A ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações desafiadoras ou perigosas. Porém, quando esse sentimento se torna constante e desproporcional à realidade, pode prejudicar a vida pessoal e profissional, causando sofrimento físico e emocional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 264 milhões de pessoas no mundo sofrem de algum transtorno de ansiedade. Isso reforça a necessidade de entender o que ela é, como se manifesta e, principalmente, como enfrentá-la.
Do ponto de vista científico, a ansiedade é uma reação do sistema nervoso autônomo, responsável por preparar o corpo para lidar com possíveis ameaças. Isso envolve a ativação do chamado eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que libera hormônios como o cortisol e a adrenalina, preparando o corpo para o que conhecemos como “luta ou fuga”.
Embora essa resposta seja crucial para a sobrevivência em situações reais de perigo, ela pode se tornar um problema quando é ativada em situações cotidianas e não ameaçadoras.
Na prática, a ansiedade surge como um sentimento de preocupação excessiva, antecipação de desastres ou uma sensação constante de que algo ruim está para acontecer, mesmo que não haja um motivo concreto.
Para muitas pessoas, isso pode levar a crises de ansiedade, que são episódios intensos e de curta duração de medo e desconforto, também conhecidos como ataques de pânico.
Os sintomas da ansiedade podem variar, mas existem sinais físicos e emocionais comuns que ajudam a identificar um quadro de ansiedade:
Diversos fatores podem desencadear uma crise de ansiedade, e eles variam de pessoa para pessoa. Entre os gatilhos mais comuns estão:
Um dos maiores medos de quem sofre com ansiedade é a sensação de que esse estado não terá fim, de que a pessoa está “perdendo a cabeça” ou “enlouquecendo”. Contudo, é importante reforçar que a ansiedade passa e, embora seus sintomas sejam assustadores, eles não são perigosos a longo prazo.
Estudos mostram que, durante uma crise de ansiedade, o corpo está reagindo de forma exagerada a um estímulo, mas essa resposta é temporária. Conforme os níveis de adrenalina diminuem, o corpo começa a voltar ao normal.
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O que perpetua o ciclo da ansiedade muitas vezes é o medo de enfrentar essas sensações novamente, o que cria uma espiral de pensamento negativo e amplifica o desconforto.
A psicóloga cognitivo-comportamental Ana Beatriz Barbosa, em conteúdos retirados da internet, destaca que, ao contrário do que muitos acreditam, a ansiedade não leva à loucura. “A pessoa que sofre com ansiedade tem consciência de seus medos e preocupações, mas muitas vezes se sente incapaz de controlar a intensidade dessas emoções. Reconhecer esse padrão e aprender a lidar com ele é fundamental para a recuperação”, afirma a especialista.
A ciência psicológica sugere que o enfrentamento dos medos, em vez de evitá-los, é essencial para reduzir os níveis de ansiedade.
Técnicas de terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, ajudam a pessoa a identificar padrões de pensamento distorcidos que amplificam a ansiedade e a substituí-los por abordagens mais racionais e realistas.
O autoconhecimento também desempenha um papel fundamental nesse processo. Compreender o que desencadeia a ansiedade, os sinais iniciais de uma crise e como o corpo reage a essas situações pode ajudar a pessoa a retomar o controle. Práticas de mindfulness (atenção plena) e respiração consciente, por exemplo, têm se mostrado eficazes em acalmar o sistema nervoso e evitar que a ansiedade se transforme em um ataque de pânico.
O autoconhecimento é uma ferramenta poderosa para quem vive com ansiedade. Ao entender suas emoções, pensamentos e reações físicas, a pessoa ganha uma percepção mais clara sobre seus limites e a raiz de suas preocupações.
Ao perceber como reage a determinadas situações, é possível criar estratégias para lidar com elas de forma mais tranquila.
Além disso, é importante lembrar que a ansiedade é um sentimento humano e comum. Todos, em algum momento da vida, experimentarão ansiedade, seja antes de uma entrevista de emprego, ao enfrentar um exame importante ou ao lidar com incertezas. O que diferencia uma ansiedade normal de um transtorno é a intensidade e a frequência com que ela aparece.
Para quem sofre com crises frequentes de ansiedade, buscar ajuda profissional é essencial. Terapias como a TCC, o uso controlado de medicação prescrita por psiquiatras e a prática de atividades físicas regulares podem reduzir significativamente os sintomas. Lidar com a ansiedade exige paciência, prática e, muitas vezes, um apoio especializado.
A ansiedade passa, e, ao enfrentar os medos e investir no autoconhecimento, é possível aprender a viver com mais leveza e equilíbrio. A chave está em reconhecer que, por mais assustadora que seja, a ansiedade não define quem você é e pode ser superada com o tempo e as ferramentas adequadas.
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