A história da medicina é uma jornada fascinante que abrange séculos de inovação e descobertas extraordinárias. Ao longo do tempo, médicos, cientistas e pesquisadores dedicaram suas vidas à busca de respostas para os desafios da saúde humana. Nessa incansável busca pelo conhecimento, surgiram avanços revolucionários que moldaram a medicina moderna.
Pensando sobre isso, hoje nós decidimos explorar as 10 maiores descobertas da medicina, destacando não apenas os avanços em si, mas também os visionários por trás dessas conquistas que transformaram radicalmente a forma como compreendemos e tratamos as doenças.
Prepare-se para embarcar em uma jornada pela história da medicina e descobrir como essas inovações impactaram a saúde e a qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.
No século XVI, o estudo da anatomia era um campo obscuro, caracterizado pela falta de sistematização e baseado muitas vezes em dissecações de animais. O médico belga Andreas Vesalius, conhecido como o “pai da anatomia moderna”, desafiou essa norma ao ousadamente abrir cadáveres de indigentes e até mesmo violar túmulos em cemitérios em busca de um conhecimento mais preciso.
Seu trabalho culminou na obra monumental “De Humani Corporis Fabrica”, um atlas anatômico que é considerado uma das joias da medicina. Vesalius não apenas refutou teorias antiquadas, como a crença de que homens tinham uma costela a menos que mulheres, mas também estudou detalhadamente os movimentos de cada músculo individualmente.
No século XVII, a microbiologia estava longe de existir, até que um comerciante holandês chamado Antony van Leeuwenhoek, que não possuía formação médica, decidiu explorar o mundo microscópico. Utilizando microscópios que ele próprio fabricou, Leeuwenhoek fez uma descoberta extraordinária ao observar criaturas minúsculas em uma amostra de água da chuva.
Ele continuou a investigar minuciosamente, observando desde bactérias até espermatozoides. Leeuwenhoek foi o primeiro a descrever e documentar bactérias, protozoários, capilares sanguíneos e fibras musculares, abrindo as portas para o estudo da microbiologia.
No século XVII, William Harvey, médico e professor britânico, embarcou em uma jornada para compreender o funcionamento do coração, das veias e das artérias. Sua pesquisa meticulosa e estudos em animais vivos o levaram a uma descoberta revolucionária: o sistema circulatório e o bombeamento do sangue pelo corpo.
Sua obra “Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus” desmistificou conceitos errôneos que perduravam há séculos. Além disso, ele esclareceu as diferenças entre a circulação arterial e venosa, estabelecendo o coração como o órgão principal da circulação sanguínea.
No século XVIII, a varíola era uma doença devastadora, mas Edward Jenner, médico e naturalista britânico, observou que vacas tinham uma versão mais branda da varíola. Jenner realizou um ousado experimento, inoculando uma criança com o pus de uma pessoa infectada com varíola bovina.
A criança desenvolveu apenas sintomas leves, indicando a proteção conferida pela exposição à varíola bovina. Assim, ele estabeleceu o princípio básico da vacinação, uma descoberta que salvou inúmeras vidas e revolucionou a medicina. O termo “vacina” deriva de “vaccinae”, relacionado à vaca, homenageando a fonte de sua descoberta.
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Até o século XIX, as operações cirúrgicas eram sinônimos de dor e desespero para os pacientes. O éter, uma substância usada em festas, chamou a atenção do médico americano Crawford Long, que percebeu seu potencial anestésico.
Long realizou o primeiro procedimento cirúrgico sob anestesia em 1842, proporcionando alívio da dor aos pacientes. Essa inovação transformou a cirurgia e melhorou significativamente o bem-estar dos doentes.
Wilhelm Röntgen, físico e engenheiro alemão, fez uma descoberta fascinante enquanto investigava a radiação eletromagnética em 1895. Usando um tubo de Crookes, ele observou uma misteriosa luz amarelo-esverdeada emitida por uma placa fosforescente.
Röntgen teve a ideia de utilizar essa radiação para criar imagens internas do corpo humano. Ele realizou uma das primeiras radiografias, revelando ossos e objetos internos sem a necessidade de cirurgia. Essa descoberta deu origem à radiologia e revolucionou o diagnóstico médico.
No início do século XX, o zoologista americano Ross Harrison fez uma descoberta fundamental ao conseguir cultivar células vivas em laboratório, independentemente de seus organismos de origem.
Essa inovação permitiu avanços significativos na histologia, patologia e no estudo de moléculas e células em organismos vivos. Além disso, desempenhou um papel crucial no desenvolvimento de vacinas e na busca por respostas sobre doenças como câncer e AIDS.
O russo Nikolai Anichkov desempenhou um papel fundamental na compreensão das doenças cardiovasculares, que são uma das principais causas de morbimortalidade até hoje. Ele identificou o papel do colesterol na formação de placas nas artérias.
Anichkov realizou estudos clássicos alimentando coelhos com gemas de ovos, demonstrando a relação entre a dieta rica em colesterol e a aterosclerose. Sua pesquisa lançou luz sobre os fatores de risco para doenças cardíacas.
Alexander Fleming, um renomado biólogo, botânico, médico e farmacologista britânico, deu origem a uma das descobertas mais marcantes da história da medicina. Enquanto observava culturas de bactérias e fungos, ele notou algo extraordinário: a formação de “halos” ao redor dos focos de crescimento do fungo Penicillium. Parecia que, a partir desse ponto, as bactérias não conseguiam se desenvolver.
Em 1929, Fleming desvendou a fórmula da penicilina, o primeiro antibiótico do mundo. No entanto, foi necessário mais de uma década para que essa descoberta fosse aplicada em seres humanos. Esse feito crucial só ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, mas teve um impacto imensurável na medicina, impulsionando a indústria farmacêutica moderna.
Em reconhecimento a suas contribuições, Alexander Fleming foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina em 1945.
Atualmente, vivemos em uma era em que podemos criar vacinas, medicamentos e até mesmo mapear o genoma humano. Grande parte dessa revolução se deve à descoberta da estrutura do DNA.
James Watson e Francis Crick são nomes amplamente reconhecidos por desvendar o mistério da estrutura de dupla hélice que caracteriza o “código da vida” em 1953. No entanto, essa façanha notável não teria sido possível sem as contribuições fundamentais do físico neozelandês Maurice Wilkins.
Wilkins desempenhou um papel crucial ao isolar uma molécula de DNA e capturá-la em imagens utilizando raios-X, revelando a sua estrutura helicoidal. Essa colaboração entre cientistas levou a uma compreensão profunda do DNA, que, por sua vez, abriu as portas para inúmeras aplicações na genética, biologia molecular e medicina, moldando o curso da ciência no século XX e além.
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