Raiva animal: veja como identificar a doença em animais de estimação

Uma das maiores preocupações das pessoas que são tutores de animais de estimação são as doenças que seus amigos do coração podem contrair. A mais temida de todas é a raiva!

A doença possui uma das maiores taxas de mortalidade, chegando a quase 100% dos casos. Além disso, também apresenta riscos para os seres humanos.

Neste ano, foi registrado em São Paulo, o primeiro caso de raiva em cachorro desde 1983 , segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde. O animal afetado foi submetido a um exame PCR que confirmou a doença. 

Porém, não foi possível determinar se o vírus que afetou o animal era da variante canina ou da variante transmitida por morcegos – na qual o último caso de infecção foi registrado em 2011.

Embora muitos falem da doença, poucos conhecem suas causas, forma de tratamento ou se tem cura.

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.

O Instituto Pasteur, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), informou nesta sexta-feira (15) que, após sequenciamento genético realizado, foi identificada a variante de morcego na amostra coletada em um cachorro que morreu de raiva no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, no mês passado.

Uma das possibilidades é que fosse raiva canina, que seria o primeiro caso em 40 anos na capital paulista. O Instituto Pasteur é o responsável pelo controle de risco relativos à raiva e outras encefalites virais na cidade.

O que é a raiva canina?

A raiva é uma doença perigosa, que atinge todos os mamíferos, incluindo ruminantes, felinos e até morcegos. No entanto, as pessoas só conseguem ligar a raiva aos cachorros.

Segundo especialistas, até o ano de 2003, os cães eram os principais transmissores da raiva para os humanos no Brasil. É uma doença infecciosa causada por um vírus. 

A raiva mata quase 100% dos pacientes infectados não só nos cães, mas também seres humanos.

O vírus da raiva se aloja, entre outros tecidos, nas glândulas salivares do doente. Como a doença causa agressividade, a mordida é a principal forma de animais infectados, como cães e morcegos, passarem o vírus adiante.

O contágio acontece:

• troca de secreções;
• contato sanguíneo;
• mordida (a via mais comum de infecção).

Não só os cães transmitem a doença, outros animais, como guaxinins e gambás também são transmissores. Todo cuidado é pouco com pets que vivem em áreas externas em sítios ou casas de campo.

Sintomas no animal

Você precisa saber distinguir os sintomas da raiva nos animais. Muitas pessoas quando ouvem falar da raiva em cães e gatos, logo imaginam um animal babando, com a boca cheia de saliva esbranquiçada. Isso se deve, principalmente, a sintomas de uma das etapas da doença. 

No entanto, a raiva canina apresenta diferentes estágios e, durante sua evolução, os sintomas também podem mudar.

Fala-se em “raiva furiosa” e “raiva paralítica”. Na verdade, é a mesma doença, em etapas distintas. O período conhecido como “raiva furiosa” é a primeira fase. Com duração de 1 a 4 dias, ela costuma causar alterações de comportamento no cão, como:

• Excitação;
• Agressividade;
• Medo;
• Depressão;
• Ansiedade,
• Demência.

Em seguida, tem início a chamada “raiva paralítica”, na qual se acentuam os sintomas neurológicos, como:

• Dificuldade de engolir;
• Salivação;
• Falta de coordenação dos membros,
• Paralisia.

A raiva tem cura?

Infelizmente não existe cura para a raiva em cães e gatos. Para os humanos existe tratamento para a enfermidade, mas mesmo nestes casos as chances de cura são mínimas e a enfermidade pode gerar diversas sequelas neurológicas. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.

Raiva canina tratamento e diagnóstico

Quando os sintomas da raiva aparecem, é tarde demais. É necessário ficar atento porque muitas doenças neurológicas têm manifestações clínicas semelhantes e, por isso, só um médico-veterinário poderá identificar se a raiva é uma das suspeitas possíveis.

Na maioria das vezes só se consegue diagnosticar com precisão a doença, após a morte do cachorro, por meio de exames no tecido cerebral. Não existe um tratamento eficaz conhecido. Infelizmente será necessária a realização da eutanásia. Ela é indicada sempre que são observados sinais muito claros de raiva canina.

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Vacinar é o melhor remédio

A prevenção da raiva é bastante simples. A vacinação é o melhor caminho. Com uma taxa de proteção muito próxima a 100%, ela é a melhor forma de manter o vírus longe do seu amigo.