Você já tentou iniciar uma tarefa no trabalho, mas acabou perdendo completamente a concentração por escutar um simples toque no seu telefone? Ou ainda, no meio de um relatório importante, sua mente começou a falar sobre outros assuntos, como, por exemplo, o que comer na hora do jantar?
Se cenários como esse parecem totalmente possíveis para você, saiba que você não está sozinho. Se você sente que sua capacidade de concentração é muito fraca, é importante saber que você faz parte de uma grande multidão de pessoas que passam pelos mesmos problemas.
Conforme estudo realizado pela Universidade da Califórnia, somos capazes de manter o foco em uma tarefa por apenas 12 minutos antes que aconteça alguma interrupção. O impacto é ainda mais significativo, tendo em vista que levamos cerca de 25 minutos para retornar efetivamente a tarefa original após nos distrairmos.
Mas afinal de contas, por que temos essa atração irresistível pela distração? Por que nossa atenção parece se desfazer tão facilmente diante de qualquer interrupção?
A resposta, ao contrário do que poderia parecer, não é tão simples quanto culpar o som de uma mensagem, o zumbido de uma notificação ou até mesmo o alerta de um e-mail. Nossas distrações vão além desses invasores externos de nosso foco; são mais complexas e pessoais.
Há um elemento intrínseco dentro de nós, dentro de nossas mentes, que nos afasta das tarefas designadas, atraindo-nos para a distração. Mas o que seria exatamente esse elemento? Vamos explorar as causas subjacentes das nossas distrações.
Vamos investigar os culpados por trás dessa dança constante com a distração:
Nosso cérebro é uma máquina incrível, projetada para absorver novas informações e se adaptar ao ambiente. Entretanto, essa característica, embora valiosa, também pode ser uma fraqueza. A natureza dinâmica do cérebro, sempre em busca de novos estímulos, pode levar à perda de foco em nossas tarefas atuais.
Estudos na área da neurologia, envolvendo tanto humanos quanto primatas, revelaram que nossa concentração não é contínua, mas composta por rajadas curtas. Entre essas rajadas, ocorre a distração, uma pausa em que o cérebro avalia o ambiente em busca de algo mais crucial.
Se nada de maior importância é identificado, o foco é retomado, mas não sem antes perder preciosos minutos por causa da distração. Essa dualidade inerente ao nosso instinto humano torna o foco uma tarefa desafiadora, especialmente em um mundo rico em informações e entretenimento.
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Vivemos em uma era privilegiada, onde a tecnologia e a internet oferecem um número quase infinito de recursos para aprender, conectar e entreter. No entanto, esse privilégio também apresenta desafios. As ferramentas que impulsionam nossa produtividade têm o poder igualmente potente de nos envolver em uma cadeia de distrações.
Estatísticas revelam a extensão desse problema: impressionantes 84,4% das pessoas, em média, relatam estar distraídos no trabalho. Os vilões costumeiros incluem e-mails (26%), telefonemas e mensagens de texto (55%), colegas de trabalho (27%) e a internet, com sua infinidade de informações e entretenimento, distraindo 41% das pessoas. Adicionalmente, uma pesquisa da Korn Ferry revela que esmagadores 67% dos trabalhadores sentem que seu trabalho impactante é muitas vezes marginalizado pelo tempo excessivo gasto em reuniões e chamadas.
Além disso, em um outro estudo descobriu-se que nossas ondas cerebrais pulsam em frequências diferentes dependendo do tipo de estímulo externo. O ritmo é mais rápido para estímulos automáticos, mas torna-se mais lento para tarefas nas quais escolhemos conscientemente nos concentrar.
Essa dinâmica torna cada vez mais desafiador manter o foco em nosso mundo agitado, onde as distrações são barulhentas, persistentes e implacáveis em sua tentativa de chamar nossa atenção. Imagine-se imerso em um projeto crucial, quando de repente seu telefone emite uma notificação.
Esse pequeno som aparentemente insignificante é suficiente para interromper sua concentração, e recuperar o foco torna-se uma tarefa mais árdua do que se poderia imaginar. O mesmo ocorre com manchetes ou postagens intrigantes nas redes sociais que competem pela sua atenção, afastando-o de sua tarefa e mergulhando-o em uma infinidade de distrações.
Apesar da complexidade de nossos cérebros, existe uma peculiaridade surpreendente: a propensão a se desviar. Uma pesquisa da Universidade de Harvard nos trouxe dados surpreendentes: 47% do tempo, nossas mentes não estão onde acreditamos que estão. Essa descoberta revela que quase metade do tempo em que pensamos estar totalmente concentrados em uma tarefa, nossos pensamentos estão vagando por locais completamente diferentes.
Essa tendência não é necessariamente um reflexo de falta de comprometimento ou interesse. A capacidade inata de atenção tem seus limites, semelhante ao tanque de combustível de um veículo. Ao atingir esse limite, nosso foco naturalmente busca novos horizontes, como um viajante que busca por novas paisagens.
Imaginem-se imersos em uma tarefa prolongada, que exige horas de atenção total. Inicialmente, o entusiasmo e a concentração podem ser vigorosos, mas, com o tempo, a atenção, quase imperceptivelmente, começa a divagar. Isso não é necessariamente indicativo de falta de dedicação; muitas vezes, é uma resposta humana à monotonia. Nossos cérebros anseiam por uma pausa, buscam alívio da exaustão ou até mesmo anseiam por um estímulo diferente devido ao simples tédio.
Em essência, nosso curto período de atenção não é uma falha, mas sim uma característica do design humano. Reconhecer esse fato pode ser o primeiro passo para desenvolver estratégias eficazes que trabalhem em harmonia com nossa natureza, em vez de contra ela.
Quando é que você participou de uma aula específica para aprender sobre gerenciamento de tempo? Para a maioria das pessoas, essa é uma habilidade fundamental, mas que, infelizmente não foi ensinada durante nossa infância ou ainda nos anos escolares. Dessa forma, frequentemente as pessoas aprendem a administrar o tempo por meio da tentativa e erro, um processo que claramente leva ao desperdício de tempo e oportunidades.
A falta de habilidades claras de gerenciamento de tempo pode alimentar as chamas da distração, minando a produtividade. Eis como:
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