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Até dia 11! Como ver o novo cometa passando pela Terra

Os entusiastas da astronomia terão a chance de observar um dos fenômenos mais aguardados do ano: o cometa C/2023 A3, também chamado de Tsuchinshan–ATLAS.

Ele poderá ser visto a olho nu em várias partes do Brasil, especialmente para aqueles que estiverem atentos antes do amanhecer. A expectativa é alta, pois muitos astrônomos estão chamando esse corpo celeste de “Cometa do Século”.

O que é o Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS)?

Descoberto em janeiro de 2023, de forma independente, por dois observatórios — o Observatório de Tsuchinshan, na China, e o projeto ATLAS, no Havaí — o cometa C/2023 A3 está se aproximando cada vez mais do Sol.

Com essa aproximação, sua visibilidade vai aumentar, proporcionando um espetáculo raro no céu noturno. O fenômeno já está sendo observado desde meados de setembro e promete ficar ainda mais brilhante nas próximas semanas.

Por que “Cometa do Século”?

O apelido “Cometa do Século” tem a ver com a expectativa de que o brilho do C/2023 A3 alcance níveis comparáveis aos do famoso cometa Hale-Bopp, que brilhou intensamente em 1997.

O Hale-Bopp foi um dos mais brilhantes cometas da segunda metade do século XX, e muitos especialistas acreditam que o C/2023 A3 possa alcançar uma magnitude semelhante, o que o tornaria visível até para quem não possui equipamentos de observação, como binóculos ou telescópios.

Segundo o astrônomo Pedro Bernardinelli, a combinação da proximidade da Terra e do Sol, somada à geometria da órbita do cometa, cria condições ideais para intensificar seu brilho.

“Assim como o Hale-Bopp, o C/2023 A3 tem tudo para ser um dos cometas mais brilhantes das últimas décadas”, explica Bernardinelli, reforçando a expectativa de um show celeste.

Dicas para observar o cometa

O C/2023 A3 estará mais visível nas primeiras horas da manhã, antes do nascer do sol, olhando para a direção leste. No entanto, como a trajetória do cometa vai mudando conforme ele se aproxima e depois se afasta do Sol, as dicas de observação também variam.

Até o dia 7 de outubro, o melhor horário será de madrugada, sempre no leste. Entre 7 e 11 de outubro, o cometa estará muito perto do Sol, o que pode dificultar a visualização devido ao brilho solar.

Após o dia 12 de outubro, a visualização muda para logo após o pôr do sol, no oeste, perto do horizonte. Por volta do dia 13 de outubro, o cometa deve atingir seu brilho máximo, potencialmente alcançando uma magnitude de 3,0 ou até 2,0.

Quanto menor esse número, mais brilhante é o objeto, o que significa que o C/2023 A3 pode se tornar visível a olho nu em regiões com céu limpo e pouca poluição luminosa.

Você precisa saber disso ainda hoje:

Será possível ver a olho nu?

Embora a expectativa seja alta, a visibilidade de cometas é difícil de prever com precisão. A luminosidade desses corpos celestes pode oscilar bastante, e existe até mesmo a chance de o cometa se fragmentar em sua passagem pelo Sol. Como o C/2023 A3 é composto de rochas e gelo, a intensa proximidade ao nosso astro pode causar sua desintegração.

Apesar disso, muitos astrônomos estão otimistas de que ele sobreviverá a essa passagem e continuará visível até o fim de outubro.

Para garantir uma boa observação, é recomendável o uso de aplicativos de astronomia, como Star Walk 2 ou Sky Tonight, que ajudam a localizar o cometa no céu. Esses apps permitem que você identifique a posição exata do C/2023 A3, facilitando o acompanhamento do fenômeno.

Um espetáculo para não perder

Com a previsão de que o C/2023 A3 se torne um dos cometas mais brilhantes dos últimos tempos, este é um fenômeno que vale a pena acompanhar. Mesmo que haja incertezas quanto à sua fragmentação ou oscilações de brilho, os próximos dias prometem uma rara oportunidade de observação.

Até o momento, os registros feitos por observadores ao redor do mundo mostram que o cometa está seguindo uma trajetória que o coloca cada vez mais em destaque no céu noturno.

Se você é um apaixonado por astronomia ou simplesmente gosta de admirar o céu, não perca essa chance de observar o “Cometa do Século”. Mesmo que ele não atinja o brilho máximo esperado, a sua passagem é uma lembrança de como o universo é cheio de surpresas e espetáculos.

Fique atento às condições climáticas, escolha um local com pouca interferência luminosa e aproveite para observar esse fenômeno raro que estará visível em todo o Brasil.

Rodrigo Peronti

Jornalista, especializado em Semiótica. Já atuou em grandes veículos de comunicação do país.

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