Quem é que nunca discutiu sobre algo, e em seguida pensou “putz, eu deveria ter dito isso”. Essa situação é muito natural, afinal, quando estamos de cabeça fria, é bem mais fácil raciocinar com a razão, deixando a emoção de lado e, consequentemente encontrar novas argumentações.
Muitas vezes conseguimos sair bem em uma discussão, ao defender nosso ponto de vista. Entretanto, existem situações que parece que somos atropelados por argumentos dos quais, não temos a menor capacidade de refutar, ainda mais quando estamos errados e o adversário é inteligente articulado.
A boa notícia é que existem algumas estratégias, que inclusive são comprovadas pela ciência, que podem nos ajudar a vencer qualquer discussão. Essas estratégias foram listas pela revista americana Business Insider, as quais vamos conhecê-las a partir de agora. Confira!
É importante lembrar que, durante uma discussão, o objetivo não é simplesmente vencer. Quando nos concentramos demais em ganhar, acabamos atacando as ideias do outro, e isso faz com que a outra pessoa adote uma atitude defensiva. Isso torna ainda mais difícil convencê-la a ouvir e talvez aceitar nosso ponto de vista.
Para ser mais persuasivo, devemos mostrar que entendemos o que a outra pessoa está dizendo. Ao invés de atacar as ideias dela, podemos usar seus argumentos e lógica para chegar a uma conclusão – mesmo que possa parecer absurda – e assim demonstrar que estamos certos.
Quando estamos discutindo com alguém, fazer perguntas pode ser uma estratégia muito eficaz. Isso não apenas nos ajuda a construir nossos próprios argumentos, mas também transforma a interação competitiva em uma conversa cooperativa.
De acordo com o psicólogo John Gottman, especialista em relacionamentos, fazer esse tipo de perguntas pode abrir as pessoas para um diálogo mais aberto e produtivo. Portanto, não tenha medo de fazer perguntas durante uma discussão – elas podem nos levar a novas perspectivas e aproximar as pessoas ao invés de afastá-las.
É interessante perceber que nem sempre ser a pessoa mais inteligente em um ambiente garante que seremos ouvidos. De acordo com um estudo realizado em 2013, as pessoas tendem a escolher ouvir aqueles que agem com confiança e convicção, como se soubessem que estão certos.
Bryan Bonner, professor de administração da Universidade de Utah, afirma que nós inconscientemente prestamos mais atenção à extroversão, gênero, raça e nível de confiança das pessoas, ao invés de realmente ouvirmos o conteúdo das suas argumentações durante um debate.
Isso demonstra a importância de não apenas transmitir nossas ideias de maneira clara e embasada, mas também desenvolver habilidades de comunicação e confiança para que nossas opiniões sejam valorizadas e consideradas.
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No livro “Influência: a Psicologia da Persuasão”, Robert Cialdini nos conta sobre uma estratégia poderosa chamada de “prova social”. Segundo Cialdini, as pessoas têm a tendência de se conformar com as opiniões dos outros, mesmo que pareçam estranhas. Essa tendência já foi estudada e documentada.
A ideia por trás da “prova social” é que as pessoas acreditam que o que os outros estão fazendo e dizendo é o correto para uma determinada situação. Isso pode ser observado, por exemplo, quando vemos filas longas na frente de um restaurante e automaticamente pensamos que a comida lá deve ser boa.
Essa influência social nos leva a confiar nas escolhas dos outros, muitas vezes sem questionar ou refletir sobre elas.
Uma estratégia conhecida como “técnica do espantalho”, ou “ampliação indevida” segundo o filósofo Arthur Schopenhauer, consiste em interpretar o que alguém diz de forma exagerada ou absurda, para torná-lo parecer ridículo ou inválido.
Essa técnica distorce a mensagem original, criando um “espantalho” que representa uma versão exagerada e caricata do argumento da outra pessoa. O objetivo é tornar mais fácil refutá-lo, já que as pessoas tendem a rejeitar ou ridicularizar ideias extremas.
No entanto, é importante destacar que a “técnica do espantalho” é uma forma desonesta de debate, pois não reflete a posição real do outro e busca apenas descreditar suas ideias. Se o objetivo é ter uma discussão saudável e construtiva, é melhor buscar entender o argumento original de cada pessoa e responder a ele de maneira objetiva e respeitosa.
Uma tática não muito ética de argumentação é conhecida como “ad hominem”, que significa “contra a pessoa”. Nessa tática, em vez de questionar o que o adversário disse, é sua pessoa que é desqualificada.
Isso pode acontecer de diversas formas, como quando em vez de debater o argumento da outra pessoa, você a insulta ou questiona sua credibilidade. Em vez de refutar o que foi dito, a tática “ad hominem” busca atacar a outra pessoa, desacreditando-a.
Essa estratégia de argumentação é desonesta, pois não leva em consideração o conteúdo da mensagem e busca apenas desqualificar a outra pessoa. Em um debate saudável e construtivo, é importante focar nos argumentos apresentados e nas evidências que os sustentam, e não atacar a pessoa que fez a argumentação contrária.
Uma tática comum de argumentação é concordar com pelo menos uma parte do que a outra pessoa está dizendo para, a partir disso, construir a própria conclusão. Essa estratégia é conhecida como “concordância seletiva”.
Ao utilizar essa tática, é importante encontrar o ponto em comum entre os argumentos e expor a concordância. Assim, é possível criar um espaço de diálogo e demonstrar que você está disposto a ouvir o outro lado da discussão.
A partir dessa concordância, é possível mostrar os próprios argumentos e apresentar uma conclusão construtiva, baseada na análise de ambos os lados. Essa tática permite uma discussão mais saudável e menos conflituosa, uma vez que se baseia na busca de pontos em comum e não na recusa total do argumento da outra pessoa.
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