Você já ouviu falar nos vícios de linguagem? Os vícios de linguagem são nada mais e nada menos do que expressões ou construções linguísticas contrárias às regras da gramática normativa. Para simplificar a explicação, tratam-se de problemas na fala ou na escrita que podem ser evitados quando os conhecemos.
Muitas vezes os vícios de linguagem surgem mediante situações de tensão, quando nos acostumamos a reproduzi-los, ou até mesmo por descuido, contudo, é principalmente identificado quando não colocamos em prática o nosso português.
Dessa forma, compreender o que são os vícios de linguagem se tornam o primeiro passo para ser possível aprimorar nossas habilidades de comunicação, tendo em vista que esses desvios podem prejudicar nossa compreensão, comprometer nossa credibilidade, além de gerar mal-entendidos.
A seguir, vamos te apresentar o que são os vícios de linguagem mais cometidos pelos brasileiros, para ajudá-lo a aprimorar sua capacidade de expressar ideias, de maneira clara, persuasiva e muito mais eficaz, podendo te trazer inúmeros benefícios em ambientes acadêmicos e até mesmo profissionais.
Este vício acontece quando nos perdemos em nossas próprias palavras, repetindo ideias ou termos sem necessidade, o que pode tornar a mensagem tediosa. Para evitar isso, é útil praticar a arte da síntese, focando em transmitir o mesmo conteúdo com menos palavras, garantindo concisão sem perder a essência do que se deseja comunicar. Por exemplo, em vez de dizer “subir para cima” ou “descer para baixo”, basta dizer “subir” ou “descer”.
Esse deslize ocorre quando palavras são pronunciadas, escritas ou utilizadas de maneira incorreta. A chave para evitá-lo é a constante atualização e consulta a recursos confiáveis como dicionários e guias de estilo. Por exemplo, confundir “sessão” com “seção” ou “cassar” com “caçar” são erros comuns que podem ser facilmente corrigidos com uma rápida verificação.
Embora às vezes usado para ênfase, o pleonasmo geralmente acrescenta peso desnecessário ao texto. Diferente da simples repetição, o pleonasmo vicioso é evitar dizer o óbvio, como em “entrar para dentro” ou “sair para fora”.
O estrangeirismo é quando recorremos excessivamente a palavras de outros idiomas, o que pode alienar ou confundir o público. Embora seja enriquecedor adicionar um vocabulário diversificado à nossa língua, é importante encontrar um equilíbrio, preferindo termos nativos quando disponíveis. Por exemplo, usar “mouse” em vez de “rato” (para o dispositivo de computador) é aceitável, mas optar por palavras estrangeiras sem necessidade pode ser evitado.
A ambiguidade surge quando uma frase pode ser interpretada de várias maneiras. A clareza é essencial aqui, e isso pode ser alcançado através da reestruturação de frases, uso cuidadoso de pronomes e uma pontuação precisa. Por exemplo, “Ele viu o homem no telescópio” pode ser reescrito para “Ele usou o telescópio para ver o homem”, removendo a ambiguidade.
Evitar combinações de palavras que criam sons desagradáveis é crucial para manter a fluidez e agradabilidade do texto. Isso pode ser feito alterando palavras ou a ordem das palavras. Por exemplo, “ela sabe esse segredo” pode soar melhor como “ela conhece esse segredo”.
A precisão histórica é vital em narrativas que se propõem a representar uma época específica. Pesquisa e verificação de fatos são as melhores ferramentas para evitar colocar um objeto moderno em um contexto histórico, como um relógio de pulso em uma história ambientada no século XVI.
O neologismo é um recurso criativo que, se usado com moderação, pode enriquecer o texto. No entanto, a comunicação clara muitas vezes requer que se evite a criação desnecessária de palavras novas, a menos que seja absolutamente necessário para transmitir um conceito específico.
A linguagem evolui, e palavras que eram comuns em gerações passadas podem não ser mais entendidas hoje. Embora o arcaísmo possa adicionar um charme histórico ou estilístico, seu uso deve ser intencional e com consciência de que pode afetar a clareza para o público contemporâneo.
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