Os Illuminati fazem a cabeça das pessoas, que ficam na dúvida sobre o que é real ou não. Na era digital, em que a desinformação se espalha rapidamente como se fossem notícias verdadeiras, os Illuminati tornaram-se elementos básicos de qualquer teoria da conspiração.
Nos dias atuais, utilizam os Illuminati para falar ou vincular a qualquer tipo de teoria, muito provavelmente para gerar mais engajamento, em especial as conspirações políticas são as mais comuns.
Mas, apesar de tanta especulação, tanta teoria da conspiração, dúvidas, receios e crenças entre as pessoas, qual é a história real dos Illuminati? Se você quer saber a história verdadeira e oculta de toda essa crença, vamos descobrir qual é ela agora!
Os Illuminati históricos, oficialmente conhecidos como Illuminati da Baviera, traçam sua origem até 1776, quando Adam Weishaupt, professor da Universidade de Ingolstadt, fundou a a “Ordem dos Perfeitos”, mais conhecida como Illuminati. Esse grupo surgiu questionando as autoridades religiosas e reais da época, promovendo ideais como liberdade intelectual, secularismo e autoexpressão, desafiando as normas estabelecidas.
Inspirado pela Maçonaria, uma organização fraterna que dão destaques aos valores morais e espirituais, Weishaupt estruturou os Illuminati hierarquicamente, com categorias como Noviço, Minerval e Minerval Iluminado. A necessidade de sigilo levou os membros a adotarem pseudônimos, com Weishaupt, por exemplo, sendo conhecido como “Spartacus”. Pensadores influentes da época, como Johann Wolfgang von Goethe e Johann Gottfried Herder, juntaram-se ao grupo dos Illuminati.
Buscando aliados estratégicos, os Illuminati estabeleceram laços com a Maçonaria, compartilhando valores comuns. Adolph Freiherr Knigge, ao se unir em 1780, teve um papel muito importante ao recrutar maçons para a causa. O grupo expandiu-se para incluir membros da nobreza e figuras políticas, formando uma rede de influência comprometida com os ideais do Iluminismo.
Contudo, a agenda progressista dos Illuminati gerou conflitos com as autoridades estabelecidas. A extensão exata de sua adesão ainda é hoje objeto de debate, com cerca de 650 membros confirmados no final de 1784, embora Weishaupt alegasse um número próximo de 2.500. A oposição da Igreja Católica às ideias seculares da sociedade influenciou o governo da Baviera a proibir todas as sociedades secretas em 1785, resultando na dissolução dos Illuminati.
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Após sua dissolução, os Illuminati tornaram-se alvo de diversas teorias da conspiração. Na década de 1790, o padre francês Augustin Barruel e o físico escocês John Robison erroneamente responsabilizaram o grupo pela Revolução Francesa, alegando que os Illuminati sobreviveram e estavam tramando a queda de monarquias e instituições religiosas por toda a Europa.
Essas acusações surgiram como parte de um esforço mais amplo para descreditar as ideias do Iluminismo, apontando para os tumultos da Revolução. Embora não existam evidências que respaldem as alegações de Barruel e Robison, essa narrativa contribuiu para difamar os Illuminati e associá-los a rebeliões sociais, espalhando-se rapidamente para os Estados Unidos e gerando levando medo e o pânico.
Já na turbulenta da Guerra Fria nos anos 1950, os Illuminati foram associados aos maçons na teoria da conspiração da Nova Ordem Mundial. Durante o Segundo Pânico Vermelho, liderado pelo senador republicano Joseph McCarthy, uma campanha de medo e perseguição contra supostos comunistas nos EUA, teóricos da conspiração afirmaram que uma elite comunista estava conspirando para estabelecer um governo mundial totalitário. Essa teoria frequentemente envolveu conotações antissemitas, implicando figuras e famílias judaicas em uma suposta conspiração global.
Os Illuminati também foram associados ao satanismo na década de 1980, durante o Pânico Satânico nos Estados Unidos. Falsas acusações de abuso ritual se disseminaram, alimentadas em parte pela terapia da memória recuperada e pela percepção de pais conservadores sobre influências satânicas em tendências culturais como Dungeons & Dragons e heavy metal. O infame julgamento da pré-escola McMartin envolveu alegações infundadas de abuso infantil, resultando em protestos nacionais quando as acusações foram posteriormente desacreditadas.
No século 21, o fascínio popular pelos Illuminati, satanismo e cultura das celebridades converge, com figuras como Jay-Z, Beyoncé, Katy Perry, Kesha e Lady Gaga sendo acusadas de pertencer ao grupo. Seus videoclipes são minuciosamente analisados em busca de supostos símbolos de lealdade. De acordo com os teóricos da conspiração Illuminati, alcançar a fama exige um pacto com o diabo.
Curiosamente, a sociedade secreta parece tolerar ou até mesmo encorajar celebrações públicas de suposta adesão, alegando que esse simbolismo atua como propaganda subliminar para envolver as pessoas na magia negra. Cuidado, o poder maligno dos triângulos!
Na nossa cultura atual, as teorias da conspiração servem como terreno fértil para especulações envolvendo os Illuminati. O interesse nesse tema tem crescido nas últimas décadas, em parte devido à exposição de conspirações reais, como o programa MKUltra da CIA e golpes de Estado patrocinados pela CIA em nações estrangeiras. Esses eventos reais contribuíram para uma desconfiança generalizada em relação às instituições de autoridade.
A Operação Berkshire, iniciada em 1976 pelas principais empresas de tabaco, também alimentou controvérsias ao criar dúvidas sobre a conexão entre o tabagismo e doenças. Essas conspirações reais, por vezes chocantes, emprestam uma camada de credibilidade a teorias mais exageradas, tornando turva a linha entre o que realmente é fato e o que é apenas ficção.
As teorias da conspiração têm se tornado base de inspiração para o cinema e a televisão, perpetuando-se na consciência pública. A ascensão das redes sociais e da Internet também trouxe um papel significativo para essas questões, proporcionando uma abundância de informações, incluindo desinformação, e contribuindo para a polarização de crenças e preconceitos existentes.
Nos últimos anos, vimos teorias da conspiração desencadearem episódios de violência, no entanto, muitas dessas teorias conspiratórias são seletivas em relação às evidências, construídas para serem à prova de falsificação, onde qualquer argumento contrário é interpretado como parte da própria conspiração.
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