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Pessoas predispostas a terem Alzheimer apresentam ESSE sintoma

Recente estudo publicado revelou que pessoas predispostas a desenvolverem Alzheimer, possuem um sintoma em comum

O crescente número de casos de demência é um dos maiores desafios dos sistemas de saúde mundial. A doença de Alzheimer vem crescendo exponencialmente. Somente nos Estados Unidos, são 6 milhões de casos, com expectativa de aumento para 13 milhões até 2050.

No Brasil a situação não é diferente, e a demência vem crescendo em escala exponencialmente preocupante. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas têm Alzheimer, e 100 mil novos casos são diagnosticados todos os anos no país.

Devido à crescente relacionada à demência, como no caso do Alzheimer, cada vez mais são investidos bilhões em pesquisas que buscam encontrar a origem da doença e tratamentos que possam prevenir ou até mesmo curar essa doença.

No cenário atual, os cientistas fizeram uma grande descoberta ao identificarem que pessoas que carregam a variante do gene associada ao maior risco da doença, podem apresentar um mesmo sintoma em comum.

Sintoma em comum de pessoas predispostas ao Alzheimer

Conforme as descobertas dos pesquisadores, mulheres que carregam a variante do gene APOE e4 podem perder a capacidade de detectar odores de forma mais precoce do que aquelas que não possuem essa variação genética. Essa peculiaridade pode ser um indício antecipado de possíveis problemas de cognição no futuro, como sinalizando um risco aumentado para o desenvolvimento do Alzheimer.

Os resultados dessa importante pesquisa foram publicados na revista médica Neurology, da Academia Americana de Neurologia, no dia 26 de julho de 2023. A análise cuidadosa dessa ligação entre a variante genética APOE e4 e o comprometimento do olfato abre portas para uma compreensão mais profunda dos fatores que podem influenciar o surgimento de problemas cognitivos.

“Testar a capacidade de uma pessoa de detectar odores pode ser uma maneira útil de prever futuros problemas de cognição”, informou o autor do estudo Matthew S. GoodSmith.

“Embora sejam necessárias mais pesquisas para confirmar essas descobertas e determinar qual nível de perda de olfato prediz o risco futuro, esses resultados podem ser promissores, especialmente em estudos com o objetivo de identificar pessoas com risco de demência no início da doença” , completou.

Esse é um avanço significativo no campo da neurociência, pois nos permite vislumbrar a possibilidade de identificar precocemente indivíduos que podem estar em maior risco para o Alzheimer. Esse conhecimento abre caminhos para futuras pesquisas e intervenções, com o objetivo de encontrar estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para essa doença neurodegenerativa.

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Como foi feito o estudo

O estudo investigou o sentido do olfato de mais de 865 indivíduos, examinando tanto a capacidade de detectar odores quanto a habilidade de identificar o odor que estavam sentindo. Os pesquisadores conduziram os testes em intervalos de cinco anos.

Além disso, as capacidades de pensamento e memória das pessoas foram avaliadas duas vezes, com um intervalo de cinco anos entre os testes. Amostras de DNA forneceram informações aos pesquisadores sobre quais participantes carregavam o gene associado a um risco aumentado de Alzheimer.

Os resultados revelaram que as pessoas portadoras da variante do gene apresentavam uma redução de 37% na habilidade de detectar odores em comparação com aqueles que não carregavam esse gene. Para garantir a confiabilidade dos resultados, os pesquisadores levaram em consideração outros fatores, como idade, sexo e nível educacional dos participantes.

Os portadores do gene começaram a experimentar uma diminuição na detecção de cheiros entre as idades de 65 e 69 anos. Nesse estágio, eles podiam perceber, em média, cerca de 3,2 cheiros, enquanto as pessoas sem o gene detectavam aproximadamente 3,9 cheiros.

Surpreendentemente, os portadores da variante do gene não demonstraram dificuldades na capacidade de identificar os odores que estavam sentindo até atingirem a faixa etária de 75 a 79 anos. Contudo, quando começaram a perder essa capacidade, a redução foi mais rápida em comparação com aqueles que não carregavam o gene.

Essas descobertas são fundamentais para compreender melhor o papel do olfato como um possível marcador precoce para problemas de cognição, especialmente relacionados ao risco de desenvolvimento do Alzheimer. Ao identificar essa associação, abre-se um novo caminho para pesquisas futuras e intervenções que possam auxiliar na prevenção e tratamento desse tipo de doença neurodegenerativa.

Dessa forma, o estudo oferece uma importante contribuição para a ciência e nos encoraja a continuar aprofundando nossos conhecimentos sobre a saúde cerebral e os fatores que podem influenciar nosso bem-estar mental ao longo do tempo.

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