Se preocupar algumas vezes com a opinião dos outros, o que eles pensam de você, faz parte do ser humano normal. Um estudo intrigante publicado na revista Healthland revelou que nosso cérebro demonstra uma atividade significativa em sua área de recompensa quando somos informados de que outros aprovam nossas preferências, como o gosto musical, por exemplo.
No entanto, a questão torna-se problemática quando a preocupação com a opinião externa começa a ditar cada aspecto de nossas vidas – desde escolhas aparentemente superficiais, como o vestuário, até decisões de grande magnitude, como a trajetória profissional, todas motivadas pelo receio de sermos julgados ou mal interpretados. Desvincular-se dessa necessidade constante de aprovação é, sem dúvida, um desafio árduo.
Em busca de insights e estratégias para superar esse obstáculo, exploramos discussões profundas no Quora, centradas na pergunta “Como posso parar de me preocupar com o que as outras pessoas pensam?”. As respostas que emergiram foram não apenas esclarecedoras, mas também um convite empático à autoaceitação e ao empoderamento pessoal.
Convidamos você a prosseguir na leitura e embarcar numa jornada transformadora para resgatar a autenticidade e a liberdade de simplesmente ser.
Existe uma verdade libertadora que muitas pessoas ainda não perceberam: as pessoas raramente estão tão concentradas em nós quanto imaginamos, as pessoas que você acredita que te olharam na rua, ou em algum estabelecimento, não lembram mais de você 5 minutos após o acontecido.
Essa inclinação para acreditar que estamos constantemente sob o olhar alheio é conhecida pelos psicólogos como “efeito holofote”. Em uma pesquisa realizada no ano 2000, mencionada no Tech Insider, indivíduos foram instruídos a ir a uma festa vestindo camisetas com estampas embaraçosas. Como previsto, essas pessoas superestimaram grandemente o quanto os outros participantes repararam em suas vestimentas.
Seus pensamentos e sentimentos não são comandados por ninguém além de você mesmo; eles são fruto de suas próprias interpretações sobre as atitudes alheias. Assim, reconfigurando essas interpretações, você tem o poder de remodelar seus sentimentos e pensamentos de maneira mais positiva.
Para essa situação existe um ótimo exercício mental: em vez de se afundar em autocrítica, pensando “Hoje eu [ação] e todos riram. Eles devem achar que sou uma piada. Eu sou uma piada. Agora todos sabem disso. Não posso encará-los novamente!”, que tal considerar: “Hoje eu [ação] e consegui fazer todos rirem. Talvez tenha trazido um pouco de alegria para o dia de alguém, mesmo que por acaso…”?
O segredo para relacionamentos saudáveis é entender que nossa interpretação das ações dos outros é apenas “a história que estou criando”. Logo, muitas vezes você cria uma narrativa em sua cabeça que pode estar muito longe de ser uma verdade intrínseca, ao qual você condena como uma verdade que é só sua, e não que condiz com a realidade.
Leia também | 10 maneiras de descobrir no que você é bom de verdade
Marie Stein sugere que uma maneira eficaz de mitigar o peso de uma opinião negativa é enriquecer sua vida com uma diversidade de perspectivas.
“Quanto mais pessoas você interagir, mais evidente se tornará que cada uma delas terá uma visão única sobre você”, diz ela. “E no final, a única opinião que verdadeiramente acompanha você por toda a vida e que está sob seu domínio é a sua própria.”
Muitas pessoas exibem confiança por fora, mas, por dentro, frequentemente é apenas uma encenação. Que tal se esforçar conscientemente para fazer os outros se sentirem à vontade? Ao se tornar um facilitador, você se distrai das preocupações sobre as impressões que deixa.
Estudos indicam que somos notoriamente ineptos em discernir as batalhas internas dos outros. Ao focar em aliviar suas dificuldades, você pode achar que suas próprias ansiedades perdem a relevância.
Se você dedicar sequer um momento de sua energia mental preocupando-se com o que os outros estão pensando, estará, na verdade, desperdiçando o seu tempo e sua energia. Em vez disso, canalize essa energia para gerenciar seus próprios pensamentos e percepções da situação.
Amy Morin, uma psicoterapeuta, pontua que indivíduos com grande força mental tendem a não desperdiçar esforços em aspectos que estão fora de seu controle. Ao realocar esse foco, é provável que você encontre uma sensação maior de contentamento e uma redução no estresse.
Existe uma metáfora muito interessante que podemos utilizar para elucidar essa questão. A metáfora conta a história de duas pessoas e o burro. No conto, as duas pessoas tentam adaptar seu comportamento com base nas reações e opiniões dos espectadores. Quando ambos estão montando o burro, são julgados por serem cruéis com o animal.
Em uma tentativa de mitigar essa percepção, uma pessoa desce, mas então a que permanece montada é vista como egoísta. Mesmo ao trocarem de posição, a opinião negativa continua. E quando ambos caminham ao lado do burro, tentando evitar qualquer crítica, são zombados por não utilizarem o recurso que têm (o burro).
O cerne da história é que, não importa como você escolha agir, sempre haverá alguém que discordará ou encontrará falhas em suas ações. Se continuamente mudarmos nosso comportamento tentando agradar a todos, acabaremos perdidos, confusos e insatisfeitos, pois é impossível satisfazer todas as perspectivas e expectativas divergentes.
Além disso, a história sugere que, ao tentar agradar a todos, podemos falhar em tomar decisões que são do nosso próprio interesse ou que fazem sentido prático, como no caso de não usar o burro para transporte.
Assim, o conto enfatiza a importância de ouvir e confiar em nosso próprio julgamento e integridade, ao invés de procurar constantemente a aprovação externa. É uma lição sobre a importância de viver de acordo com nossos próprios valores e sabedoria, mesmo que isso signifique não atender às expectativas de todos ao nosso redor.
Preocupar-se com a opinião dos outros não é intrinsecamente nocivo; o crucial é não permitir que essa preocupação governe sua vida. É impossível abolir completamente a preocupação acerca do julgamento alheio.
Considerando que somos dependentes de outros seres humanos para muitas das conquistas desejadas na vida (oportunidades de emprego, reconhecimentos, formação de uma clientela, estabelecimento de parcerias significativas, entre outros), a percepção que os outros têm de você detém sua relevância.
O segredo para a verdadeira liberdade interior reside em valorizar mais a sua autoimagem do que as opiniões externas a seu respeito.
As constantes mudanças e transformações no mercado de trabalho e os avanços tecnológicos, estão fazendo…
Uma das universidades mais respeitadas do mundo, está oferecendo 139 cursos online gratuitos para brasileiros.…
Será que pessoas muito inteligentes têm comportamentos diferentes dos nossos? Será que eles tem um…
Ter o nome sujo em instituições financeiras pode ser uma verdadeira aventura para conseguir um…
Já se foi o tempo em que as pessoas chegavam aos 60 anos e achavam…
Ela é querida pelos brasileiros! Está presente nos churrascos, festas, nos encontros com os amigos.…