Conforme outros artigos já escritos para o “Meu Valor Digital”, fica clara a grande influência que a música tem na minha vida. Especialmente, o rock n roll foi a trilha sonora da minha adolescência e permanece até os dias atuais. Por isso, vale a pena relembrar e compartilhar algumas de suas histórias, como uma envolvendo rock progressivo e o filme “O Mágico de Oz”.
Você já ouviu aquela história, aparentemente, maluca de que se você assistir “O Mágico de Oz” enquanto escuta o álbum “The Dark Side of the Moon” do Pink Floyd, algo acontece?
Parece que as coisas se encaixam de uma maneira tão perfeita que soa como se a banda britânica tivesse feito o disco especialmente para o filme. Pois é, esse é um dos teoremas mais intrigantes do mundo da música e do cinema, e vale a pena dar uma olhada mais de perto nesse papo.
Primeiro, vamos recapitular um pouco a história dessa teoria que permeia o mundo antes mesmo da internet. Inclusive, não se sabe ao certo quem espalhou essa relação inusitada por aí, mas ela continua a se popularizar até hoje.
Dizem por aí que se você começar a tocar “The Dark Side of the Moon” exatamente quando o leão da MGM ruge pela terceira vez na abertura do filme, vai perceber uma sincronia incrível entre as músicas e as cenas.
Por exemplo, logo no começo do filme, quando Dorothy está equilibrando na cerca, você ouve “Breathe, breathe in the air” (Respire, respire no ar), e lá está ela, toda livre e leve, dançando pelos campos do Kansas.
Outra cena famosa é a do tornado, que coincide com “The Great Gig in the Sky”, e vamos combinar que os vocais poderosos e meio desesperados da Clare Torry são perfeitos para o caos que tá rolando na tela.
Agora, será que isso é verdade ou só mais um mito que a galera inventou?
Bom, para começar, é bom lembrar que “The Dark Side of the Moon” foi lançado em 1973 e “O Mágico de Oz” é de 1939. Tem um intervalo de mais de 30 anos entre eles.
Roger Waters, um dos cabeças do Pink Floyd, já falou várias vezes que isso é pura coincidência. Eles não tinham a menor intenção de criar uma trilha sonora alternativa para o clássico da Judy Garland. Segundo a banda, tudo não passa de uma grande coincidência.
Mas vamos combinar que coincidências podem ser bem divertidas, né? Muita gente já fez o teste e ficou de queixo caído com algumas das sincronicidades.
As letras das músicas, os tons, e até as mudanças de ritmo parecem acompanhar a narrativa do filme. Claro que também tem bastante coisa que não encaixa, mas os momentos que funcionam são tão legais que dá até para entender porque essa teoria ganhou tanto fôlego.
Vamos aos detalhes:
Uma das partes mais comentadas é quando Dorothy abre a porta da casa dela depois do tornado e o filme muda do preto e branco para o colorido. Isso acontece quase que ao mesmo tempo em que começa a música “Money”, com aquele som icônico de moedas caindo e caixas registradoras. É uma transição impressionante que faz a galera se arrepiar.
Tem também a famosa marcha dos Munchkins, que coincide com o ritmo de “Us and Them”. Parece que foi tudo planejado, mas, segundo o Pink Floyd, é só sorte mesmo.
O que é interessante é que essa teoria começou a ganhar força mesmo no final dos anos 90, muito antes da internet se tornar o que é hoje.
Você pode gostar de saber também:
Os fãs espalhavam a ideia entre si, e logo virou uma espécie de lenda urbana. E aí, com a internet, o mito só cresceu. Hoje em dia, você encontra vídeos no YouTube que mostram essas coincidências direitinho, além de vários fóruns e sites dedicados ao assunto.
Se é verdade ou não, quem sabe? O importante é que essa combinação entre “The Dark Side of the Moon” e “O Mágico de Oz” virou uma experiência cultural que une fãs de música e cinema de uma forma única. Mesmo que você não acredite na sincronicidade perfeita, é uma ótima desculpa para rever um clássico do cinema enquanto escuta um dos álbuns mais icônicos da história do rock.
No fim das contas, o mito de “The Dark Side of the Rainbow” – como essa teoria é carinhosamente chamada – continua vivo e forte. É um daqueles mistérios que fazem a gente coçar a cabeça e se perguntar: será que foi tudo coincidência ou tem algo mais por trás?
Só sei que, verdade ou não, é uma experiência que vale a pena tentar. Afinal, nunca é demais ter um pouco de magia e psicodelia na vida.
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