A demência é um assunto sério, segundo projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas acometidas pela condição deve crescer mais de 150% até 2050, ou seja, passando dos atuais 55 para 139 milhões de casos.
Devido ao grande número de casos que tende a aumentar exponencialmente nos próximos anos, cada vez mais existem estudos que buscam desenvolver medicamentos mais eficazes para tratar a neurodegeneração.
Além de estudos por novos medicamentos, outros estudos têm revelado dados importantes, como os hábitos das pessoas, isso porque, recentes estudos apontam que hábitos básicos, que a maioria das pessoas possui, aumentam em até 43% a chance de desenvolver demência.
A demência é uma condição neurológica que afeta a função cognitiva, como a memória, o raciocínio, a linguagem e a capacidade de realizar atividades diárias. É uma síndrome progressiva e degenerativa que pode ocorrer devido a várias doenças e lesões cerebrais. A demência geralmente afeta pessoas mais velhas, mas também pode ocorrer em idades mais jovens.
Existem diferentes tipos de demência, sendo a doença de Alzheimer o tipo mais comum. Outros tipos incluem demência vascular, demência com corpos de Lewy, demência frontotemporal, entre outros. Cada tipo de demência apresenta características distintas e é causado por diferentes mecanismos no cérebro.
Em um recente estudo publicado pela revista científica Neurology, pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Mississipi, nos Estados Unidos, perceberam o impacto de um conjunto de sete hábitos simples, na redução do desenvolvimento de demências.
O estudo analisou dados de mais de 10 mil indivíduos, coletados ao longo de três décadas, cuja idade média era de 54 anos no início do período. Os pesquisadores constataram que um conjunto de práticas conhecido como “os 7 pilares da vida” é capaz de diminuir em até 43% o risco de demência, mesmo para aqueles com predisposição genética.
Os participantes foram avaliados em relação a cada um desses critérios. Ao final do período analisado, quando tinham uma média de 84 anos, aqueles que aderiram aos hábitos apresentaram uma incidência de demência de 6% a 43% menor. Esse percentual variou conforme o número de práticas adotadas e sua intensidade.
Isso ocorre principalmente porque a demência não é uma doença única, mas sim uma síndrome resultante de um conjunto de condições que levam a comprometimentos cognitivos em áreas como memória, atenção, linguagem e, eventualmente, interferem na capacidade de realizar tarefas cotidianas.
Essa síndrome, embora seja frequentemente associada à doença de Alzheimer em cerca de 60% dos casos, também pode ser resultado de problemas vasculares, como um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou de outros distúrbios que causam neurodegeneração.
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Em resumo, as sete práticas recomendadas para serem incorporadas ao cotidiano visando a redução do risco de demência são as seguintes:
Permanecer ativo: engajar-se regularmente em atividades físicas, como caminhar, nadar ou praticar esportes, para promover a circulação sanguínea, estimular o cérebro e manter o corpo saudável.
Adotar uma alimentação saudável: incluir em sua dieta alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, além de reduzir o consumo de alimentos processados, açúcares e gorduras saturadas.
Evitar o sobrepeso: manter um peso corporal saudável e evitar o acúmulo excessivo de gordura corporal, pois o excesso de peso pode aumentar o risco de várias condições de saúde, incluindo demência.
Não fumar: abster-se do tabagismo e evitar a exposição ao fumo passivo, uma vez que o tabagismo está associado a danos aos vasos sanguíneos e ao aumento do risco de doenças cerebrovasculares que podem levar à demência.
Manter a pressão arterial adequada: monitorar regularmente a pressão arterial e adotar medidas para mantê-la em níveis saudáveis, pois a hipertensão arterial não controlada pode prejudicar os vasos sanguíneos do cérebro e aumentar o risco de demência.
Controlar o colesterol: realizar exames de sangue regularmente para monitorar os níveis de colesterol e adotar medidas, como uma dieta saudável e exercícios físicos, para manter o colesterol LDL (ruim) baixo e o HDL (bom) alto, reduzindo assim o risco de doenças cardiovasculares que podem afetar o cérebro.
Controlar a taxa de açúcar no sangue: manter a glicose sanguínea nos níveis adequados, principalmente para pessoas com diabetes, pois altos níveis de açúcar no sangue podem causar danos aos vasos sanguíneos e aumentar o risco de problemas cognitivos.
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