Os cães são animais muito estudados, principalmente por sua popularidade de ser o melhor amigo do homem. No entanto, existem algumas questões sobre os cães que são bastante desencontradas, e devido a popularidade de alguns mitos, eles acabam se espalhando e as pessoas acreditando que de fato são reais, contudo, não são.
Compreender as características e comportamentos únicos dos cães, é uma tarefa muito importante para nos ajudar em nossa capacidade de cuidar deles de maneira correta. Pensando nisso, hoje nós decidimos listar algumas mentiras sobre nossos amigos peludos que, muita gente acredita só que não passam de inverdades. Quer saber quais são esses mitos? Então confira agora!
Certamente, você já ouviu alguma vez que os cães são daltônicos, incapazes de perceber mais do que preto e branco. Contudo, este é apenas um mito. Embora a visão canina não se equipare à nossa experiência cromática, cães conseguem discernir algumas cores. Em vez de um espectro em escala de cinza, eles tendem a enxergar tonalidades de amarelo, azul e violeta, deixando de lado cores como vermelho, verde e laranja, que são perceptíveis aos olhos humanos.
O diferencial está nos fotorreceptores presentes na retina de ambos, humanos e cães, contendo bastonetes e cones. Contudo, a ausência de uma fóvea, uma pequena depressão na retina que nos proporciona detalhes visuais nítidos, faz com que a visão canina seja única. Apesar dessa limitação, cães possuem vantagens visuais, especialmente em ambientes de baixa luminosidade, devido à maior quantidade de bastonetes em suas retinas, responsáveis pela visão escotópica.
A ideia de que, ao abanar o rabo, os cães expressam apenas felicidade é parcialmente verdadeira. Embora esse gesto frequentemente denote alegria, os cães utilizam suas caudas como meio principal de comunicação. Diferentes movimentos revelam emoções distintas: um rabo entre as pernas sinaliza medo, enquanto um rabo alto e balançante indica cautela.
A linguagem da cauda estende-se além da felicidade, alertando sobre possíveis perigos ou indicando disposição para brincadeiras. Compreender esses sinais é essencial para uma comunicação efetiva com nossos amigos caninos.
Contrariando a lógica geral do reino animal, o tamanho de um cão não determina necessariamente sua expectativa de vida. Ao contrário, raças menores, como chihuahuas, tendem a viver mais (14-15 anos), enquanto raças maiores, como o malamute do Alasca, têm uma expectativa média de vida de 8 a 10 anos.
Surpreendentemente, raças “gigantes”, como São Bernardo, vivem ainda menos, com uma média de 5-8 anos. A explicação reside na velocidade de crescimento acelerado desses cães maiores, resultando em um envelhecimento mais rápido e, consequentemente, numa vida mais curta.
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Contrariamente à crença popular, os cães não são incapazes de perceber imagens em televisões de tela plana. Enquanto os antigos modelos de TV (CRT) com 24 quadros por segundo parecem piscar aos olhos dos cães, as TVs modernas, com taxas de quadros mais elevadas, são percebidas por eles. Provas indicam que cães reagem a imagens em TVs de plasma, desmentindo a ideia de que são totalmente alheios às telas modernas. A capacidade visual dos cães transcende as tecnologias antigas, permitindo-lhes interagir com o mundo audiovisual contemporâneo.
A questão de os cães sonharem ainda está em aberto, mas sua fase de sono REM sugere atividade onírica. A ideia de acordar um cão durante um suposto pesadelo pode, na verdade, prejudicar seu sono profundo essencial para a saúde mental. A interpretação de seus movimentos durante o sono como desconforto pode ser, na verdade, um processo natural de obtenção de sono profundo necessário para seu bem-estar.
A crença de que um nariz canino úmido e frio é sinônimo de boa saúde é um mito que precisa ser desmistificado. A verdade é que a temperatura e umidade do nariz de um cachorro variam diariamente, influenciadas por fatores como atividade recente e ambiente. Um nariz quente e seco não é automaticamente indicativo de doença, assim como um nariz frio e úmido não garante a saúde perfeita.
Entender a saúde do seu cão vai muito além da sensação do nariz. Observar seus hábitos alimentares, comportamentais e de consumo é crucial. Mudanças abruptas no apetite ou personalidade podem ser sinais mais precisos de problemas de saúde, indicando a necessidade de uma avaliação veterinária.
Embora os humanos expressem afeto através de abraços, essa demonstração não é interpretada da mesma forma pelos cães. Para eles, o ato de envolver um membro sobre o corpo é percebido como uma manifestação de domínio, podendo gerar ansiedade no cão. Enquanto buscamos mostrar carinho, inadvertidamente transmitimos uma mensagem de dominação aos olhos caninos.
É crucial reconhecer que nem todos os cães reagem da mesma maneira aos abraços, dependendo de sua personalidade e interpretação da ação. Sinais de nervosismo, como rigidez e lambidas nos lábios, indicam que o cão pode não apreciar essa forma de demonstração afetiva. No entanto, a preferência por abraços varia, e um cão que não os aprecia ainda pode amar seu dono da mesma forma.
A crença comum de que cães comem grama apenas quando estão doentes é uma simplificação excessiva. Menos de 10% dos cães que se entregam a esse hábito aparentam estar doentes. O consumo de grama pode ser atribuído a uma condição chamada pica, desencadeada pela falta de nutrientes ou até mesmo pelo tédio.
Além disso, a territorialidade pode levar os cães a comer grama para demarcar seu território. Contudo, a explicação mais simples é que os cães, assim como os humanos, têm preferências de sabor, e a grama pode ser uma delas. Portanto, a ideia de que os cães só buscam grama quando estão doentes é um equívoco que não abrange a complexidade desse comportamento.
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