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Pesquisa crava o pior cenário: IA começou a roubar empregos

Pois é, não é ficção científica. A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente nas nossas vidas e, de acordo com uma pesquisa recente, ela já está roubando empregos. Claro, nem todo mundo vai sentir isso agora, mas os sinais são claros e os números não mentem.

Um estudo conduzido por pesquisadores de grandes instituições como a Harvard Business School e o Imperial College London Business School mostra que, logo após o lançamento de ferramentas como o ChatGPT, o mercado de trabalho começou a mudar. E não de uma maneira sutil, não. Estamos falando de perda de demanda em várias áreas.

Pesquisa revela o pior cenário para os trabalhadores em relação à IA

A pesquisa analisou 1.388.711 anúncios de emprego de freelancers de uma plataforma global (não revelada) entre 2021 e 2023. E a conclusão foi clara: o impacto da IA é real. A demanda por serviços autônomos caiu 21% logo após a chegada do ChatGPT. As funções mais afetadas? Redação, desenvolvimento de software, design gráfico e modelagem 3D. O que isso significa? Simples: muitas tarefas antes feitas por humanos agora estão sendo feitas, com mais rapidez e eficiência, por máquinas.

Mas calma lá, a IA não é um monstro. Ela não veio para destruir tudo, mas para transformar. O estudo sugere que, ao longo do tempo, funções repetitivas e que não exigem supervisão constante vão sendo substituídas.

O que antes era feito por freelancers ou profissionais autônomos, agora pode ser automatizado. Por exemplo, a escrita de textos ou a criação de imagens já estão sendo tomadas por ferramentas de IA, como o próprio ChatGPT e o Midjourney.

As mudanças no mercado de trabalho

É claro que esse cenário traz uma grande mudança no mercado de trabalho. As habilidades mais humanas — aquelas que a IA não pode replicar com tanta facilidade — se tornam cada vez mais importantes.

Criatividade, inteligência emocional e pensamento crítico agora são habilidades muito mais valorizadas. Sim, se você pensava que o futuro dos empregos estava em tarefas rotineiras, é bom repensar. O futuro é das habilidades humanas, que vão complementar as máquinas.

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O que ainda pode acontecer com os empregos diante da IA

Agora, eu sei que muita gente está se perguntando: “E os empregos? O que vai acontecer com eles?” Bem, não é hora de pânico, mas de adaptação. A pesquisa sugere que novas funções vão surgir, muitas delas envolvendo uma parceria direta entre humanos e IA.

A ideia é que o aumento da produtividade gerado pelas ferramentas de IA vai, na verdade, abrir portas para mais empregos. Por exemplo, um estudo realizado pela Microsoft apontou que trabalhadores vão começar a treinar sistemas de IA, o que cria uma nova área de especialização.

Interessante, né? Além disso, a IA já está provando que pode ser uma aliada no aumento da produtividade. Pesquisas como a da Harvard Business School mostram que consultores que utilizam IA, como o GPT-4, conseguem realizar tarefas 25% mais rápido e com 40% mais qualidade do que os que não utilizam essas ferramentas.

Mais eficiência em detrimento de menos trabalho

O ChatGPT, por exemplo, reduziu o tempo para produção de documentos empresariais em 40% e ainda melhorou a qualidade dos textos em 18%. Ou seja, a IA não só vai substituir empregos; ela também vai transformar a maneira como as tarefas são feitas.

Mas tem um problema: nem todo mundo está preparado para esse futuro. A pesquisa aponta que, com o avanço da IA, a lacuna entre os empregos de alta qualificação e altos salários e os de baixa qualificação e salários mais baixos vai aumentar ainda mais. Então, as políticas públicas precisam se adaptar.

Educação e treinamento são fundamentais para garantir que todos possam aproveitar as oportunidades que surgirão com a IA. Sem isso, o mercado vai se tornar ainda mais desigual, com desemprego em massa para quem não se adaptar.

O estudo finaliza com uma mensagem de alerta, mas também de esperança. A IA pode mudar o jogo, mas, com as estratégias certas, ela pode ser uma parceira no processo de criação de novos empregos e na melhoria da qualidade do trabalho. Redefinir o que é trabalho será o desafio — e a chance — do futuro. A pergunta é: você está pronto para isso?

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.