É provável que em algum momento você tenha vivenciado sentimentos de incerteza e autocrítica. Se esses sentimentos persistentemente afetam sua vida cotidiana, pode ser que você esteja lidando com o que é chamado de complexo de inferioridade.
Essa condição foi definida pela primeira vez em 1907 pelo psicólogo Alfred Adler e é caracterizada pela Associação Americana de Psicologia como uma profunda sensação de inadequação e insegurança.
Esses sentimentos podem levar a uma variedade de comportamentos, desde se isolar devido ao medo e à timidez até competir excessivamente e agir agressivamente como uma maneira de compensar essa insegurança.
Um complexo de inferioridade é quando alguém acredita profundamente que é fundamentalmente inferior ou inadequado em relação aos outros. Isso pode levar a uma constante comparação com os outros e uma sensação de incapacidade de alcançar sucesso ou felicidade.
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De acordo com informações do Kentucky Counseling Center, é possível identificar dois tipos de complexos de inferioridade que merecem nossa atenção: o complexo de inferioridade primário e o complexo de inferioridade secundário. Ambos possuem características distintas, e podemos compreendê-los da seguinte maneira:
Inferioridade primária: este tipo de complexo de inferioridade tem suas raízes na infância, muitas vezes relacionado à comparação frequente feita pelos pais entre seus filhos.
As crianças são altamente sensíveis e tendem a valorizar imensamente a opinião dos pais. Quando uma criança é constantemente repreendida por demonstrar vulnerabilidade ou inadequação, ela corre um risco maior de desenvolver inseguranças profundas que podem persistir na vida adulta.
Essa autopercepção de inferioridade pode ter um impacto prejudicial em seus relacionamentos pessoais e sociais ao longo de toda a vida.
Inferioridade secundária: a inferioridade secundária se refere à incapacidade de um adulto em alcançar seus objetivos devido às inadequações percebidas.
Indivíduos com um complexo de inferioridade secundário frequentemente apresentam baixa autoestima. Eles podem enfrentar desafios significativos em situações sociais e podem acreditar que não conseguem manter relacionamentos adultos saudáveis.
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Com base nas informações do artigo publicado no site do Kentucky Counseling Center e de um artigo no Everyday Health levantamos seis sinais que podem indicar que você sofre do complexo de inferioridade, confira:
Pessoas com complexo de inferioridade geralmente se sentem inseguras e acham que algo está sempre faltando nelas. Elas duvidam das suas próprias habilidades e se consideram piores do que os outros. Isso pode afetar sua vida em geral, desde seus relacionamentos até o seu desempenho no trabalho.
Se você evita festas, encontros com amigos e eventos sociais porque tem medo de ser julgado ou rejeitado, esse pode ser um sinal de complexo de inferioridade. Isso pode levar à solidão e ao isolamento.
Se você está sempre preocupado com o que os outros pensam de você e se sente inadequado na maioria das situações, a ansiedade pode ser um sintoma do seu complexo de inferioridade. Essa ansiedade pode ser avassaladora e atrapalhar sua qualidade de vida.
Se elogiar a si mesmo é algo que você raramente faz, ou quando alcança o sucesso, minimiza suas conquistas, isso pode ser um sinal do complexo de inferioridade. É como se você não conseguisse reconhecer seu próprio valor.
Se você se pega sempre se comparando com os outros, medindo seu valor com base nas realizações e aparências deles, isso pode ser um sinal de que você tem um complexo de inferioridade. Isso constantemente o faz se sentir insatisfeito e inadequado.
Algumas pessoas com complexo de inferioridade buscam atenção de maneiras negativas, como fingir estar doente ou sendo agressivas. Isso ocorre porque elas desejam serem desesperadamente notadas, devido à baixa autoestima. Esses comportamentos podem causar problemas nas relações interpessoais e piorar o problema.
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Se você se identificou com alguns desses sinais, lembre-se de que o complexo de inferioridade é uma condição tratável. Procurar ajuda profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, é fundamental para superar esse desafio.
Eles podem ajudar a descobrir por que você se sente assim e desenvolver estratégias para construir uma autoestima saudável. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, ajuda a mudar pensamentos negativos e comportamentos autodepreciativos.
A terapia em grupo também pode ser benéfica, por permitir compartilhar experiências e encontrar apoio mútuo. Lembre-se, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem e autocompaixão.
A superação do complexo de inferioridade requer tempo e esforço, mas os resultados podem transformar sua vida, levando a uma maior confiança e uma vida mais gratificante.
Não deixe que a insegurança e a inadequação limitem sua qualidade de vida. Procure apoio profissional e comece a jornada em direção a uma mentalidade mais positiva e autoestima fortalecida.
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