monroe.
Mesmo medicamentos de uso cotidiano podem levar à dependência. Paracetamol, dipirona e ácido acetilsalicílico (AAS) estão entre os remédios que apresentam risco de vício quando utilizados de forma frequente.
O perigo reside no fato de que as pessoas tendem a recorrer a esses medicamentos sempre que sentem algum desconforto. Em um curto espaço de tempo, é possível desenvolver dependência, especialmente quando há abuso na quantidade consumida.
Esses casos reforçam a importância de um uso consciente e responsável de medicamentos, bem como a necessidade de acompanhamento médico adequado para garantir a segurança do paciente durante os tratamentos.
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O consumo excessivo de medicamentos pode causar danos sérios ao organismo. Mesmo em doses adequadas, eles podem ter efeitos colaterais. Por isso, é fundamental utilizá-los apenas sob estrita prescrição médica, considerando que os benefícios superam os riscos.
Os principais riscos associados ao vício em remédios são:
Intoxicação: A maioria dos atendimentos por intoxicação no Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp está relacionada ao uso de medicamentos. O abuso de remédios responde por quase 34% das ocorrências, superando venenos, drogas e agrotóxicos.
Interação: O uso abusivo pode levar à interação prejudicial entre diferentes medicamentos ou substâncias. Isso pode anular os efeitos de medicamentos importantes para o tratamento de problemas de saúde, ou sobrecarregar o organismo com substâncias prejudiciais.
Danos e falência de órgãos: O uso excessivo de certos remédios pode danificar células de órgãos como o fígado e causar problemas graves, como falência hepática, sendo necessário até mesmo um transplante.
Overdose e morte: Em alguns casos, o abuso de remédios pode levar à overdose, resultando em colapso do corpo e até mesmo morte, mesmo quando socorridos a tempo.
É imprescindível entender os riscos associados ao consumo excessivo de medicamentos e procurar sempre a orientação médica adequada antes de iniciar qualquer tratamento. O uso responsável e consciente de medicamentos é fundamental para preservar a saúde e bem-estar do paciente.
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