8 moedas que o Brasil já teve antes do real

O real (BRL) é a moeda oficial do Brasil desde 1994. Foi introduzida através do Plano Real, que tentava controlar a hiperinflação e estabilizar a economia do nosso país, mudando radicalmente a abordagem monetária do país.

Diferente de suas predecessoras, o real não era uma moeda diretamente atrelada a moedas estrangeiras, o que, consequentemente, proporcionou uma maior adaptabilidade e flexibilidade para a economia brasileira, trazendo então um longo período de estabilidade econômica.

Mas e antes do real, você sabe quais foram todas as moedas que o Brasil já teve anteriormente? Pois é, o Brasil teve 8 moedas diferentes ao longo de sua história, até que finalmente em 1994 chegasse ao real que conhecemos hoje.

Para trazer um pouco mais de conhecimento sobre a história econômica do nosso país, vamos te contar um pouco mais sobre cada uma das moedas que o Brasil já teve antes do real, conhecer os períodos em que tiveram em vigor, assim como o motivo pelo qual essas moedas foram trocadas.

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1. Réis (1500-1942)

A moeda réis foi a base do sistema monetário brasileiro durante a monarquia e as primeiras décadas da república. No entanto, com a inflação acentuada e a desvalorização no início do século XX, especialmente durante a Grande Depressão, a necessidade de uma moeda mais estável e menos sujeita a desvalorizações rápidas se tornou evidente. Isso levou à sua substituição pelo Cruzeiro em 1942 como parte de uma ampla reforma monetária.

2. Cruzeiro (1942-1967)

Introduzido durante a Segunda Guerra Mundial, o Cruzeiro substituiu o réis em uma tentativa de modernizar e estabilizar a economia brasileira. O Cruzeiro, inicialmente atrelado ao dólar americano, enfrentou várias desvalorizações devido à inflação e instabilidade econômica pós-guerra. A incapacidade de controlar a inflação levou à criação do Cruzeiro Novo em 1967.

3. Cruzeiro Novo (1967-1970)

Esta moeda foi criada em resposta à inflação galopante, cortando três zeros do antigo Cruzeiro. O Cruzeiro Novo foi parte do esforço para simplificar o sistema monetário e tentar conter a inflação. No entanto, essa medida teve um efeito temporário, e logo a inflação retomou seu curso, fazendo com que o governo reintroduzisse o Cruzeiro em 1970.

4. Cruzeiro (segunda versão, 1970-1986)

Restaurado após apenas três anos do Cruzeiro Novo, o Cruzeiro continuou a sofrer com altas taxas de inflação. As tentativas de conter a inflação por meio de políticas fiscais e monetárias foram insuficientes, culminando na decisão de substituir a moeda pelo Cruzado em 1986, durante um período de reformas econômicas drásticas.

5. Cruzado (1986-1989)

O Cruzado foi introduzido no contexto do Plano Cruzado, que buscava estabilizar a economia com medidas como congelamento de preços e salários. Inicialmente, houve sucesso, mas as medidas não sustentáveis e a falta de apoio fiscal levaram ao retorno da inflação. Como consequência, o governo respondeu com a criação do Cruzado Novo.

6. Cruzado Novo (1989-1990)

Essa moeda foi uma tentativa de reiniciar o sistema monetário após o fracasso do Cruzado, removendo mais três zeros e buscando estabilização. No entanto, o plano falhou rapidamente devido à profunda instabilidade econômica e inflação elevada, resultando mais uma vez na reintrodução do Cruzeiro.

7. Cruzeiro (terceira versão, 1990-1993)

O Cruzeiro retornou mais uma vez em meio a um período turbulento, marcado pela inflação extremamente alta e planos econômicos que falharam um após o outro. Contudo, a persistência da inflação levou o governo a ter que lançar a última moeda antes do real, o Cruzeiro Real.

8. Cruzeiro Real (1993-1994)

Introduzido como uma ponte para o Plano Real, o Cruzeiro Real mais uma vez cortou três zeros do Cruzeiro em uma última tentativa de estabilizar a moeda antes da introdução do Real. O Plano Real, iniciado em 1994, finalmente conseguiu trazer estabilidade econômica e inflação controlada, consolidando o Real como a moeda oficial do Brasil até a 30 anos.