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5 síndromes ocupacionais que ninguém conhece mas muita gente tem

Existem muitas síndromes que as pessoas podem desenvolver em decorrência do trabalho, contudo, quase ninguém sabe sobre elas

A nossa rotina de trabalho costuma ser super estressante e desafiadora, o que coloca em cheque uma prioridade que negligenciamos muitas vezes: a saúde ocupacional. Enquanto algumas condições são amplamente conhecidas, como, por exemplo, os acidentes de trabalho, existem muitas síndromes ocupacionais pouco conhecidas que podem estar comprometendo absurdamente a saúde mental dos trabalhadores.

São consideradas doenças ocupacionais qualquer tipo de complicação de saúde que os trabalhadores apresentam em decorrência do seu trabalho ou ainda das condições de trabalho. Um fato agravante ocorre porque, grande parte das pessoas desconhecem os problemas ocupacionais, e como consequência, negligenciam completamente seus cuidados.

Pensando nisso, hoje nós decidimos trazer cinco síndromes ocupacionais que são super comuns em grande parte dos trabalhadores, mas que possuí um grande ponto de alerta, poucas pessoas sabem sobre elas. Se você está sentindo que algo não vai bem, é bom se atentar a esse assunto e quem sabe, descobrir algum possível problema invisível que você esteja enfrentando.

Síndrome de Burnout: Esgotamento pelo trabalho

Dentre as síndromes ocupacionais “mais” conhecidas, temos a síndrome de Burnout. O termo “burnout” é empregado para descrever um tipo de estresse crônico associado ao ambiente de trabalho. O psicólogo Herbert Freudenberger introduziu essa expressão em 1974, não inspirado pelos pacientes de uma clínica de dependentes químicos e moradores de rua, mas sim pelos próprios funcionários da clínica. O excesso de trabalho intenso levou muitos a experimentarem desmotivação e esgotamento emocional.

Freudenberger definiu essa condição alarmante como um estado de exaustão resultante de uma carga de trabalho excessiva e prolongada. Isso culmina em uma perda de entusiasmo pelo trabalho, desencanto profissional e baixa realização pessoal.

No início de 2022, a última revisão da Classificação Internacional de Doenças da OMS incluiu o esgotamento como uma problemática vinculada ao trabalho, caracterizada por três dimensões: exaustão física, mental ou emocional; afastamento mental do trabalho ou sentimentos negativos relacionados a ele; e redução nos níveis de eficiência e motivação.

Síndrome do Impostor: Quando se acredita ser uma fraude

A síndrome do impostor ocorre quando uma pessoa atribui seu sucesso mais à sorte ou ao acaso do que ao seu próprio esforço. Geralmente, afeta pessoas inseguras no ambiente de trabalho, que estão sempre insatisfeitas ou que se sentem mais deslocadas.

As pessoas que vivenciam essa síndrome sentem que nunca estão à altura, duvidando de sua competência e se considerando impostores ou fraudes. Pesquisas alertam que até 89% das pessoas já enfrentaram essa síndrome em algum momento da vida, com maior incidência entre profissionais.

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Síndrome de Ganimedes: Aprisionado em uma única tarefa

Segundo a mitologia grega, o deus Zeus ficou tão impressionado com a beleza de troiano chamado Ganimedes que o sequestrou para mantê-lo ao seu lado no Olimpo. Já no Olimpo, Zeus concedeu-lhe o dom da imortalidade, tornando-o o copeiro oficial dos deuses, atividade à qual ficou limitado por toda a eternidade.

Inspirada neste conto da mitologia grega, a síndrome de Ganimedes reflete a situação em que um indivíduo realiza repetidamente uma mesma tarefa, sem perspectivas de evolução ou mudança de função.

Em organizações que limitam o crescimento e desenvolvimento dos funcionários, a síndrome de Ganimedes acaba surgindo com mais frequência, pois eles são categorizados em uma única atividade, justificada pela eficácia percebida e benefícios para a empresa.

O constrangimento resultante de preconceitos e limitações impostas pelos superiores acaba por frustrar o trabalhador, que vê suas asas e aspirações cortadas. A motivação diminui diante da impossibilidade de aprender algo novo ou crescer profissionalmente.

Síndrome de Estocolmo: O vínculo perverso no trabalho

A síndrome de Estocolmo, originalmente relacionada a um vínculo afetivo paradoxal entre reféns e sequestradores, pode também manifestar-se no trabalho. Neste caso, a síndrome está associada a atitudes abusivas ou assédio moral, levando alguns colaboradores a desenvolverem uma simpatia inexplicável por seus agressores, seja durante ou após as situações de abuso.

Muitos permanecem em silêncio diante de comportamentos violentos, defendendo atitudes prejudiciais dos colegas. Medo de perder o emprego, exclusão em promoções e benefícios, ou a normalização de culturas organizacionais agressivas são motivos para essa dinâmica prejudicial.

Síndrome do trabalhador bolha: O trabalho que invade a vida pessoal

A síndrome do trabalhador-bolha descreve a dificuldade de muitos funcionários em desconectar-se de suas responsabilidades profissionais, mesmo fora do expediente regular, nos finais de semana ou feriados.

Esses profissionais mantêm uma conexão constante com dispositivos digitais, verificando e-mails, lendo relatórios ou acompanhando assuntos relacionados ao trabalho. Além disso, sofrem de uma incapacidade de separar a vida profissional da pessoal, persistindo em pensamentos incessantes sobre o trabalho.

Em resumo, trata-se de uma condição na qual as fronteiras entre a vida profissional e pessoal se tornam indistintas, impactando negativamente o bem-estar e a qualidade de vida desses indivíduos.

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