Muitos brasileiros jamais imaginaram que fossem exercer profissões que até então odiavam. Mas o desemprego, falta de oportunidade no mercado, fizeram essas pessoas mudarem de ideia. Passaram a enfrentar horários extenuantes, atividades repetitivas, exposição a riscos, falta de reconhecimento e baixo salário.
Não trabalhar na profissão desejada pode desestimular e tirar a alegria no setor de trabalho. Sem contar que algumas profissões ainda carregam um estigma social, sendo vistas como menos prestigiosas ou menos qualificadas.
O brasileiro quando vai escolher uma carreira, esbarra na ausência de oportunidades, de crescimento profissional e financeiro. Por isso, quando é possível, certas carreiras são deixadas de lado pelo trabalhador.
A tecnologia anda transformando o mercado de trabalho, a automação, a digitalização e a globalização estão tornando algumas profissões obsoletas e criando novas demandas.
Uma recente pesquisa revelou um ranking das profissões menos desejadas pelos brasileiros. Elaborado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o estudo, fez uma análise de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre julho de 2019 e julho de 2024, identificou 29 profissões que tiveram mais demissões do que contratações, mesmo com aumentos salariais que superam a média nacional de 22,6%.
Os brasileiros simplesmente não suportam profissões como motorista de ônibus urbano, gerente de restaurante, supervisor de telemarketing e atendimento, entre outras. Essas áreas enfrentam dificuldades na atração e retenção de talentos, apesar dos reajustes salariais realizados
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Um dos motivos para os brasileiros ignorarem essas profissões pode estar ligado a tecnologia. Ela vem transformando radicalmente o mercado de trabalho, impactando tanto as profissões mais desejadas quanto as menos. No caso das profissões menos desejadas, essa transformação pode trazer tanto desafios quanto oportunidades.
Porém, o cidadão anda fugindo de profissões com atividades repetitivas e baseadas em força física. Logo, a automação, através de robôs e inteligência artificial, pode substituir esses trabalhadores, aumentando o desemprego nesses setores.
A tecnologia exige que os trabalhadores desenvolvam novas habilidades, como o domínio de ferramentas digitais e a capacidade de aprender continuamente.
No ranking das profissões menos desejadas é possível observar que certas carreiras que antes as pessoas procuravam exercer, hoje estão longe de ser as mais preferidas, entre elas, professor e motorista.
A desvalorização da profissão docente, especialmente no ensino médio e superior, é um problema crescente e complexo, com diversas causas interligadas. As principais razões pelas quais as pessoas estão cada vez menos interessadas em seguir a carreira de professor estão ligadas aos baixos salários.
A profissão de motorista, especialmente em áreas como transporte público e caminhoneiro, também enfrenta um declínio no interesse entre os jovens. A necessidade de cumprir longas jornadas de trabalho, muitas vezes com horários irregulares, impacta negativamente na vida pessoal e familiar.
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