5 programas TV que todo mundo assistia nos anos 80
Muitos programas dos anos 80 marcaram a nossa televisão. Naquela época os apresentadores faziam coisas no ar que hoje não seria mais possível
Muitos programas dos anos 80 marcaram a nossa televisão. Naquela época os apresentadores faziam coisas no ar que hoje não seria mais possível. O comunicador Chacrinha, em seus programas, jogava bacalhau para o auditório. Os Trapalhões tinham quadros que hoje poderiam ser interpretados como ofensivos. Mas nos anos 80, eles conseguiram juntar diante da TV toda a família.
1. “Chacrinha”
José Abelardo Barbosa Medeiros, conhecido como Chacrinha, passou um tempo apresentando seu programa em outras emissoras como Tupi, Band e SBT. Mas em 1982, ele retornou à Globo para apresentar seu programa nas tardes de sábado. Na Vênus Platinada, a atração foi batizada de “Cassino do Chacrinha”.
Durante as duas de programa eram realizados concursos e shows de calouros. O comunicador fez grande sucesso nas tardes de sábado da Globo, última emissora que trabalhou antes da sua morte. Ele faleceu em 30 de junho de 1988.
2. “TV Pirata”
“TV Pirata” era um programa inovador para os padrões brasileiros e apresentava um humor sofisticado que lembrava atrações como as dos ingleses ‘Monty Python’ e dos americanos do ‘Saturday Night Live’.
Segundo o Memória Globo, o programa reunia, entre outros, escritores consagrados como Luis Fernando Verissimo; dramaturgos expoentes do teatro apelidado pela imprensa de besteirol, como Mauro Rasi, Vicente Pereira, Pedro Cardoso e Felipe Pinheiro; e os humoristas da Casseta Popular e do Planeta Diário, Hubert, Reinaldo, Bussunda, Claudio Manoel, Helio de La Peña, Beto Silva e Marcelo Madureira.
O elenco era formado por Marco Nanini, Louise Cardoso, Ney Latorraca, Débora Bloch, Diogo Vilela, Claudia Raia, Guilherme Karan, Cristina Pereira, Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães. Os dois últimos eram ex-integrantes do lendário grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone, do qual também saiu Patricya Travassos, que fazia parte da equipe de redatores.
TV Pirata’ satirizava a própria programação televisiva: as telenovelas, os telejornais, os programas de entrevistas, os seriados, os programas esportivos, os videoclipes, os shows, os anúncios comerciais e as mensagens de utilidade pública. A Globo era, evidentemente, o alvo principal.
3. “Os Trapalhões”
O sucesso dos “Trapalhões” começou na extinta TV Tupi. O programa fazia tanto sucesso nas noites de quinta-feira, que passou a incomodar a Globo.
Renato Aragão, Manfried Sant’Anna (o Dedé Santana), Roberto Guilherme e o novato Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum (integrante do grupo Originais do Samba) foram contratados para atuar na TV Record, dando origem ao programa Os Insociáveis. No entanto, foi somente na TV Tupi, algum tempo depois, que eles adotaram de vez o nome Os Trapalhões. Nessa fase da Tupi, Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias, juntou-se ao grupo.
Em março de 1977, “Os Trapalhões” trocaram a Tupi pela Globo. A atração passou a ir ao ar aos domingos, antes do Fantástico. O programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados com números musicais, exibidos sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios Trapalhões.
4. “Armação Ilimitada”
Juba e Lula são sócios na ‘Armação Ilimitada’, uma empresa prestadora de serviços, e topam qualquer desafio: de competições esportivas a cenas arriscadas como dublês de anúncios para a TV.
Em 1985, o regime militar estava chegando ao fim. No entanto, a censura ainda resistia. Mesmo assim, os primeiros desejos de liberdade e democracia foi a inspiração para a criação da série “Armação Ilimitada”. O programa se tornou um das atrações mais influentes na história da TV brasileira.
Foi criado por Antônio Calmon, Patricya Travassos, Euclydes Marinho, Nelson Motta Christine Nazareth e Daniel Más; [a partir de 1986] Vinícius Vianna e Charles Peixoto; [a partir de 1987] Mauro Rasi, Vicente Pereira, Maria Carmem Barbosa e Guel Arraes. Teve um total de 40 episódios.
Juba (Kadu Moliterno) – Melhor amigo de Lula (André de Biasi) é o mais prudente entre os dois. Ex-estudante de Direito, vive um conflito interno e com a família pelo fato de nunca ter se formado advogado, como queria seu pai. Assim como Lula, é apaixonado por Zelda (Andréa Beltrão) e gosta de Bacana (Jonas Torres) como se fosse um pai.
Zelda tinha um chefe, interpretado pelo excelente ator Francisco Milani. O personagem não tem um nome, apenas o cargo: é o editor-chefe do jornal sensacionalista Correio do Crepúsculo. Tem discussões calorosas e cômicas com Zelda, sua repórter contestatária, que incluem inúmeras metáforas e expressões idiomáticas visualizadas ao pé da letra – como “pisar em ovos” e “rasgar seda”.
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5. “Topo Gigio”
Topo Gigio estreou no Brasil em 1969, no programa Mister Show, da TV Globo. O ratinho contracenava com o humorista Agildo Ribeiro e a voz era dublada pelo italiano Peppino Mazzullo, que não sabia falar português e decorava as frases a serem ditas apenas de maneira fonética, sem saber a tradução.
O programa era exibido em horário nobre, nas noites de quinta-feira e teve grande audiência. Além de Agildo Ribeiro, Topo Gigio também contracenou com a atriz Regina Duarte. Em 1970, Agildo Ribeiro saiu do programa e Luís Carlos Miele assumiu a atração por um curto período.
Depois de mais de dez anos fora da televisão brasileira, Topo Gigio voltava ao ar na Rede Bandeirantes em 1983, com o programa Boa Noite Amiguinhos, onde o personagem também era dublado pelo italiano Peppino Mazzullo. O programa não teve bons índices de audiência, ficando no ar por menos de um ano.
Em 1987, o programa Boa Noite Amiguinhos voltou e durou dois anos no ar. Inicialmente, com a voz de Cassiano Ricardo, mais tarde a voz do personagem passou a ser feita por Laert Sarrumor, vocalista da banda Língua de Trapo.
No programa, o boneco fazia dupla com o ator Ricardo Petraglia, que era apelidado carinhosamente por Topo Gigio de “Dick Petra”. Nessa época, também foram lançados dois LPs com músicas cantadas pelo personagem: Topo Gigio no Brasil e Topo Gigio: Volume 2, ambos lançados em 1987 pela Disco Ban.
Ainda nesse ano, um filme foi produzido em 1989: Topo Gigio no Castelo do Conde Drácula, que foi lançado diretamente para VHS e contou com a atriz Samantha Monteiro no elenco.
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