Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com base no Censo da Educação Superior, cerca de 56% dos estudantes que ingressam em uma universidade no Brasil acabam desistindo no meio do caminho ou trocam de curso durante a graduação.
Entre os motivos para a desistência, os dados indicam que a não identificação com o curso, dificuldades financeiras ou até mesmo a necessidade de mudar o turno fazem com que a maioria dos estudantes desista da escolha inicial do curso.
Embora os números sejam alarmantes, com mais da metade dos alunos parando ou trocando de curso, outro dado preocupante, publicado pela ZipRecruiter, identificou quais são os cursos cujos formandos mais se arrependem de suas escolhas profissionais.
Essa situação nos apresenta dois aspectos de um mesmo problema: além da desistência e mudança de curso, muitos alunos que conseguem se formar se arrependem da escolha feita após a conclusão da graduação.
A ZipRecruiter questionou mais de 1,5 mil pessoas formadas que estavam procurando emprego sobre os cursos de graduação que haviam concluído e conseguiu identificar um número significativo de profissionais arrependidos pela escolha profissional que fizeram.
Conforme o estudo, dois fatores foram determinantes para identificar as graduações que causam maior arrependimento entre os recém-formados: o primeiro é a baixa remuneração, e o segundo, a escassez de boas oportunidades de trabalho.
A combinação de baixas projeções salariais e dificuldades para encontrar um emprego resultou na identificação dos cursos com maior índice de arrependimento. Nesse contexto, 44% dos entrevistados totais afirmaram que, se pudessem voltar no tempo, teriam escolhido outro curso universitário para seguir.
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Se você se formou em uma área com baixas oportunidades de trabalho e salários, a primeira recomendação é considerar a requalificação ou o aprimoramento de suas habilidades. Dados do Bureau of Labor Statistics dos EUA mostram que certas indústrias, como tecnologia da informação, saúde e engenharia, não apenas apresentam maior crescimento de empregos, mas também salários acima da média.
Investir em cursos de especialização, certificações ou até mesmo uma pós-graduação em áreas com alta demanda pode aumentar significativamente suas chances no mercado de trabalho e potencial de ganhos a médio prazo. Programas de pós-graduação, cursos de especialização e certificações profissionais são altamente valorizados no Brasil e podem ser um diferencial competitivo.
Instituições como a SENAI e a SENAC, além de universidades, oferecem cursos alinhados com as demandas do mercado que podem ajudar na transição para áreas em crescimento. A digitalização da educação também facilitou o acesso a cursos oferecidos por plataformas internacionais, como Coursera e Udemy, que permitem a aquisição de novas habilidades de forma acessível.
Além da educação formal, a experiência prática, seja por meio de estágios, projetos freelancers ou voluntariado, é fundamental para entrar em um novo campo. Construir uma rede de contatos profissionais e se manter atualizado sobre as tendências do mercado também são passos importantes.
Plataformas de networking, como o LinkedIn, podem ser excelentes recursos para conectar-se com profissionais da área de interesse e descobrir oportunidades. Em um cenário de constante mudança, a capacidade de adaptar-se e a disposição para aprender continuamente são as chaves para superar as limitações iniciais da escolha de formação e encontrar satisfação e sucesso na carreira.
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