Podemos falar muitas coisas sobre a economia, seja a inflação que aumenta os custos de praticamente tudo e, consequentemente, eleva o preço aos consumidores finais. Mas uma coisa que precisamos dizer é do encolhimento da renda da classe média.
Segundo dados inéditos da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), com base em declarações de Imposto de Renda e pesquisas do IBGE, a classe média lidera a perda de renda desde a pandemia, impulsionando ainda a desigualdade.
De acordo com estudo inédito do Instituto Locomotiva, o percentual da população brasileira pertencente à chamada classe média tradicional caiu de 51% em 2020 para 47% em 2021. Desde então, infelizmente não tivemos mais levantamos sobre a renda da classe média do Brasil, que segue pressionada por diferentes motivos.
Conforme alguns levantamentos, o aumento de custo de todos os produtos e serviços, a estagnação salarial e as mudanças do mercado de trabalho pressionam a classe média ao ponto que muitas coisas que antes era possível ser paga por esse grupo, está cada vez mais difícil de se manter.
Justamente por isso, decidimos trazer um levantamento realizado pelo Yahoo Finance, para levantar seis coisas com as quais a classe média poderá encontrar cada vez mais dificuldades em acompanhar o aumento dos pagamentos até o final de 2025.
Um dos itens mais caros para a renda das famílias brasileiras é o aluguel. Segundo Censo realizado pelo QuintoAndar, o brasileiro que não tem imóvel próprio quitado, desembolsa em média 31% de toda a renda familiar com o pagamento de aluguel.
Já para quem tem um imóvel financiado, o levantamento aponta que o pagamento das parcelas compromete cerca de 27% da renda familiar inteira, ou seja, é um item que realmente pesa na conta dos brasileiros.
Contudo, acontece que os preços dos imóveis estão em uma tendência de alta, onde se espera que essa tendência continue, tornando cada vez mais difícil para famílias de classe média pagarem aluguéis em bairros melhores e mais centralizados, ou mesmo de conseguirem adquirir a casa própria.
Para a classe média, um dos pilares do desenvolvimento é a educação, justamente por isso, os pais e mães de classe média lutam para bancar a educação de seus filhos em redes privadas, devido à precariedade da educação pública.
Contudo, com o encolhimento da renda da classe média, atrelada a aumentos nos valores de mensalidades, estamos observando cada vez mais famílias de classe média tendo que abrir mão da educação privada e colocando seus filhos em redes públicas de ensino.
Existem estimativas de que até 35% da renda das famílias de classe média é comprometida com o pagamento do ensino privado. Segundo Censo Escolar da Educação Básica, o número de matrículas em escolas particulares crescer frequentemente em relação às escolas públicas.
No entanto, o alto custo das mensalidades está fazendo com que os pais busquem escolas particulares mais em conta, justamente por isso, a educação privada com preço mais acessível tem se tornando um grande mercado.
No Brasil a venda de carros novos é uma eterna gangorra, muito embora estamos vendo um recorde na venda de carros novos, voltando a níveis de pré-pandemia, a verdade é que o endividamento do brasileiro nunca esteve tão alto.
Em outras palavras, a classe média que opta por investir em novos carros estão frequentemente criando mais dívidas, o que poderá se tornar um problema devido ao encolhimento da renda desse grupo socioeconômico.
Essa é uma lógica que podemos observar da seguinte forma, da mesma forma que mais bens de consumo como carros batem recordes de venda, ao mesmo tempo, estamos batendo recordes de endividamento. Não que o automóvel seja o motivo do endividamento, mas sim do comprometimento da renda.
Segundo especialistas ouvidos pelo Yahoo, a área de viagens deve ser muito bem observada para o ano que vem, isso porque, a classe média que costuma viajar, terá maiores dificuldades em bancar viagens para destinos mais populares.
Conforme informado, as famílias começarão a optar por destinos mais próximos com o objetivo de economizar e reduzir significativamente os custos com a viagem, seja de passagens aéreas, combustível, hotel e os gastos básicos de uma viagem.
Cada vez mais, os brasileiros de classe média optaram por fazer suas atividades de lazer em casa, devido aos altos custos da alimentação, se tornará cada vez mais difícil frequentar bares e restaurantes da moda.
Aqui existe uma questão que chama à atenção. Como esses estabelecimentos falam muito sobre o status social, não que a classe média deixará de frequentá-los, na verdade, reduziram suas idas para controlar o financeiro.
Até alguns anos, estava na “moda” trocar de celular todos os anos, assim como buscar aparelhos tecnológicos de última geração, que frequentemente são renovados todos os anos. Contudo, percebemos que a classe média está segurando um pouco mais esse gasto.
Movimento que deve se intensificar ainda mais até o final do ano que vem, haja visto que esses produtos devem continuar tendo aumento nos preços, e as famílias terão que optar por novos eletrônicos mais em conta e não mais de última geração.
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