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As lendas da TV: 8 apresentadores de TV que marcaram os anos 80

Nos anos 80 os programas de auditório eram a grande pedida da TV brasileira. Vários apresentadores se destacaram e conquistaram milhares de fãs. Muitos deles se tornaram lendas da televisão brasileira. 

Os programas faziam sucesso pois tinham grandes atrações como musicais, calouros e programas de perguntas e respostas. Os grandes destaques desse time com certeza são Silvio Santos, Chacrinha, Raul Gil, Bolinha, J. Silvestre e Hebe Camargo. Mas outros nomes também fizeram sucesso naquela década, como por exemplo, Barros de Alencar e Raul Gil.

A seguir vamos falar um pouco dessas lendas que fizeram da TV brasileira um exemplo de grandes programas de auditório.

Chacrinha

Chacrinha / Imagem de Divulgação/ TV Globo / Famosos e Celebridades

José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha, foi um comunicador de rádio e televisão do Brasil, apresentador de programas de auditório de grande sucesso das décadas de 1950 a 1980.

Chacrinha gostava de dizer em seus programas uma frase criada por ele:  “Na televisão, nada se cria, tudo se copia”.

Seus dois programas de sucesso na TV foram a Discoteca do Chacrinha e a Buzina do Chacrinha. Ele mudou a forma de se fazer programas de auditório na televisão brasileira.

Silvio Santos

Silvio Santos / Imagem SBT/divulgação

Senor Abravanel, conhecido pelo seu nome artístico Silvio Santos, é um apresentador de televisão e empresário brasileiro. Ativo na televisão desde 1960, expandiu seus negócios e construiu um grupo empresarial que leva seu nome.

Estreou na televisão no início da década de 1960 apresentando o “Vamos Brincar de Forca”, exibido pela TV Paulista, que posteriormente tornou-se o Programa Silvio Santos, agrupamento de vários programas de auditório e quadros. A atração transformou Silvio Santos em um dos grandes ícones da televisão brasileira.

Por muito tempo seu programa foi transmitido pela TV Globo. Em 1976, Silvio vai para a TV Tupi. Mais tarde o programa migra para o SBT.

Bolinha

Bolinha / Imagem Reprodução / Band

Edson Cabariti, ficou conhecido na TV como Bolinha. Iniciou a carreira como locutor esportivo. Posteriormente, na TV Excelsior, passou a ser o responsável pelos flashes esportivos do programa Últimas Notícias.

A estreia como apresentador ocorreu quando em janeiro de 1967, a diretoria da Excelsior solicitou que substituísse o apresentador Chacrinha, que tinha um programa de auditório e havia se desentendido com os diretores da emissora, deixando a empresa repentinamente. Ao assumir o programa, a audiência aumentou e foi efetivado no cargo. Neste período, revelou muitos talentos, tais como Eneida Laís, Roberto Makassa, Margareth Menezes, Ítalo Ayala e Jarbas Piccioli.

Veio a tornar-se célebre como o apresentador do programa Clube do Bolinha, o qual ficou no ar durante 20 anos na TV Bandeirantes, o qual alcançou 8 pontos de audiência – então, um dos programas-líderes da emissora em audiência.

Um fato dos mais marcantes em toda a trajetória do apresentador foi sobre o cantor Paulo Sérgio. No dia 27 de julho de 1980, Paulo Sérgio fez no Clube aquela que seria a sua última apresentação na televisão. Horas após deixar os estúdios da TV Bandeirantes em São Paulo, o cantor sofreu um derrame cerebral e morreu no dia 29 de julho.

Flávio Cavalcanti

Flávio Cavalcanti / Imagem Reprodução

Seu primeiro programa no rádio foi Discos Impossíveis, na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, que em 1952, passou a ser transmitido pela Rádio Mayrink Veiga. Na mesma época iniciou uma amizade com Dolores Duran, que anos depois gravou sua música mais famosa, Manias, também composta por Flávio em parceria com seu irmão Celso Cavalcanti.  Ainda pela Rádio Mayrink Veiga, Flávio também realizou, junto com Jacinto de Thormes, o programa Nós os gatos, em 1955.

Em 1965 foi para a TV Excelsior, onde voltou com seu programa Um Instante, Maestro!, que no ano seguinte foi reeditado na TV Tupi, lançando mais dois programas na mesma emissora: A Grande Chance e Sua Majestade é a Lei.

Em 1970, Flávio Cavalcanti estreou o Programa Flávio Cavalcanti, pela Rede Tupi, exibido aos domingos, às 18h. Foi um dos primeiros programas a ser exibido para todo o país utilizando o canal de satélite fornecido pela Embratel, empresa estatal que era a responsável pelas comunicações via satélite no Brasil.

