Nos últimos anos, o autismo tem chamado cada vez mais atenção dos pais, profissionais de ensino, da medicina e da sociedade em geral. Contudo, geralmente o foco está nas crianças e os adultos com autismo acabam sendo pouco falados ou orientados.
Contudo, o autismo também continua na fase adulta das pessoas, o que, nessa fase, acaba gerando mais dificuldades de aceitação pela nossa sociedade, principalmente pelo fato de que a responsabilidade social dos pais já não protege os filhos da mesma forma.
No caso dos adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), muitos deles sonham em estar no mercado de trabalho, mas acabam tendo maiores dificuldades para isso, em especial quando falamos do primeiro emprego, de quando essas pessoas se inserem no mercado.
A neurodiversidade das pessoas com TEA é extremamente ampla, mas, existem algumas características que se apresentam com frequência um pouco maior. Dentre elas podemos destacar a capacidade de foco e consequentemente de disciplina, que pode permitir que muitos deles se deem bem em diversas profissões.
Para ajudar essas pessoas a encontram oportunidades de trabalho, vamos sugerir algumas das melhores opções para os autistas conseguirem promover suas carreiras. São profissões que podem se adequar ao estilo de vida e peculiaridade dessas pessoas.
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Antes de apresentarmos as profissões, é importante lembrar que é preciso analisar o grau de autismo, haja visto que a presença de deficiência intelectual pode tornar parte das pessoas com autismo mais dependentes. Dessa forma, as profissões que mencionaremos a seguir, dependerão do grau e das limitações impostas pelo TEA.
A carreira de desenvolvedor de software envolve a criação de programas e aplicativos através da codificação, teste e manutenção de software. Pessoas autistas podem se destacar nessa área devido à necessidade de concentração profunda, habilidade para reconhecer padrões e resolver problemas complexos sistematicamente. O ambiente de trabalho muitas vezes permite flexibilidade de horário e a possibilidade de trabalhar isoladamente, o que pode ser mais confortável para quem prefere menos interações sociais diretas.
Bibliotecários gerenciam coleções de livros, mídias e outros recursos informativos. Eles ajudam a localizar informações, organizar materiais e conduzir programas educativos. Esta profissão é adequada para autistas que valorizam a organização e a tranquilidade, pois o ambiente de uma biblioteca geralmente é mais silencioso e menos caótico, além de oferecer uma rotina consistente.
Artistas gráficos criam elementos visuais, como logos, ilustrações e layouts para mídias impressas ou digitais. Essa carreira pode ser ideal para autistas com forte inclinação visual e criativa, permitindo-lhes trabalhar de forma independente e com detalhamento minucioso. A profissão também oferece flexibilidade de ambiente, podendo operar em estúdios, agências de publicidade ou freelance.
Analistas de dados interpretam dados complexos para ajudar empresas a tomar decisões informadas. Esta carreira requer uma forte capacidade analítica e atenção aos detalhes, habilidades que muitas pessoas autistas possuem naturalmente. O trabalho é predominantemente introspectivo e envolve pouco contato direto com outras pessoas, focando-se mais em números e padrões.
Cientistas ambientais estudam o meio ambiente para ajudar a proteger a saúde do planeta. Eles realizam pesquisas de campo e análises laboratoriais, uma combinação que pode ser atraente para autistas que gostam de trabalhar ao ar livre ou que têm um forte interesse em ciências. Esta carreira oferece uma variedade de ambientes de trabalho e um foco claro e objetivo, ideal para quem prefere tarefas estruturadas.
Especialistas em SEO (Search Engine Optimization) otimizam websites para melhorar seu ranking nos motores de busca. É uma carreira que combina habilidades técnicas e analíticas, adequada para autistas que gostam de análises detalhadas e trabalho metódico. O trabalho pode ser realizado de forma independente e com flexibilidade de horários, reduzindo o estresse de ambientes de escritório convencionais.
Arquivistas gerenciam e preservam documentos importantes e registros históricos. Esta profissão exige grande atenção ao detalhe e um alto nível de organização, o que pode ser natural para muitas pessoas no espectro do autismo. O ambiente de trabalho é geralmente estável e previsível, com interações sociais limitadas e estruturadas.
Programadores de jogos desenvolvem a base de código para jogos de vídeo. Esta carreira é atraente para autistas que são apaixonados por videogames e têm habilidades em programação e design de sistemas. O trabalho muitas vezes envolve colaboração em equipes pequenas, onde funções específicas e claras podem ajudar a minimizar a ansiedade social.
A integração de pessoas autistas no mercado de trabalho pode ser melhorada através de várias iniciativas que envolvem tanto os empregadores quanto os próprios autistas. Programas específicos de treinamento e preparação profissional são essenciais, pois além de ensinarem habilidades práticas necessárias para a carreira, também ensinam habilidades interpessoais adaptadas, como comunicação e trabalho em equipe, que são muito importantes no ambiente profissional.
Para facilitar a adaptação ao local de trabalho, ajustes e adaptações ambientais podem ser implementados. Isso pode incluir mudanças para reduzir estímulos sensoriais excessivos e organizar um espaço de trabalho de maneira clara e ordenada. O suporte frequente, como a mentoria no local de trabalho, também é muito importante de ser mencionada.
A comunicação é outro aspecto que precisa ser levado em conta; deve ser direta, clara e livre de jargões para evitar mal-entendidos. Além disso, a flexibilidade no horário de trabalho pode ajudar a acomodar necessidades específicas, como compromissos médicos ou a necessidade de pausas regulares para lidar com sobrecarga sensorial.
Os processos de recrutamento inclusivos que adaptam as entrevistas tradicionais para serem mais acessíveis aos autistas são igualmente importantes. Esses processos podem incluir entrevistas ajustadas ou mesmo a substituição de entrevistas formais por avaliações práticas das habilidades em um ambiente de trabalho real.
Além disso, aproveitar os pontos fortes únicos das pessoas autistas, como excepcional atenção aos detalhes ou habilidades em áreas como tecnologia da informação, pode ser muito benéfico. No mais, programas de advocacia e conscientização dentro das empresas também ajudam a aumentar a compreensão do autismo, promovendo um ambiente mais inclusivo e de suporte.
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