Desde que o renomado ator George Clooney anunciou a possível continuação da franquia “Ocean’s”, com o filme “Catorze Homens e um Segredo”, os fãs do gênero voltaram a especular sobre os glamorosos assaltos mostrados na tela.
A franquia, que começou com “Onze Homens e um Segredo” em 2001, se inspirou em uma produção dos anos 1960, mas trouxe uma estética moderna, com cenas elaboradas de assaltos, muito charme e astúcia.
No Brasil, os títulos dos filmes foram adaptados para um formato curioso: “X Pessoas e um Segredo”, onde “X” é o número de participantes de uma quadrilha que, normalmente, rouba cassinos ou valiosas obras de arte.
Embora essas produções sejam conhecidas pela sofisticação e pela maneira engenhosa com que os ladrões conseguem burlar sistemas de segurança, é preciso reconhecer que Hollywood comete diversos erros quando o assunto é roubo de arte.
Nos filmes, os roubos de arte seguem uma fórmula bastante previsível: uma equipe de especialistas é montada para a execução da “missão”, e o plano envolve desde arrombar cofres impenetráveis até despistar guardas altamente treinados.
No final, os ladrões conseguem escapar com obras inestimáveis, apesar de perseguições cinematográficas por parte da polícia. Porém, segundo especialistas da vida real, como o ex-agente do FBI Robert Wittman, a realidade é bem diferente.
Wittman, que atuou por 20 anos na equipe nacional de crimes de arte do FBI e ajudou a recuperar mais de 300 milhões de dólares em peças roubadas, ressalta que a maioria dos assaltos mostrados no cinema são glamorizados e distantes da realidade. Para ele, o primeiro erro já está na escolha do local.
“É muito mais difícil burlar a segurança de museus como o Met ou o Louvre do que assaltar uma pequena casa-museu”, afirma.
Um bom exemplo da discrepância entre ficção e realidade é o filme “Oito Mulheres e um Segredo”. Nele, um grupo liderado por Sandra Bullock, Cate Blanchett e Anne Hathaway rouba um colar avaliado em 150 milhões de dólares durante o glamoroso Met Gala.
Embora a cena seja empolgante, Wittman destaca que, na vida real, 90% dos roubos de arte são crimes de oportunidade, praticados internamente por alguém que já tem acesso ao local. Muitas vezes, esse “alguém” pode ser um trabalhador, curador ou até mesmo um pesquisador autorizado.
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Na vida real, os roubos de arte não são tão sofisticados como nos filmes, e o papel da polícia é muito mais estratégico do que se costuma imaginar.
Wittman explica que a maioria dos crimes de arte são resolvidos através de operações disfarçadas, onde policiais infiltrados se passam por receptadores. Além disso, obras de arte valiosas não podem simplesmente ser vendidas online ou no mercado negro com facilidade, como muitos filmes sugerem.
Um dos exemplos mais notórios foi o roubo da Mona Lisa em 1911, quando Vincenzo Perugia a escondeu em sua casa por dois anos.
Quando tentou vendê-la a um curador, acabou sendo denunciado à polícia. Esse caso é emblemático para mostrar que, na prática, vender uma obra icônica não é tarefa fácil, já que essas peças são amplamente reconhecidas e não passam despercebidas.
Outro assalto que envolveu muita ação foi o roubo de 2000 no Museu Nacional de Estocolmo, na Suécia, onde ladrões armados com metralhadoras levaram obras de Rembrandt e Renoir.
Robert Wittman liderou a investigação e conseguiu solucionar o caso ao se passar por um negociador interessado em comprar as peças roubadas. O FBI “comprou” 30 milhões de dólares em obras por apenas 250 mil dólares, o que levou à prisão dos envolvidos após cinco anos de tentativas frustradas de venda.
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