É comum encontrara pessoas adultas reclamando que não têm mais tempo para nada, que o pouco que sobra não dá para fazer muita coisa. Mas por que quando crescemos a sensação é a de que os ponteiros do relógio correm depressa? A ciência pode dar alguns dados bem interessantes.
Se você já teve a sensação de que o tempo passa mais rápido conforme envelhece, saiba que não está sozinho. Muitas pessoas relatam essa percepção, que se dá especialmente após os 35 anos de idade.
A ciência tem algumas teorias para explicar esse fenômeno e dá pistas para encontrarmos algumas soluções, quem sabe. A principal ideia é que nossa percepção do tempo está ligada à forma como processamos novas informações e ao modo como nossas memórias funcionam.
A primeira teoria é baseada na quantidade de novas informações que absorvemos ao longo da vida. Quando somos jovens, tudo ao nosso redor é novo e excitante. Cada experiência, viagem ou atividade escolar dá à nossa mente um universo de descobertas.
Em contrapartida, Já na fase adulta, muitas dessas experiências se tornam rotineiras, e nosso cérebro acaba processando menos novidades.
O psicólogo Robert Ornstein, em estudos realizados na década de 1960, mostrou que nossa percepção do tempo é influenciada pela quantidade de novas informações que processamos. Ou seja, quanto mais coisas novas se aprende, maior é a sensação de que o tempo passa bem “devagarzinho”.
Em seu experimento, Ornstein mostrou diagramas com diferentes graus de complexidade a voluntários. Aqueles que observaram os desenhos mais complexos disseram que o tempo parecia passar mais devagar, mesmo que todos tivessem visto os diagramas pelo mesmo período. Ou seja, a quantidade de informações dá a sensação de quem tudo caminha lento.
Quando somos expostos a muitos estímulos novos, nosso cérebro trabalha mais para processá-los, o que faz com que o tempo pareça mais longo.
Ao contrário disso, quando nossa rotina é repetitiva e já conhecemos bem o ambiente em que vivemos, o cérebro “pula” muitas dessas informações. Isso contribui para a sensação de que o tempo está “acelerando”.
Outra explicação interessante da ciência está relacionada à velocidade com que nosso cérebro processa imagens e informações ao longo dos anos. Já dá para perceber que essa teoria também se baseia no processamento de dados ao longo do tempo.
O professor Adrian Bejan, da Universidade Duke, argumenta que conforme envelhecemos nossos neurônios e nervos ficam mais complexos e os sinais demoram mais tempo para serem processados. Ou seja, a velocidade de percepção das coisas diminui com a idade.
Quando somos jovens, nossos cérebros são capazes de processar muitas imagens e informações com velocidade acima do esperado.
Por isso, os dias parecem mais longos, mas, à medida que envelhecemos, esse processamento se torna mais lento. Assim, temos a impressão de que os dias e semanas passam com maior rapidez, embora o relógio continue marcando o tempo da mesma forma.
Saiba disso, mas ainda hoje:
Além disso, existe uma explicação baseada na proporção. Um ano na vida de uma criança de 10 anos representa 10% de sua vida total até aquele momento. Já para um adulto de 50 anos, um ano é apenas 2% de toda a sua existência.
Essa diferença proporcional pode fazer com que a passagem de tempo pareça mais rápida na idade adulta.
Neurocientistas como Muireann Irish e Claire O’Callaghan explicam que a forma como medimos o tempo está relacionada às nossas memórias. Quanto mais eventos importantes e memoráveis conseguimos armazenar ao longo do tempo, mais lento ele parecerá ter passado.
Já quando vivemos períodos de repetição e rotina, sem novos marcos significativos, a sensação é de que os dias, meses e até anos passam voando.
Aqui, vale destacara que um dos fatores que contribui para essa percepção é a falta de novas experiências à medida que envelhecemos. Nesse sentido, as crianças e os adolescentes estão constantemente enfrentando desafios novos. As experiências ricas e variadas ajudam a criar memórias “limpas” e detalhadas, alongando a percepção do tempo.
As pessoas adultas acabam seguindo rotinas mais rígidas, as quais dão mais monotonia à vida. O trajeto Como resultado, o tempo dá a impressão de estar mais curto, já que o cérebro não está registrando tantas novidades.
Viajar para lugares diferentes, aprender uma nova habilidade ou até mesmo adotar hobbies que exijam concentração e atenção pode ajudar a criar novas memórias e tornar os dias mais “longos” novamente.
Dê à sua vida mais movimento e descobertas, analise cenários mais complexos e encontre soluções criativas. Isso tudo fará com que seus dias pareça bem mais longos do que são.
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