Para nós brasileiros e para a maioria das pessoas do nosso planeta Terra, já estamos em 2024. No entanto, um fato um tanto curioso e que nem todo mundo sabe, é que existem algumas culturas de determinados países que contam o passar dos anos de maneira diferente. Sim! É isso mesmo, como consequência, existem países que já passaram do ano de 2024 a muito tempo, enquanto outros estão bem longe disso.
O que define que estamos no ano de 2024, é que seguimos o calendário gregoriano, adotado em quase todos os países do mundo, contudo, não são em todos. No caso, o calendário gregoriano é fundamentado no ciclo solar, sendo introduzido pelo papa Gregório no ano de 1582, sendo uma reformulação do calendário juliano, criado por nada mais, nada menos que o líder romano Júlio César.
Seguindo o calendário gregoriano, o ano é composto por 12 meses, variando de 28 a 31 dias cada. Um ano pode ter 365 ou 366 dias, sendo este último conhecido como ano bissexto.
Os meses têm a seguinte distribuição de dias:
O mês de fevereiro varia entre 28 e 29 dias, dependendo se o ano é bissexto ou não. No caso, este ano de 2024 é um ano bissexto, ou seja, teremos o dia 29 de fevereiro no calendário.
Os anos bissextos ocorrem a cada quatro anos, totalizando 366 dias, um a mais do que os anos comuns, que têm 365 dias. Esse dia adicional é acrescentado em 29 de fevereiro.
A implementação do calendário gregoriano foi projetada para ajustar o calendário aos eventos astronômicos, como o equinócio de primavera e o solstício de inverno. Essa adaptação garante a sincronização adequada entre o calendário civil e os ciclos celestes.
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Como podemos perceber, nossa cultura segue o calendário gregoriano, contudo, não são todas as culturas que seguem essa estrutura. Dessa forma, vamos conferir quais são os países e culturas que possuem outro tipo de calendário.
Segundo o calendário judaico, encontramo-nos no ano 5784. O Ano Novo, conhecido como Rosh Hashaná, é celebrado no final de setembro, durante o mês de Tishrei. O judaísmo possui quatro calendários distintos, incluindo um dedicado às árvores. O calendário de Tishrei marca o aniversário da criação do universo e é lunissolar, incorporando os ciclos do Sol e da Lua.
Dentre as tradições, temos a imersão frutas no mel para um ano doce, juntamente com períodos de penitência e reflexão. O ritual de Tashlich, simbolizado ao lançar migalhas de pão em água corrente, representa a purificação dos pecados.
Similar ao calendário judaico, o tradicional calendário chinês é lunissolar, com o ano novo chinês variando a cada ano. Em 2024, será comemorado no dia 10 de fevereiro, marcando o início do ano do dragão. Este festival, também conhecido como Festival da Primavera, é um feriado de uma semana e tem raízes antigas na cultura chinesa.
A Coreia do Sul comemora o ano novo lunar, celebrando Seollal no tradicional calendário lunar coreano, que acontecerá no dia 10 de fevereiro. Só um detalhe curioso, os sul-coreanos também comemoram o “novo” ano novo, do dia 1º de janeiro, conforme o calendário gregoriano introduzido no final do século 19. Essa dualidade de comemoração em duas datas reflete questões simbólicas e administrativas do país.
Enquanto o calendário gregoriano tem início na data tradicional do nascimento de Jesus Cristo, a Coreia do Norte segue o calendário Juche. Este calendário se inicia no nascimento de Kim Il-Sung, em 15 de abril de 1912. Dessa forma, o ano 1 no calendário Juche corresponde a 1912 no calendário gregoriano, marcando o início de uma celebração de vários dias centrada em torno do dia 15 de abril.
O nome do calendário deriva da ideologia Juche, um sistema de crenças centrado na autossuficiência, desenvolvido por Kim Il-Sung. O calendário Juche é utilizado em documentos oficiais, coexistindo com as datas do calendário gregoriano.
Enquanto o calendário ocidental, dominante em muitos contextos de negócios, segue o calendário gregoriano, a Tailândia mantém seu próprio calendário solar, conhecido como Suriyakati. Apesar de compartilhar dias da semana e meses com o calendário gregoriano, a contagem dos anos difere, iniciando-se na Era Budista, que está 543 anos à frente do ano 1 do calendário gregoriano.
Essa contagem remonta ao falecimento de Gautama Buda em 543 a.C., segundo o cálculo tailandês. Inicialmente, o calendário tailandês seguia um formato lunar, mas em 1888, o Rei Chulalongkorn (Rama V) promulgou o calendário Ratanakosinsok, alinhando-o ao sistema gregoriano.
Em 1912, o Rei Vajiravudh (Rama VI) transitou para a era budista, e em 1940, o primeiro-ministro Pibunsongkram estabeleceu oficialmente o ano novo em 1º de janeiro, celebrando também Songkran (13 a 15 de abril) como feriados nacionais. Apesar dessas mudanças, as festividades budistas continuam a seguir o calendário lunar, resultando em datas flutuantes no calendário solar a cada ano.
De acordo com o calendário islâmico ou hegírico, estamos no ano 1445, iniciado no mês de agosto. Baseado nos ciclos da Lua, este calendário marca a fuga do profeta Maomé de Meca para Medina. Embora as pessoas celebrem o ano novo hegírico, o calendário gregoriano prevalece como oficial na maioria dos países árabes.
Na Índia, as comemorações do ano novo variam amplamente devido à diversidade de calendários. Os hindus celebram o ano novo com base em calendários solares, lunares ou ambos. Por exemplo, o ano novo Tamil, comemorado em 14 de abril, segue ciclos de 60 anos, enquanto outras regiões têm datas distintas para suas celebrações.
Para os iranianos, o ano atual é o 1402. O Ano Novo persa, conhecido como Nowruz, é celebrado no equinócio da primavera, geralmente em 20 de março. Este evento, com mais de 3 mil anos de história, envolve a preparação de uma mesa decorada com sete itens simbólicos e visitas dos jovens aos membros mais velhos da família como sinal de respeito.
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