Para algumas pessoas, evitar fazer dívidas pode ser uma tarefa bem mais complicada do que parece. Não importa a forma do pagamento, quando é feito sem controle prévio, pode levar muitos a se atrapalharem com suas finanças devido a gastos excessivos, que acarretam dívidas difíceis de serem contornadas.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que o endividamento dos brasileiros alcançou o maior nível histórico já registrado: 77,9% da população.
O último levantamento realizado pelo Serasa mostrou que 69,43 milhões de pessoas entraram em 2023 com nome restrito.
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Diante deste cenário, o especialista em finanças pessoais, João Victorino, acredita que os gastos sem controle são uma das principais causas para o endividamento.
Pois a partir do momento que as pessoas compram por impulso, não estão pensando nas consequências e que essa ação pode gerar problemas no momento de pagar pelas contas.
Segundo João, é preciso prestar atenção aos detalhes para não se atrapalhar. “Não existem regras sobre qual é a melhor forma de pagamento, mas não fazer parcelamentos a perder de vista, principalmente com juros, de itens supérfluos e não parcelar itens essenciais como mercado e combustível. Pois se tratam de despesas recorrentes que surgem todos os meses, são questões que devem ser consideradas”, explica.
Um grande problema enfrentado pela população é ter várias formas de pagamento, como cartão de crédito, cartão de débito, cheque, dinheiro e PIX, e não conseguir administrá-las adequadamente.
Para João, não possuir uma organização financeira bem estruturada para ter controle de tudo que é comprado é prejudicial e compromete o orçamento a longo prazo.
Segundo o especialista, as vantagens que a conveniência dos meios de pagamentos digitais trouxeram à vida das pessoas devem ser acompanhadas de um estrito controle sobre os gastos.
“No exemplo de compras no cartão de crédito, a fatura mensal do cartão deve ser acompanhada no detalhe.
E os eventuais desvios do controle devem ser imediatamente corrigidos com a redução de alguma outra despesa do mês no mesmo valor do ‘estouro’. Lembremos que remédio que cura também pode matar se usado em excesso”, destaca.
Apesar de muitos culparem, principalmente, o cartão de crédito, quando usado com cuidado pode ser um suporte para o dia a dia, atuando como forma de controle pela concentração de gastos em um lugar só (que você pode ficar olhando o tempo todo em caso de excesso. Até pedir a redução do limite para evitar cair na tentação. A psicologia descreve gatilhos que não conseguimos controlar – para os gastos, às vezes a conveniência pode prejudicar.
No entanto, João afirma que para que todos esses benefícios funcionem é fundamental ter uma consciência financeira muito bem desenvolvida. “Não existe mágica e nem truque, mas planejamento. Gastar em qualquer forma de pagamento precisa ser uma ação planejada e não por impulso”, afirma.
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Para finalizar, João Victorino separou algumas dicas para evitar o endividamento:
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