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Técnica Sanduíche: aprenda a ter conversas difíceis no trabalho

Conflitos e questões complicadas fazem parte de qualquer relacionamento, seja no trabalho ou na vida amorosa. Mas encarar esses momentos pode dar uma baita ansiedade pra muita gente.

Se não forem bem conduzidas, essas conversas podem acabar mal, gerando mal-entendidos e até piorando a situação. É aí que entra a “Técnica Sanduíche”, uma forma bem eficiente de lidar com essas situações de um jeito mais leve e produtivo.

Também chamada de “feedback sanduíche”, essa técnica mistura reforço positivo com críticas construtivas. A ideia é simples: você coloca a crítica no meio de dois elogios. Isso ajuda a suavizar o impacto e faz a conversa fluir melhor, sem parecer um ataque. Vamos ver como dá pra aplicar isso tanto no trabalho quanto nos relacionamentos pessoais.

Comece com positividade na conversas

Quando for ter uma conversa delicada, o ideal é começar reconhecendo algo positivo. Isso ajuda a pessoa a não se sentir atacada logo de cara, abrindo o caminho pra crítica de forma mais tranquila. Quando começamos com um elogio, mostramos que valorizamos a pessoa, o que deixa o ambiente mais acolhedor.

Um estudo da Associação Americana de Psicologia mostrou que receber um feedback positivo antes de uma crítica pode reduzir bastante o impacto emocional. Isso porque o elogio inicial gera uma confiança maior, o que faz a pessoa aceitar a crítica de forma mais aberta. No trabalho, por exemplo, você pode dizer: “Tenho visto o quanto você tem se esforçado, e realmente admiro a dedicação que você coloca nos projetos.”

A crítica construtiva (O Recheio)

Depois do elogio, é hora de entrar na parte mais delicada: a crítica. Aqui, é importante focar nos comportamentos e não na personalidade da pessoa. Um estudo da Carnegie Mellon University descobriu que críticas voltadas pro lado pessoal geram mais resistência e até humilhação. Então, ao criticar, seja específico e mostre como aquilo impacta o trabalho ou o relacionamento.

Em vez de dizer “Você sempre erra”, o que parece um ataque pessoal, tente algo mais específico: “Percebi que alguns detalhes foram esquecidos no último relatório, e isso acabou impactando o andamento do projeto. O que podemos fazer pra evitar isso no futuro?” Assim, a crítica vira uma oportunidade de reflexão e colaboração, sem soar ofensiva.

Feche com encorajamento

Pra terminar, o ideal é finalizar com uma mensagem de incentivo. Isso garante que a pessoa saia da conversa se sentindo apoiada e motivada a melhorar, em vez de só carregar o peso da crítica.

No trabalho, por exemplo, depois de apontar a crítica, você pode dizer: “Sei que você é capaz de entregar um trabalho excelente, e tenho certeza que com um pouco mais de atenção, esses erros não vão mais acontecer.”

Essa conclusão positiva reafirma a confiança que você tem na pessoa e deixa ela mais motivada a buscar soluções.

Você precisa saber disso, mas ainda hoje:

Dicas pra usar a técnica sanduíche com eficácia nas conversas

Embora a técnica seja simples, tem algumas dicas que podem fazer ela funcionar ainda melhor. A primeira é sempre ser sincero. Elogios forçados podem soar manipuladores, e aí o tiro sai pela culatra. Então, faça elogios verdadeiros e baseados em algo real que a pessoa fez.

Outra dica é evitar usar “mas” pra fazer a transição entre o elogio e a crítica. O “mas” geralmente faz a pessoa esquecer o elogio e focar só na crítica. Tente usar “e” no lugar, mantendo um tom mais colaborativo. Tipo: “Você mandou bem nesse relatório, e acho que com uma revisão final, ele vai ficar ainda melhor.”

Se for o caso, não tenha medo de pedir desculpas. Admitir sua parte em uma situação mostra humildade e cria um clima de parceria. Isso pode equilibrar a conversa e deixar claro que você tá disposto a resolver o problema juntos.

Por último, escute o outro lado. Deixar a pessoa falar e trazer a perspectiva dela pode abrir seus olhos pra algo que você nem tinha considerado. Isso fortalece o diálogo, cria empatia e aumenta as chances de uma solução.

A Técnica Sanduíche é uma ótima maneira de lidar com conversas difíceis, seja no trabalho ou na vida pessoal. Ao combinar elogios sinceros com críticas construtivas e um incentivo final, você cria um ambiente mais aberto pra mudanças e diálogos mais produtivos.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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