O FGTS é um benefício que é de direito de todos os trabalhadores que realizam suas atividades laborais.
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi desenvolvido para amparar o trabalhador que é demitido do seu emprego sem justa causa.
Atualmente o empregador paga ao empregado na demissão sem justa causa 40% de multa sobre o valor total no fundo, e nos casos de culpa recíproca ou força maior a multa é de 20%.
No entanto, o Projeto de Lei 2383/21 está em trâmite na câmara dos deputados, que visa reduzir a multa paga pelo empregador nos casos de demissão sem justa causa, culpa recíproca ou força maior.
O pagamento da multa do FGTS nos casos das demissões mencionadas está na legislação trabalhista sendo no artigo 18 da CLT, inciso 1 e 2 onde é detalhado essa obrigatoriedade.
A indenização paga atualmente é de 40% sobre o saldo total do fundo em casos sem demissão sem justa causa e de 20% nas situações de culpa recíproca ou força maior.
Entretanto, o Projeto de Lei 2383/21 visa reduzir a multa de 40% para 25% e a multa paga de 20% seria reduzida para 10%.
Atualmente o FGTS é calculado da seguinte forma em caso de demissão sem justa causa, observe o exemplo:
Com a atual multa de 20% do FGTS em casos de culpa recíproca ou força maior fica da seguinte forma:
Caso ao projeto de lei entre em vigor a multa de 40% iria para 25%, sendo assim, ficaria da seguinte forma também em caso de demissão sem justa causa:
Já nos casos de demissão por força maior ou culpa recíproca com a multa indo de 20% para 10% ficaria da seguinte maneira:
Como podemos observar nos exemplos, o trabalhador pode acabar saindo perdendo uma quantidade em dinheiro caso o projeto seja aprovado.
Entretanto, segundo o autor da proposta, o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) afirma que como a multa como funciona atualmente, onera o empregador e traz um incentivo não desejável ao mercado de trabalho.
“A redução dos encargos sociais poderá contribuir para o aumento da competitividade nacional”, analisa o deputado Nereu Crispim.
Atualmente a PL tramita em caráter conclusivo e aguarda análise das seguintes Comissões da Câmara dos Deputados:
Desta forma o projeto não se encontra aprovado, pois caso o texto seja aprovado, primeiramente deverá ser enviado para votação dos senadores no plenário do Senado e caso seja aprovada pelos senadores só então o texto será enviado para sanção ou veto presidencial.
Desta forma o Projeto de Lei 2383/21 tem um longo caminho a percorrer por isso ainda não está valendo.
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