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Fuja deles! Ranking dos países mais perigosos do mundo (o Brasil está nele)

Brasil está entre os países mais perigosos do mundo, revela estudo do Institute for Economics and Peace.

Um estudo recente do Institute for Economics and Peace (IEP) trouxe à tona uma realidade alarmante para o Brasil. De acordo com a pesquisa, o país ocupa a 131ª posição entre 163 nações avaliadas em termos de segurança, posicionando-se como um dos lugares mais perigosos do mundo.

Na América do Sul, somente a Venezuela e a Colômbia apresentam índices de segurança mais baixos.

Essa classificação é resultado de uma análise abrangente que inclui diversos fatores, como conflitos armados, criminalidade, instabilidade política e social, e impactos econômicos da violência.

Mesmo que o Brasil não esteja envolvido em guerras ou conflitos civis, a violência urbana e rural, os altos índices de homicídios, e a criminalidade organizada contribuem significativamente para essa posição desfavorável.

Impactos econômicos e sociais da violência

Países mais perigosos do mundo / Imagem Freepik

A violência no Brasil tem consequências profundas e abrangentes. Segundo um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), a criminalidade elevada afeta diretamente o crescimento econômico. A pesquisa indica que, se a criminalidade no Brasil fosse reduzida à média global, o Produto Interno Bruto (PIB) do país poderia crescer até 0,6 ponto percentual a mais por ano. Esse dado ressalta como a insegurança impede investimentos, afasta turistas e provoca a fuga de talentos, perpetuando um ciclo vicioso que dificulta o desenvolvimento socioeconômico.

Além dos impactos econômicos, a violência afeta a qualidade de vida dos brasileiros. O medo constante e a sensação de insegurança limitam a liberdade e o bem-estar da população. Cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador registram altos índices de criminalidade, influenciando negativamente a percepção de segurança tanto dos moradores quanto dos visitantes.

Os 10 países mais seguros do mundo

  • 1 Islândia
  • 2 Irlanda
  • 3 Áustria
  • 4 Nova Zelândia
  • 5 Singapura
  • 6 Suíça
  • 7 Portugal
  • 8 Dinamarca
  • 9 Eslovênia
  • 10 Malásia

Os 10 países mais perigosos do mundo

  • 155 Israel
  • 156 Síria
  • 157 Rússia
  • 158 República Democrática do Congo
  • 159 Ucrânia
  • 160 Afeganistão
  • 161 Sudão do Sul
  • 162 Sudão
  • 163 Iêmen

Os 10 países mais seguros da América do Sul

  • 1 Argentina
  • 2 Uruguai
  • 3 Chile
  • 4 Bolívia
  • 5 Paraguai
  • 6 Peru
  • 7 Guiana
  • 8 Equador
  • 9 Brasil
  • 10 Venezuela
  • 11 Colômbia

Necessidade de políticas públicas eficazes

Diante dessa situação alarmante, é imperativo que governo e sociedade trabalhem juntos para encontrar soluções duradouras. A implementação de políticas públicas que ataquem as raízes da violência é crucial. Investir em educação de qualidade, programas de geração de renda e medidas de reintegração social são passos fundamentais para construir um país mais seguro e próspero.

Você precisa saber disso também:

A educação, por exemplo, é um fator determinante na prevenção da criminalidade. Escolas bem estruturadas e programas educacionais inclusivos podem oferecer melhores oportunidades para os jovens, afastando-os da criminalidade. Além disso, a criação de empregos e a promoção de atividades econômicas em áreas vulneráveis ajudam a reduzir a pobreza e, consequentemente, a violência.

Promoção de uma cultura de paz

Outro aspecto essencial é a promoção de uma cultura de paz. Conscientizar a população sobre as consequências da violência e incentivar a resolução pacífica de conflitos são medidas que podem contribuir para uma sociedade mais harmoniosa. Campanhas educativas, atividades comunitárias e projetos sociais voltados para a prevenção da violência são iniciativas importantes nesse contexto.

A mídia também desempenha um papel crucial na construção dessa cultura de paz. Jornalistas e veículos de comunicação podem contribuir divulgando informações que promovam a não-violência e destacando exemplos positivos de superação e solidariedade. Essa abordagem pode ajudar a transformar a percepção da sociedade e incentivar comportamentos mais pacíficos.

Consequências para o turismo e a economia

Os dados alarmantes sobre a violência no Brasil também têm repercussões significativas para o turismo e a economia. A imagem de um país perigoso desestimula a vinda de turistas, o que impacta diretamente setores como hotelaria, alimentação e transporte. Cidades turísticas como Rio de Janeiro e Salvador, que dependem fortemente do turismo, sentem os efeitos dessa percepção negativa.

Além disso, a insegurança afeta os negócios e os investimentos estrangeiros. Empresas internacionais relutam em estabelecer operações em países considerados inseguros, o que limita o crescimento econômico e a criação de empregos. Investir em segurança é, portanto, não apenas uma questão de bem-estar social, mas também uma estratégia econômica.

A responsabilidade de todos os países

A construção de um Brasil mais seguro é uma responsabilidade coletiva. Governo, empresas, organizações não-governamentais e cidadãos precisam unir esforços para enfrentar a violência. A colaboração entre diferentes setores da sociedade é essencial para implementar medidas eficazes e promover mudanças duradouras.

Projetos comunitários, parcerias público-privadas e iniciativas de responsabilidade social corporativa são exemplos de ações que podem fazer a diferença. A união de esforços em prol de um objetivo comum pode transformar a realidade do país, tornando-o um lugar mais seguro e próspero para todos.

Em conclusão, o estudo do IEP destaca a urgente necessidade de enfrentar a violência no Brasil. A segurança é um fator crucial para o desenvolvimento econômico e social, e somente através de políticas públicas eficazes e da promoção de uma cultura de paz será possível reverter essa situação. A responsabilidade é de todos, e a ação conjunta pode construir um futuro melhor para o Brasil.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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