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Dia 29 é dia de muitos golpes financeiros: como se proteger

Está chegando aquela data cheia de promessas de ofertas irresistíveis, preços nunca antes vistos e (infelizmente) golpes financeiros. Sim, infelizmente, essa sexta-feira de descontos, marcada para o dia 29 de novembro em 2024, é também um prato cheio para golpistas que não estão nem um pouco interessados em te ajudar a economizar.

Mas calma, não precisa sair cancelando o cartão de crédito ou fugindo do e-commerce. Com as dicas certas, você pode aproveitar as promoções sem virar alvo das armadilhas que, infelizmente, se multiplicam nessa época. Mas antes, vamos entender o tamanho do problema.

Por que a Black Friday atrai tantos golpes?

A resposta é simples: onde há dinheiro em movimento, há golpistas. Em 2024, o faturamento do varejo online para o evento deve crescer 9,1%, de acordo com a Neotrust Confi. Mas enquanto as lojas se preparam para lucrar, os criminosos estão de olho em outro tipo de “renda”: os dados e o dinheiro dos consumidores desatentos.

Um levantamento da Branddi, empresa especializada em segurança digital, revelou que mais de mil sites fraudulentos já estavam ativos antes mesmo de novembro começar. E sabe o que é pior? Esse número é três vezes maior do que no mesmo período de 2023.

Os golpes mais comuns na Black Friday

Os golpistas têm truques na manga que parecem saídos de um manual de terror para consumidores. Aqui estão os mais recorrentes – e como se proteger:

  1. Falsas centrais de atendimento
    Sabe aquela ligação ou mensagem que parece ser do seu banco ou de uma loja confiável? Pois é, muitas vezes é golpe. Os criminosos se passam por atendentes para roubar dados sensíveis, como senhas e números de cartão de crédito.Como evitar: Desconfie de contatos que pedem informações sigilosas. Ligue diretamente para o número oficial da empresa para confirmar a veracidade.
  2. Links suspeitos em mensagens
    Golpistas enviam SMS ou mensagens no WhatsApp com links “urgentes”. Geralmente, prometem descontos inacreditáveis ou pedem atualizações de dados.Dica esperta: Não clique! Prefira acessar o site diretamente pelo navegador, digitando o endereço oficial.
  3. Wi-Fi público, mas perigoso
    Redes gratuitas de shoppings, cafeterias ou aeroportos podem parecer uma boa ideia, mas elas podem expor suas informações financeiras a criminosos.O que fazer? Evite acessar contas bancárias ou fazer compras online enquanto estiver conectado a redes públicas.
  4. Aplicativos falsos
    Durante a Black Friday, apps maliciosos que imitam lojas famosas aparecem como formigas no açúcar.Como perceber? Erros de português, preços irreais e poucos downloads são sinais claros de problema.
  5. Sites fraudulentos
    Com domínios que parecem reais, mas com pequenas alterações (como “amaz0n.com” ou “loja-top.xyz”), esses sites enganam consumidores desavisados.Truque ninja: Sempre procure avaliações da loja em sites como Reclame Aqui ou no Google.

Dicas práticas para evitar dores de cabeça e golpes

Se você está pensando: “Tá, mas como realmente me proteger?”, aqui vão estratégias simples, mas eficazes:

  • Use um cartão virtual: Ele é criado apenas para uma compra específica e não pode ser reutilizado. Se algo der errado, os dados do seu cartão principal estão seguros.
  • Prefira carteiras digitais: Google Pay e Apple Pay são opções mais seguras, pois não compartilham diretamente suas informações financeiras com os vendedores.
  • Evite Pix em sites desconhecidos: Apesar de rápido, o Pix pode ser arriscado em páginas não confiáveis.
  • Ative notificações no celular: Monitore seu cartão em tempo real para identificar qualquer atividade suspeita.
  • Use autenticação em duas etapas: Adicione uma camada extra de proteção às suas contas.

O “senso de urgência” é o maior inimigo

Os golpistas adoram criar situações em que você precisa agir rápido. Seja um desconto que “só vale por 5 minutos” ou uma ligação que “precisa da sua senha agora”, a pressão é a arma favorita deles.

Mas aqui vai uma regra de ouro: desconfie sempre. Parar para pensar é o primeiro passo para não cair em ciladas.

Veja mais, mas ainda hoje:

O lado bom da tecnologia

Se os golpistas estão mais espertos, as empresas também. Muitas lojas e bancos oferecem ferramentas para proteger você, como filtros automáticos contra mensagens suspeitas e suporte para transações seguras.

E lembre-se: ninguém pode te obrigar a fornecer seus dados ou pressionar você a agir. Se algo parecer errado, confie no seu instinto.

A Black Friday pode ser um ótimo momento para conseguir aquele item tão desejado com um bom desconto. Mas, como em tudo na vida, a palavra-chave é cuidado.

Agora que você já sabe como se proteger, é só respirar fundo, pesquisar bastante e aproveitar as promoções de forma consciente. Porque, no fim das contas, a melhor compra é aquela que vem sem dor de cabeça, não é mesmo?

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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