8 coisas que vão ficar caras demais para a classe média em 5 anos
A renda da classe média vem sendo reduzida significativa nos últimos anos, com isso, muitas pessoas poderão perder acesso a muitos itens
A classe média brasileira vem passando por uma grande dificuldade nos últimos anos: o encolhimento da renda. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, com base em declarações do Imposto de Renda, foi identificado que a renda das famílias de classe média vem sendo reduzida significativamente nos últimos anos.
Além do encolhimento da renda da classe média, temos que vincular dois pontos de preocupação para lidar com essa situação. A primeira delas diz à estagnação dos salários, onde os trabalhadores não estão tendo reajustes suficientes dos seus salários, o que consequentemente traduz ao encolhimento da renda.
Já o segundo ponto diz respeito ao aumento dos preços. Se o salário das famílias de classe média está sendo reduzido, tendo poucos reajustes e, consequentemente, praticamente tudo está cada vez mais caro. Como consequência, muitas famílias de classe média devem começar a perder acesso a alguns itens que até então eram totalmente possíveis de pagar.
Prever exatamente o que ficará caro demais nos próximos 5 anos não é uma tarefa simples, já que devemos considerar diversos fatores econômicos como a inflação, demanda, políticas governamentais e mudanças no mercado global. Contudo, a partir do cenário atual ao qual os brasileiros estão vivendo, existem alguns itens cotados para ficar caros demais para as famílias de classe média:
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1. Viver em bons bairros
No Brasil, a especulação imobiliária e a urbanização têm pressionado os preços dos imóveis. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou que o índice geral de preços de imóveis urbanos tem subido consistentemente, o que consequentemente pressiona o preço dos alugueis e se torna cada vez mais difícil de que a classe média possa viver em bons bairros, levando parte dessas pessoas para bairros mais afastados das regiões mais nobres.
2. Educação de qualidade
O custo da educação superior tem crescido no Brasil devido ao aumento dos gastos com infraestrutura e tecnologia. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o reajuste das mensalidades tem superado a inflação, uma tendência que pode se manter devido ao crescente investimento em recursos digitais, o que consequentemente, fará com que muitas pessoas de classe média não consigam mais pagar altas mensalidades.
3. Saúde
Com o envelhecimento da população brasileira e o aumento dos custos médicos e farmacêuticos, os gastos com saúde estão crescendo. Dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostram que os custos per capita com saúde têm aumentado acima da inflação, indicando uma tendência de encarecimento contínuo dos serviços de saúde.
4. Transporte
O Brasil, com uma matriz energética ainda fortemente dependente de combustíveis fósseis, enfrenta volatilidade nos preços do petróleo. A transição para veículos elétricos ainda está em fase inicial e os custos são altos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o Ministério de Minas e Energia têm projetos que visam aumentar a infraestrutura para veículos elétricos, mas os custos elevados devem persistir no curto a médio prazo.
5. Alimentos
Impactos climáticos e problemas na cadeia de suprimentos têm pressionado os preços dos alimentos no Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) relata que eventos climáticos extremos, como secas e inundações, têm afetado a produção agrícola, impulsionando os preços para cima.
6. Energia
Com uma dependência significativa de hidrelétricas, o Brasil enfrenta desafios nos períodos de seca, resultando em maior uso de termelétricas, que são mais caras. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) afirmam que os preços da energia elétrica podem continuar a subir devido a esses fatores, além da necessidade de expandir fontes renováveis.
7. Seguros
Os prêmios de seguros no Brasil têm aumentado devido a uma maior frequência de sinistros relacionados a eventos climáticos e à volatilidade econômica. Dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) mostram aumentos anuais, uma tendência que pode se intensificar com o agravamento das mudanças climáticas e que, consequentemente fará com que muitas pessoas desistam dos seguros.
8. Tecnologia
O mercado brasileiro de tecnologia tem visto um aumento nos preços devido ao alto custo de importação de componentes e à valorização do dólar. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) relata que essa situação pode continuar, tornando os gadgets mais caros para os consumidores.
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