Em 1982 foi para a Rede Bandeirantes apresentar o programa Boa Noite Brasil. De 1983 a 1986, passou a apresentar no SBT o Programa Flávio Cavalcanti. Por seus programas passaram nomes consagrados, como Oswaldo Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, entre outros.

J. Silvestre

J. Silvestre / Imagem Wikipedia

J. Silvestre iniciou no rádio em 1941, mais especificamente na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Desempenhou todas as funções no rádio: ator, sonoplasta, contrarregra, ensaiador e autor.

Em 1945, transferiu-se para a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Voltou para São Paulo em 1946 e foi para a Rádio Cultura. Na rádio paulistana se tornou apresentador de programa de calouros.

Retornou à Rádio Tupi, em 1950. Participou da inauguração da TV Tupi Rio de Janeiro, em janeiro de 1951, num programa estrelado pelo padre cantor mexicano Frei José Mojica.

Um dos seus programas, O Céu É o Limite foi o precursor das atrações de perguntas e respostas da TV brasileira, sendo um enorme sucesso, tanto que nos anos 70, o programa atingiu 84 pontos de audiência, uma das maiores audiências da TV brasileira. 

Os programas apresentados por J. Silvestre estabeleceu recordes históricos de audiência. Era o início da época do bordão “absolutamente certo!”.

No SBT, também apresentou o Show sem Limite, A Mulher é um Show. Rescindiu seu contrato com o SBT em 1983, acusando Silvio Santos de ter registrado para o canal o título de seu longevo programa Show sem Limite.

Transferiu-se para a Rede Bandeirantes, onde apresentou o Programa J. Silvestre, o primeiro no estilo talk show na TV brasileira, e o Essas mulheres maravilhosas. Na Rede Globo fez participações especiais, homenageando Xuxa e Renato Aragão, no seu quadro Essa é a sua vida.

Hebe Camargo

Hebe Camargo / Imagem de Divulgação

Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani foi uma apresentadora, cantora, radialista, humorista e atriz brasileira. Considerada como a Rainha da Televisão Brasileira, construiu uma fortuna milionária somente atuando como apresentadora de TV, além de ser a apresentadora mais premiada de todos os tempos.

Em abril de 1966 Hebe estreou na TV Record. Na década de 1970 consagrou-se como uns dos programas de maior sucesso da televisão, com média de 70% de audiência. Em 1974 o programa é transferido para a Rede Tupi, saindo do ar em 1975 e retornando pela Rede Bandeirantes em 1979. Em 1986 o programa estreou no SBT, onde permaneceu por 25 temporadas. As duas últimas temporadas do programa foram veiculadas pela RedeTV!.

Barros de Alencar

Barros de Aelncar / Imagem Maurício Barbieri/Estadão Conteúdo

Em 1980, apresentou na Rádio Tupi o programa “Só Sucessos”. Também apresentou na TV Record o Programa Barros de Alencar de 1982 a 1986, no qual ficou famoso com o bordão: “Alô, mulheres, segurem-se nas cadeiras. Alô marmanjos, não façam besteiras!” e ganhou audiência com o concurso Michael Jackson onde elegeu a garota Lúcia Santos, a “Maika Jeka” como carinhosamente a chamava, melhor imitadora do cantor.

Quando apresentava seu programa na Super Rádio, Barros afastou-se dos microfones após passar por uma delicada cirurgia na garganta. Faleceu em 5 de junho de 2017, após ser internado com problemas cardíacos.

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Raul Gil

Raul Gil / Imagem de Divulgação tv sbt

Raul Gil é um apresentador de televisão, cantor e compositor brasileiro. Com mais de sessenta anos de carreira, é um dos mais antigos apresentadores em atividade na televisão brasileira, estando apresentando seu programa todos os sábados ao meio dia no SBT.

A carreira na TV, começou em 1967 quando José Vasconcellos, que  apresentava um programa na TV Excelsior, desistiu e Raul o substituiu em cima da hora, estreando o programa Raul Gil Room. 

Em 1973 assinou com a TV Record e estreou o Programa Raul Gil, o qual passou depois para a Bandeirantes, Tupi, TV Rio e Manchete. Seu programa de estilo tradicional esteve em todas as grandes redes de televisão do Brasil, com exceções da TV Globo e RedeTV!. Em 2010, acertou retorno ao SBT, onde trabalhou de 1981 a 1984. Em dezembro de 2016, chegou a anunciar que deixaria o SBT em 2017, porém seu contrato foi renovado em janeiro daquele ano.

Raul revelou que no final de 2024 não renovará seu contrato com o SBT e vai seguir os mesmos passos de Silvio Santos, que irá se aposentar.

Jorge Roberto Wright

Jorge Roberto W. Cunha, jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos e digitais. Especializado em notícias de variedades, TV, entretenimento, economia e política.

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