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Roubo, ameaças, extorsão e mais: os principais crimes cibernéticos do momento

Você certamente já recebeu uma mensagem suspeita de algum número estranho no WhatsApp, ou alguma oferta de um desconhecido nas redes sociais. Mais do que isso, é provável que algum parente tenha sofrido uma tentativa de golpes por meios digitais. Isso porque os crimes cibernéticos estão cada vez mais comuns.

Segundo dados de um estudo desenvolvido no laboratório de inteligência e ameaças, FortiGuard Labs, no início de 2022, mais de 31 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos foram registrados. No ano anterior, foram 16 bilhões, ou seja, quase 95% a mais, conforme aponta reportagem da CNN.

Conseguir dados atualizados sobre os crimes cibernéticos não é algo tão preciso, já que a legislação ainda possui várias lacunas nesse sentido. Com o avanço das inteligências artificiais ficou ainda mais complicado se proteger dos criminosos digitais.

Cibercrimes estão cada vez mais reais e presentes na sociedade, mas você deve conhecer a fundo. Imagem: Freepik

Quais são os crimes cibernéticos mais comuns

Os crimes cibernéticos têm se tornado não apenas mais comuns, mas também cada vez mais sofisticados. Eles representam uma ameaça significativa para indivíduos, empresas e governos. Por isso, decidimos listar algumas dessas práticas delituosas que você talvez não conheça e que possam servir de alerta.

Entre os mais comuns estão o ransomware, o phishing, o roubo de dados e o ataque de negação de serviço (DDoS). Esses crimes envolvem extorsão, roubo de dados, ameaças e vários outros métodos maliciosos que podem causar danos irreparáveis às vítimas.

  • O ransomware é um dos crimes cibernéticos mais prevalentes e devastadores. Nesse ataque, os hackers criptografam os dados da vítima e exigem um resgate para liberar o acesso. Em 2020, a cidade de Baltimore foi alvo de um ataque de ransomware que paralisou seus sistemas e custou cerca de US$ 18 milhões em recuperação e perda de receitas.
  • O phishing continua sendo uma técnica comum e eficaz usada por cibercriminosos para obter informações sensíveis, como senhas e dados financeiros. Como exemplo disso, saiba que hackers usaram e-mails de phishing para enganar funcionários do Twitter em 2020, resultando no comprometimento de contas de figuras públicas como Barack Obama e Elon Musk. O objetivo era fraudar informações sobre o bitcoin.
  • O roubo de dados é outro dos crimes cibernéticos frequentes, onde informações pessoais e financeiras são roubadas para serem vendidas ou usadas em atividades fraudulentas. Bilhões de dados já foram vazados nos últimos anos. No Brasil mesmo, é frequente encontrar notícias a respeito disso.
  • Os ataques de negação de serviço (DDoS) visam sobrecarregar servidores com tráfego excessivo, tornando-os indisponíveis. Em 2016, um dos maiores ataques DDoS da história, dirigido ao provedor de DNS Dyn, derrubou grandes partes da internet, afetando sites como Twitter, Netflix e Reddit. Até hoje, as empresas buscam se proteger disso.

Esses crimes não apenas causam prejuízos financeiros significativos, mas também colocam em risco a privacidade e a segurança de indivíduos e organizações.

A conscientização e a adoção de práticas de segurança cibernética são essenciais para mitigar esses riscos. O uso de autenticação multifator, atualização regular de software e a educação sobre ameaças cibernéticas são passos cruciais para proteger-se nesse ambiente digital cada vez mais perigoso.

Você deve querer saber hoje:

Cuide da sua privacidade

Uma dica bastante útil para todas as pessoas que estão na internet consiste em prezar e cuidar da sua privacidade de todas as maneiras possíveis.

Esse ato pode desestimular os crimes cibernéticos contra você, contra sua empresa e outras pessoas a sua volta. Crie maneiras de conversar com amigos e familiares para que certifique-se de que ninguém está usando as informações de outra pessoa de modo indevido e até fora da lei.

Em casos de golpes e suspeitas procure uma delegacia de polícia e busque e busque sempre reunir as provas que puder para assegurar seus direitos.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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