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Esquizofrenia: conhecer para desmistificar

Os transtornos mentais muitas vezes causam certas inseguranças para quem vive um problema desses na família. Por isso, neste caso, é necessário compreender melhor as diferentes realidades reduzindo o estigma em torno do tema para favorecer um ambiente melhor.

 A palavra desmistificar  tem como significado o fato de construir entendimentos e promover mudanças para uma sociedade melhor.

Esquizofrenia

A esquizofrenia pode afetar a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza. Causando períodos de alucinações e delírios (sintomas psicóticos). 

A psiquiatria considera a doença complexa, pois em alguns casos ela pode ser assustadora para  quem a vivencia e para quem convive com alguém com o transtorno. Por isso, é importante que o transtorno seja logo tratado por um médico psiquiátrico.

O não tratamento pode levar ao prejuízo ou a perda da autonomia e livre-arbítrio do indivíduo.

Os sintomas mais comuns são alucinações (incluindo ouvir vozes), delírios e desorganização do pensamento. Entre outros sintomas estão a reclusão social, dificuldade em expressar emoções e falta de motivação.

Em algumas situações, as pessoas com esquizofrenia podem apresentar também outros problemas de saúde mental, como perturbações de ansiedade, depressão ou perturbação por abuso de substâncias.

Os sintomas geralmente manifestam-se de forma gradual, desde o início da idade adulta, e permanecem durante um longo período de tempo.

Rede de apoio

Os primeiros sinais da esquizofrenia, ou distúrbio da mente dividida, surgem na adolescência e começo da vida adulta, entre 15 e 25 anos; dificilmente eles aparecem antes dos 12 anos ou depois dos 40.

O transtorno mental de um membro da família pode causar diversas reações dos familiares: na maior parte dos casos, pode acontecer o conformismo à não aceitação. Tanto uma como outra podem prejudicar o tratamento. Isso porque, não são investigadas as reações do cidadão e as particularidades não são observadas, limitando, assim, a capacidade de recuperação do paciente.

O tratamento será bem melhor se houver uma equipe multidisciplinar, que avalia o paciente de acordo com o tipo e a fase da doença, além da condição social em que ele está inserido. Formando assim uma rede de apoio.

Caberá ao psiquiatra avaliar o paciente e determinar o uso de medicamentos. Um dos grandes desafios enfrentados pelos especialistas é o fato da pessoa não conhecer nada sobre a doença e abandonar o tratamento.

Essas pessoas que abandonam o tratamento têm ideias de perseguição ou desconforto com os efeitos colaterais das medicações. Além disso, muitos deles apresentam sentimentos de desesperança e vergonha decorrentes do estigma associado ao transtorno.

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Desmistificar

A sociedade em geral acredita que o paciente com esquizofrenia têm comportamento violento. Porém, uma pessoa com esquizofrenia não é, necessariamente, mais violenta do que a média da população. 

A violência não está ligada ao transtorno mas sim a história de vida da pessoa, ou seja, a sua personalidade.  O único problema nessa situação é quando o indivíduo, não medicado, está em crise ou surto; mas mesmo neste caso, a maior violência costuma ser contra si mesmo.

Como se trata de uma doença complexa, existe um período longo entre o início do diagnóstico e a manutenção de um tratamento efetivo. Durante essa trajetória, há diversos desafios a serem superados, entre eles, a dificuldade de compreensão sobre a própria doença e o preconceito por parte de familiares, amigos e da sociedade em geral.

O conhecimento sobre a esquizofrenia pode ajudar a família compreender melhor as limitações de seu portador, mas também reconhecer os mitos e inverdades que envolvem o estigma da doença. 

Jorge Roberto Wright

Jorge Roberto W. Cunha, jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos e digitais. Especializado em notícias de variedades, TV, entretenimento, economia e política.

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