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Quase esquecida, profissão tradicional e antiga volta e paga R$ 10 mil

Você sabia que uma profissão antiga, daquelas que muita gente achava que tinha caído no esquecimento, está de volta? Pois é, a taquigrafia, aquela técnica de escrita rápida que já foi indispensável em tribunais e sessões legislativas, está em alta novamente.

Mas calma, não pense que é só pegar um caderno e começar a escrever – a arte da taquigrafia exige treinamento, dedicação e, claro, muita prática.

E tem mais: os salários são bem atrativos. Em concursos públicos, por exemplo, as remunerações podem ultrapassar R$ 10 mil! Quer saber como essa profissão ressurgiu e por que ainda é tão importante? Vem comigo que eu te explico.

O que é taquigrafia e por que ela ainda importa?

A taquigrafia é uma técnica de escrita rápida que transforma a fala em texto em tempo real. Parece simples, mas não é. Taquígrafos precisam capturar cada palavra dita, mesmo nos discursos mais rápidos ou complicados, e ainda garantir que tudo esteja claro e legível depois.

Apesar de parecer algo ultrapassado – afinal, temos gravadores e IA que transcrevem áudio, certo? – a profissão continua sendo essencial. Mas por quê? Bem, porque os humanos ainda têm algo que as máquinas não conseguem replicar totalmente: o entendimento das nuances da fala, das expressões e dos contextos.

Por exemplo, em tribunais, onde cada palavra de um depoimento pode influenciar o resultado de um caso, ou em sessões legislativas, onde as decisões impactam milhões, a precisão é fundamental. E aqui entra o taquígrafo, com sua habilidade de registrar tudo ao vivo, sem perder um detalhe sequer.

Você precisa saber disso, mas ainda hoje:

Quem pode estar nessa profissão?

Essa é a melhor parte: praticamente qualquer pessoa pode aprender taquigrafia. Mas, como em qualquer profissão, é preciso investir tempo e esforço. O aprendizado pode ser feito em cursos presenciais, online ou até mesmo de forma autodidata.

Os sistemas mais usados no Brasil são o Sistema Brasileiro de Taquigrafia (SBT) e o método Gregg. Com dedicação, é possível dominar a técnica em cerca de seis meses a um ano. Mas não é só sobre aprender os símbolos: taquígrafos precisam ser ótimos em português, entender de gramática e ter uma boa escuta.

Onde as pessoas trabalham nessa profissão?

Embora a taquigrafia seja mais conhecida no setor público, como em tribunais e assembleias legislativas, ela também é muito requisitada em eventos corporativos e conferências. Em qualquer lugar onde seja necessário registrar fielmente o que foi dito, há espaço para um taquígrafo.

Nos tribunais, por exemplo, a exatidão é indispensável para garantir que todos os depoimentos sejam documentados de forma confiável. Já em sessões legislativas, o trabalho do taquígrafo assegura que cada detalhe dos debates e decisões esteja disponível para consulta futura.

E os salários?

Se você achava que a taquigrafia não compensava financeiramente, está na hora de mudar de ideia. Concursos públicos para taquígrafos oferecem salários iniciais muito acima da média.

Veja alguns exemplos:

  • Senado Federal: mais de R$ 19 mil iniciais.
  • Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP): a partir de R$ 10.930.
  • Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs): entre R$ 9 mil e R$ 12 mil.
  • Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP): cerca de R$ 8.300.

Esses números são só o começo, pois há chances de progressão na carreira.

Por que a profissão voltou a ter destaque?

Um dos motivos é que muitos profissionais da área estão se aposentando, o que abriu espaço para novos talentos. Além disso, apesar do avanço das tecnologias de transcrição, o fator humano continua sendo insubstituível em várias situações.

E tem mais: a taquigrafia não está apenas sobrevivendo, mas se adaptando. Hoje, os taquígrafos colaboram com gravações e outros recursos digitais, garantindo registros ainda mais completos.

Por onde começar?

Se você se interessou, a dica é começar explorando cursos disponíveis online ou em escolas técnicas. Também é essencial praticar muito – afinal, a velocidade e a precisão são marcas registradas de um bom taquígrafo.

Com o mercado aquecido e a demanda crescente, este pode ser o momento ideal para considerar essa carreira. Não é todo dia que uma profissão quase esquecida volta com tanta força, oferecendo não só relevância, mas também ótimas oportunidades financeiras.

Então, que tal resgatar essa arte e se destacar em um mercado que só cresce? Quem sabe você não será o próximo a conquistar um desses salários de dar inveja?

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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