10 raças de cães que não existem mais

Ao contrário do que acontece com muitas espécies animais, cuja extinção se dá devido a fatores ambientais, o desaparecimento de raças de cães muitas vezes obedece a dinâmicas peculiares.

No reino selvagem, a extinção é geralmente o triste epílogo de alterações no ecossistema ou cataclismos ambientais. No entanto, no universo canino, infelizmente pode ser o capricho das tendências e a demanda por certas habilidades que frequentemente decidem o destino desses animais.

Contribuem ainda para essa realidade desafiadora as enfermidades hereditárias e a pressão de predadores. O adeus a uma raça de cachorro é um evento sem volta, que nos deixa com apenas lembranças e questões sobre as circunstâncias de sua extinção.

Hoje, conheceremos 10 raças caninas que um dia caminharam entre nós, mas que agora se encontram na penumbra da inexistência, sem deixar rastros no tecido da nossa era.

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Braco Dupuy

Acredita-se que o nome desta raça de caça francesa derive de dois irmãos conhecidos pelo sobrenome “Dupuy” ou “Du Puy”.

Embora não alcançasse a fama de outras variantes dos Braques franceses, o Braco Dupuy enfrentou um declínio significativo, culminando em seu desaparecimento durante a década de 1970. Esse declínio foi largamente atribuído à prática de cruzamentos não seletivos.

Bullenbeisser

O Bullenbeisser, um formidável caçador de touros e javalis da Alemanha e regiões vizinhas, teve seu legado diluído e transformado através do cruzamento com outras raças.

A sua essência, no entanto, vive no moderno Boxer, um testamento da tenacidade e do espírito do Bullenbeisser.

Bulldog Toy

Na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, o Bulldog Toy foi uma tentativa de criar uma versão em miniatura do robusto Bulldog.

Apesar do entusiasmo inicial, essa raça enfrentou desafios de saúde e fertilidade que, eventualmente, levaram à sua extinção, deixando apenas uma lembrança de sua existência.

Cão D’água St. John

Os Cães D’água St. John formam o elo perdido na genealogia dos retrievers contemporâneos, como o Labrador e o Golden Retriever.

As rigorosas leis e taxas elevadas em Terra Nova durante o século XIX levaram a um declínio dramático desta raça, culminando com o desaparecimento dos últimos exemplares na década de 1980.

Cão de Luta de Córdoba

Este robusto e imponente cão, que parecia uma mescla de Bull Terrier com Bulldog, era utilizado em combates de rinhas na Argentina.

O maior desafio surgiu durante a reprodução, quando machos e fêmeas se enfrentavam com intensidade igual à das suas batalhas, impedindo a geração de descendentes.

Essa agressividade intrínseca aos momentos de acasalamento culminou na gradual diminuição da população da raça, conduzindo-a à extinção.

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Cão Lebre Indiano

Frequentemente confundidos com coiotes por sua destreza e habilidades de caça, os “Cães das Rotas de Armadilhas” eram mestres na arte da sobrevivência no Canadá.

Com a mudança das técnicas de caça e a perda de apelo das práticas indígenas, esta raça encontrou seu crepúsculo no século XIX, deixando para trás apenas as histórias de sua lendária agilidade.

Cão Pastor Cumberland

Com uma aparência similar ao Border Collie, o cão pastor Cumberland era um pastor exímio nas terras do norte da Inglaterra.

Sem registros após o início do século XIX, acredita-se que tenha dado origem ao Border Collie, carregando o legado de suas habilidades pastoris.

Cão Polar Argentino

Estes cães de grande porte eram fundamentais para proteger as bases militares argentinas na Antártida, equipados com uma pelagem espessa e dentes afiados, adequados para o clima severo. Contudo, sua linhagem chegou ao fim após serem removidos da Antártida em 1994.

Kuri (cão polinésio)

Transportados para a Nova Zelândia em embarcações polinésias no século XIII, os Kuris são um mistério fascinante da história canina.

A chegada de raças europeias levou ao seu desaparecimento, mas sua jornada até as terras maoris permanece uma lenda.

Rastreador Russo

Comumente conhecido como Retriever Russo, este cão majestoso media aproximadamente 30 centímetros na altura da cernelha e podia pesar até 100 quilogramas.

A extinção dessa raça se deu no século XIX, e as causas exatas por trás de seu desaparecimento permanecem um mistério.