A raça de cachorro que pode se tornar ilegal no Brasil a qualquer momento

Todo mundo adora um pet, sendo que os cães são, certamente, os animais mais populares para fazer companhia. Algumas raças de cachorro tradicionais no Brasil têm suas marcas registradas em filmes, novelas, livros e vários outros documentos inexoráveis, mas nem tudo são flores. O que poucos esperavam é que um desses animais amados pelos brasileiros estaria com os dias contados.

A notícia pode ser impactante, mas é bom entender os detalhes antes de tirar suas conclusões precipitadamente. Isso porque não se trata de um pit bull ou algum animal feroz, mas sim de um cachorro conhecido pela sua doçura.

Raça de cachorro amada no Brasil está com os dias contados

O futuro dos adoráveis Dachshunds, carinhosamente conhecidos como “salsichas”, está em jogo com a proposta de uma nova lei. A medida visa combater a crueldade na criação de animais, mas tem gerado algumas desaprovações.

Primeiramente, saiba que se trata de uma proposta lançada na Alemanha, mas que pode abrir precedentes em outros locais, como o Brasil.

A Associação Alemã de Criadores de Cães (VDH) expressou forte preocupação com a redação da lei, que pode levar à proibição da criação de Dachshunds e outras raças de cachorro. É algo duro de saber, mas que possui motivos para ser realidade.

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Preocupações com a Redação da Lei:

A VDH critica a linguagem vaga e ambígua da lei, que menciona “anomalias do sistema esquelético” como um critério para a proibição da criação.

Essa definição abrangente pode afetar diversas raças, incluindo Dachshunds, Beagles, Terriers e Schnauzers. Por isso, pode acabar gerando insegurança jurídica para criadores, autoridades, veterinários e donos de cachorro.

A proibição da criação de Dachshunds representaria uma perda significativa para a cultura e tradição alemãs. A raça, originária da Alemanha, é um símbolo nacional e amada por muitos. Além disso, a medida pode ter um efeito dominó em outras raças de porte pequeno com características semelhantes.

Bem-Estar do cachorro seria o foco da lei

Embora a preocupação com o bem-estar animal seja louvável, a VDH argumenta que a lei proposta precisa ser mais específica e precisa para evitar interpretações errôneas e consequências indesejadas. A proteção das raças caninas tradicionais também deve ser considerada para garantir a preservação da biodiversidade canina.

A VDH pede um diálogo aberto com o governo alemão para encontrar soluções equilibradas que protejam o bem-estar animal sem comprometer a criação responsável de raças caninas. A comunidade precisa se unir para garantir o futuro dos Dachshunds e de todas as raças de cães.

Vale saber:

A proposta de lei também levanta questões sobre os critérios para determinar o que constitui “dor, sofrimento e danos” em animais de criação.
A VDH destaca a importância de basear as decisões em dados científicos robustos e na consulta com especialistas em bem-estar animal e raças caninas.
A organização ressalta que a criação responsável de animais já segue rigorosos padrões de saúde e bem-estar, e que a nova lei deve buscar aprimorar esses padrões, não impor proibições abrangentes.

O futuro dos Dachshunds na Alemanha depende de um debate ponderado e de soluções que considerem o bem-estar animal, a preservação das raças e a tradição cultural.

Muitos acreditam que essa lei poderia abrir precedentes não só na Alemanha, mas também no Brasil. Afinal, se demonstrar ser algo efetivo para o bem-estar animal, o cachorro “salsicha” pode se tornar apenas uma figura história daqui alguns anos.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.