Morreu na manhã desta quinta-feira (3), Cid Moreira, o primeiro apresentador do Jornal Nacional. O apresentador tinha 97 anos e estava internado há semanas no Hospital Santa Tereza, em Petrópolis (RJ).
A notícia foi confirmada pela sua mulher, Fátima Sampaio ao programa “Encontro”, da Rede Globo, com Patrícia Poeta. Ele sofria com problemas renais e estava há semanas tratando de uma pneumonia.
Cid Moreira nasceu em Taubaté, SP, em 29 de setembro de 1927. Foi jornalista, locutor e apresentador brasileiro. Com uma voz potente e inconfundível, ficou muito conhecido por ser o primeiro apresentador do Jornal Nacional.
Começou a sua carreira como locutor da Rádio Difusora de Taubaté, no interior de São Paulo, aos 15 anos. Tinha diploma de contador, mas acabou seguindo a carreira no mundo artístico.
Foi contratado pela TV Excelsior para ser locutor nos 50. Teve uma experiência no cinema não só como narrador de longa-mentragens, mas também atuou como ator, no filme “Angu de Caroço” em 1955.
Até hoje, Cid Moreira detém o recorde de edições à frente do Jornal Nacional, o qual assumiu ainda na década de 1960. Em 1969, ele dividia a bancada com Hilton Gomes (1924-1999). Depois fez dupla com Sérgio Chapelin.
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Sua voz potente foi usada para narrar a Bíblia Cristã na íntegra. Os CDs com a locução se tornaram uma verdadeira febre durante os anos 2000, alcançando mais de 33 milhões de cópias.
Outro sucesso do veterano foi a narração para o quadro do mágico Mister M, a quem chamava de “paladino mascarado”, no Fantástico. Ele ainda criou o bordão “isso é um espanto” para marcar as reportagens sobre casos sobrenaturais na revista eletrônica.
Nos últimos anos, Cid Moreira se afastou da televisão, fazendo algumas participações pontuais em programas da Globo.
Em 24 de abril de 2015, apresentou um bloco do Jornal Nacional junto com Sérgio Chapelin como uma forma de homenagem da Globo aos dois jornalistas, que por muitos anos apresentaram o Jornal Nacional, na semana de aniversário de cinquenta anos da Rede Globo. Seu mais famoso bordão era o “Boa noite” no final do Jornal Nacional.
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